A juíza substituta Danila Cláudia Le Sueur Ramaldes, de Joviânia (Região Sul do Estado), determinou a prisão preventiva do subtenente Nelson Messias Pires, da Polícia Militar de Goiás (PM-GO), depois de agentes se recusarem a prendê-lo em flagrante por ser de patente superior, segundo os autos. O policial tentou invadir o prédio em que mora a ex-mulher e depois o Fórum da Comarca da cidade - onde ela é escrivã -, armado e fazendo ameaças. A ex-mulher já havia obtido medida protetiva contra ele, em razão de suposta prática dos crimes de ameaça e perseguição. Na decisão, desta sexta-feira (12), a juíza faz críticas à conduta dos agentes e diz que o fato "é uma vergonha para a sociedade brasileira e precisa urgente ser revisto pelo Chefe Maior da Polícia Militar do Estado de Goiás, o Governador do Estado, já que não há Coronéis em todas as cidades". "Em caso de flagrante delito, qualquer policial DEVE prender quem quer que seja, não importa se policial militar ou pessoa civil, sem analisar eventual patente do preso. A impunidade não pode ser tolerada pelo Governador do Estado, pois a vítima poderia ter sido morta enquanto trabalhava, por simples hierarquia que vem permitindo que inúmeros policiais utilizem de suas patentes para praticarem crimes e saírem ilesos", afirma.