O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve a suspensão liminar das leis que criaram modelo de parceria do governo de Goiás com a iniciativa privada para execução de obras rodoviárias, mas liberou a continuidade do contrato já assinado pela gestão com o Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária (Ifag). Em resposta a recurso protocolado pelo governo, ele esclareceu que a liminar tem efeito "ex nunc", ou seja, sem efeito retroativo. Com a decisão, da noite de terça-feira (21), o governo informou, por meio da Procuradoria-Geral do Estado, que retomará "imediatamente" o andamento dos sete trechos já contratados, ao valor de R$ 1,15 bilhão. O governador Ronaldo Caiado (UB) comemorou, afirmando que o PT "perdeu mais uma". Moraes havia determinado a suspensão das leis no dia 10 de outubro, em ação direta de inconstitucionalidade (ADI) protocolada pelo diretório nacional do PT. Na ocasião, Caiado disse que o ministro havia tomado decisão política. O Estado recorreu, pedindo reconsideração ou que pelo menos houvesse liberação dos trechos já em execução, sob risco de prejuízos com deterioração. O governador teve audiência com Moraes na semana passada.