Fabiana Pulcineli

O engenheiro agrônomo e diretor da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares (Conafer) Tiago Abraão Ferreira Lopes foi preso em sua casa em Itumbiara (Região Sul de Goiás), nesta quinta-feira (13), na nova fase da Operação Sem Desconto, que apura descontos ilegais em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A operação, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU), cumpriu 63 mandados de busca e apreensão e 9 de prisão, em 14 estados e no Distrito Federal.

Também houve buscas em endereço em Anápolis (Região Central) em meio a investigações do núcleo de lavagem de dinheiro da organização criminosa. O nome ainda não foi divulgado.

Na casa de Tiago também foram apreendidas duas armas, um fuzil e uma pistola. Segundo informações de investigadores, ele tem registro de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC). O investigado é irmão do presidente da Conafer, Carlos Alberto Ferreira Lopes.&nbsp;

A PF informou que estão sendo investigados os crimes de inserção de dados falsos em sistemas oficiais, constituição de organização criminosa, estelionato previdenciário, corrupção ativa e passiva, além de atos de ocultação e dilapidação patrimonial.

A Conafer teria sido uma das estruturas utilizadas para validar e operacionalizar os descontos indevidos em aposentadorias. O ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto também foi preso.

Em nota, a Conafer reclamou de "contexto político e midiático" da operação. Leia a nota da entidade na íntegra:&nbsp;

"A Conafer tomou conhecimento, com grande preocupação, da nova fase deflagrada hoje pela Polícia Federal no âmbito da Operação Sem Desconto, que resultou em prisões e medidas cautelares envolvendo pessoas com vínculos profissionais à nossa entidade. Entre os nomes citados pela imprensa nesta etapa estão Tiago Abraão Ferreira Lopes, Cícero Marcelino de Souza Santos, Samuel Chrisostomo do Bonfim Júnior e Vinícius Ramos da Cruz.

Nós reafirmamos, com veemência, o princípio basilar do Estado de Direito: a presunção de inocência. Todos os citados nela têm o direito processual e moral de ter sua defesa assegurada e sua honra preservada enquanto não houver decisão judicial condenatória definitiva. A Conafer confia nas instituições e, ao mesmo tempo, exige que sejam respeitados os direitos fundamentais dos investigados.

É impossível ignorar o contexto político e midiático que envolve esta investigação. A Conafer, entidade que empregou mais de 1.200 trabalhadores no Brasil e que construiu, ao longo de anos, trabalhos e projetos em todos os estados, está sendo colocada no centro de uma exposição pública que, a nosso ver, tem traços de cortina de fumaça. Enquanto organizações e estruturas de fachada, criadas somente para desviar recursos e sem a mínima estrutura operacional, permanecem relativamente ilesas, a criminalização de entidades sérias e com comprovada atuação social suscita indagações legítimas sobre motivação e proporcionalidade das ações.

Os impactos práticos dessa operação já são evidentes e gravíssimos. A paralisação forçada de nossas atividades prejudica milhares de famílias do campo, povos indígenas e comunidades tradicionais que dependem das ações técnicas, de saúde e de geração de renda promovidas pela Conafer. Entre as iniciativas afetadas, destacamos programas que contribuíram para o melhoramento genético de rebanhos em pequenas propriedades, ações de assistência em saúde e centenas de milhares de atendimentos sociais que ampliaram possibilidades de autonomia e desenvolvimento para quem mais precisa. A responsabilização individual não pode, e não deve, transformar-se em punição coletiva aos beneficiários dos nossos projetos.&nbsp;

Reafirmamos que a Conafer está disposta a cooperar plenamente com as autoridades competentes para elucidação dos fatos e para que a verdade jurídica se imponha. Entretanto, exigimos que a investigação transcorra com isonomia, transparência e sem espetacularização que prejudique o direito de defesa e o exercício das atividades sociais essenciais. A utilização de prisões e de exposição midiática como mecanismo de condução política de narrativas é prejudicial ao interesse público e aos milhares de cidadãos que dependem de serviços no meio rural.&nbsp;

Por fim, manifestamos solidariedade institucional às famílias dos colaboradores e à rede de produtores, técnicos e beneficiários que hoje enfrentam incertezas. Reiteramos nosso compromisso histórico com o desenvolvimento autônomo e sustentável do campo, com a promoção da autonomia dos povos originários e com a redução das desigualdades no país. Pedimos à sociedade, à imprensa e aos poderes públicos que respeitem a presunção de inocência, que acompanhem o processo com responsabilidade jornalística e que garantam que a investigação não sirva de instrumento para golpes políticos ou para silenciar ações sérias em favor das populações rurais e tradicionais.

A Conafer seguirá acompanhando os desdobramentos e tomará todas as medidas legais cabíveis para garantir a defesa de seus dirigentes e proteger a continuidade dos serviços que beneficiam milhões de brasileiros no campo."

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Operação da PF contra fraude do INSS tem alvo preso em Goiás

Opinião

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Matéria - Opinião - Fabiana

Moraes libera obras já contratadas pelo governo de Goiás com o Ifag

WEBSTORIES - Fundeinfra arrecadou R$ 2,9 bi

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve a suspensão liminar das leis que criaram modelo de parceria do governo de Goiás com a iniciativa privada para execução de obras rodoviárias, mas liberou a continuidade do contrato já assinado pela gestão com o Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária (Ifag). Em resposta a recurso protocolado pelo governo, ele esclareceu que a liminar tem efeito "ex nunc", ou seja, sem efeito retroativo.

Com a decisão, da noite de terça-feira (21), o governo informou, por meio da Procuradoria-Geral do Estado, que retomará "imediatamente" o andamento dos sete trechos já contratados, ao valor de R$ 1,15 bilhão. O governador Ronaldo Caiado (UB) comemorou, afirmando que o PT "perdeu mais uma".

Moraes havia determinado a <a href="https://opopular.com.br/politica/moraes-suspende-parceria-do-governo-com-ifag-para-obras-1.3322912" target="_blank">suspensão das leis no dia 10 de outubro</a>, em ação direta de inconstitucionalidade (ADI) protocolada pelo diretório nacional do PT. Na ocasião, <a href="https://opopular.com.br/politica/caiado-diz-que-ministro-do-stf-tomou-decis-o-politica-1.3322917" target="_blank">Caiado disse que o ministro havia tomado decisão política</a>. O Estado recorreu, pedindo reconsideração ou que pelo menos houvesse liberação dos trechos já em execução, sob risco de prejuízos com deterioração. O governador teve audiência com Moraes na semana passada.

<div attr-cid="policy:1.3327128" attr-version="policy:1.3327128:1761154230" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3327128" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3327128', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3327128">Moraes libera obras já contratadas pelo governo de Goiás com o Ifag (1.3327128)</a></div>

Na nova decisão, o ministro então rejeita o recurso do governo e esclarece que a decisão não atinge contratos e atos já realizados.

"Os termos contratuais firmados pela Administração Pública estadual sob a vigência da norma impugnada, em momento anterior à suspensão de sua eficácia, não estão abrangidas pela medida liminar (...) A decisão não afeta instrumentos contratuais ou atos administrativos aperfeiçoados em momento anterior à sua edição, cuja manutenção é de responsabilidade dos gestores públicos competentes", afirma o ministro na decisão.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/fundeinfra-arrecadou-r-2-9-bilh-es-e-concluiu-duas-obras-1.3325574" target="_self">Fundeinfra arrecadou R$ 2,9 bilhões e concluiu duas obras</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/caiado-diz-que-ministro-do-stf-tomou-decis-o-politica-1.3322917" target="_self">Caiado diz que ministro do STF tomou decisão política</a> 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/ifag-diz-que-empreiteiras-realizaram-10-de-duas-obras-suspensas-pelo-stf-1.3324002" target="_self">Ifag diz que empreiteiras realizaram 10% de duas obras suspensas pelo STF</a></div>

Moraes esclarece ainda que a ADI "trata da validade das normas e que eventuais irregularidades apuradas em casos concretos não serão analisadas pela Corte no julgamento da questão constitucional, devendo ser analisada caso a caso pela Justiça comum".

Na ação, o PT afirmou haver inconstitucionalidade no modelo pela falta de licitação ou chamamento público para seleção da entidade privada (Ifag), responsável pela contratação de empreiteiras para a execução das obras. O governo defende a constitucionalidade do modelo, que afirma ter como base lei federal das Organizações da Sociedade Civil (OSC).

O governo criou a forma de parceria para aplicar de forma mais rápida os recursos do Fundo Estadual de Infraestrutura (Fundeinfra), resultado de arrecadação da taxa do agro, que começou a ser cobrada em 2023. O POPULAR mostrou no sábado que o <a href="https://opopular.com.br/politica/fundeinfra-arrecadou-r-2-9-bilh-es-e-concluiu-duas-obras-1.3325574" target="_blank">fundo já tem receita de R$ 2,9 bilhões e concluiu apenas duas obras</a>.

A liminar de Moraes ainda será apreciada pelo plenário do Supremo, em data ainda não agendada. Depois disso, após os trâmites processuais, haverá o julgamento do mérito.

<div attr-cid="policy:1.3325679" attr-version="policy:1.3325679:1760794677" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3325679" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3325679', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3325679">WEBSTORIES - Fundeinfra arrecadou R$ 2,9 bi (1.3325679)</a></div>

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WEBSTORIES: Prefeitura devolverá espaço do Goiânia Ouro, prédio histórico do Centro

A Prefeitura de Goiânia decidiu encerrar o contrato de locação para funcionamento do Centro Municipal de Cultura Goiânia Ouro, no Centro da capital, segundo informação do secretário municipal de Cultura, Uugton Batista. Em agosto, o POPULAR mostrou o <a href="https://opopular.com.br/magazine/55-anos-de-cine-ouro-espaco-sobrevive-hoje-por-meio-de-pautas-abertas-para-produtores-locais-1.3296266" target="_blank">marco de 55 anos de inauguração do antigo Cine Ouro</a>, cujo espaço está desde 2006 sob administração da Secult, por iniciativa da gestão do ex-prefeito Iris Rezende (MDB).

Uugton alega que a Prefeitura fechou parcerias com o governo estadual e com o Serviço Social do Comércio (Sesc) para utilização de espaços de teatro e cinema, e que haverá economia do município com os R$ 28,74 mil mensais do contrato atual com a iniciativa privada. Ele também afirma que o Ministério Público Estadual (MP-GO) vinha cobrando do município medidas diante da falta de acessibilidade do Goiânia Ouro.

O contrato do espaço do centro cultural venceu no dia 22 de setembro e, segundo o secretário, será prorrogado apenas até dezembro porque já havia agenda de atividades para os próximos meses. Em janeiro, no entanto, não será renovado. "Tem evento marcado até novembro, faremos uma transição e aí vamos devolver", diz.

Uugton afirma que haverá atividades do município no Sesc Centro, Teatro Goiânia, Centro Cultural Oscar Niemeyer e Cine Cultura, e que não haverá prejuízos para a oferta de eventos. "Vamos trocar um local por outras quatro estruturas que nos saem de graça. Não teremos custo algum", diz.

O prefeito Sandro Mabel (UB) assinou termo de parceria com o Sesc e com o governo estadual no dia 22 de setembro, mas não havia mencionado a intenção de encerrar o funcionamento do Goiânia Ouro. Material divulgado pela Prefeitura afirma que o convênio proporcionará "mais qualidade, acessibilidade e conforto ao público" e destacou a oferta de estacionamento no Sesc Centro.&nbsp;

<div attr-cid="policy:1.3319267" attr-version="policy:1.3319267:1759361160" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3319267" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3319267', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3319267">WEBSTORIES: Prefeitura devolverá espaço do Goiânia Ouro, prédio histórico do Centro (1.3319267)</a></div>

Ivana Roriz, uma das proprietárias da galeria onde funciona o Goiânia Ouro, disse não ter sido informada sobre o encerramento do contrato. Segundo ela, a Prefeitura havia sinalizado para a prorrogação por mais um ano e os donos aguardavam a formalização do aditivo ao contrato.

A proprietária admite que o prédio não comporta adequações para acessibilidade, mas diz não ser motivo para a Prefeitura abrir mão da preservação de espaço histórico. "Já houve avaliação sobre isso e estruturalmente não é viável. Se fosse possível, já teríamos feito. Mas é um prédio histórico, inaugurado em período em que não havia certas exigências, e merece ser valorizado pelo que representa. Há público para tudo. Em outros países observamos prédios históricos que não deixam de funcionar por conta disso."

Ela também afirma que a agenda do Goiânia Ouro sempre foi voltada a valorizar o "pequeno artista" e atividades que envolvem escolas e universidades. "Outros espaços maiores não abrem as portas para esse tipo de atividade. E a Prefeitura ficará sem equipamento cultural. Não fomos notificados, mas se isso se confirmar, é triste", diz.

No site oficial, a Prefeitura diz que o Centro Municipal de Cultura Goiânia Ouro "foi inaugurado em 2006 com o objetivo de democratizar o acesso da população aos bens culturais, e fomentar o talento local em todas as suas formas de manifestação". O centro cultural possui um teatro com capacidade para 291 pessoas e um cinema, para 217.

A decisão por encerrar o Goiânia Ouro ocorre em meio a promessas de Mabel de medidas de valorização do Centro. A Prefeitura promoveu intervenções na Rua 8 e anunciou a desapropriação do Jóquei Clube, além de preparar projeto para ampliar incentivos para construção de imóveis na região.

Em julho, o POPULAR mostrou que a Prefeitura de Goiânia<a href="https://opopular.com.br/cidades/prefeitura-de-goiania-resolve-devolver-grande-hotel-ao-inss-1.3258235" target="_blank"> decidiu não recorrer da decisão que determinou reintegração de posse do prédio do Grande Hotel,</a> também no Centro, para o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), depois de ocupar o local por 22 anos.&nbsp;

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Prefeitura devolverá espaço do Goiânia Ouro, prédio histórico do Centro

Webstories - Presidente da CelgPar pede exoneração em meio a questionamentos sobre valores de leilão

O presidente da Companhia Celg de Participações (CelgPar), Fernando Navarrete, pediu exoneração do cargo em meio a questionamentos sobre valores dos ativos da empresa que vão a leilão na próxima semana. O secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, assumirá o comando da empresa, segundo informações da pasta.

A crise foi provocada por divergências entre a direção da companhia e a cúpula do governo depois que equipe técnica do Tribunal de Contas do Estado (TCE-GO) apresentou relatório com indícios de subavaliação dos ativos da empresa que serão vendidos. O documento indica que deveria haver aumento de cerca de R$ 100 milhões no valor do leilão, que tinha previsão de lance mínimo de R$ 194 milhões.

O leilão estava marcado para o dia 30 de setembro e foi suspenso na última segunda-feira(22), em aviso assinado por toda a diretoria. O documento diz que o adiamento ocorreria para atualização da data-base das avaliações econômico-financeiras e que as novas datas seriam comunicadas adiante.&nbsp;

<div attr-cid="policy:1.3317389" attr-version="policy:1.3317389:1758908227" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3317389" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3317389', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3317389">Webstories - Presidente da CelgPar pede exoneração em meio a questionamentos sobre valores de leilão (1.3317389)</a></div>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/em-tom-de-despedida-caiado-faz-apelo-por-apoio-a-daniel-1.3317132" target="_self">Em tom de despedida, Caiado faz apelo por apoio a Daniel</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/e-do-jogo-diz-daniel-vilela-sobre-novas-filiac-es-de-prefeitos-do-pl-1.3317134" target="_self">'É do jogo', diz Daniel Vilela sobre novas filiações de prefeitos do PL</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/mabel-diz-que-rua-87-ficara-fechada-sob-chuva-fios-soltos-ter-o-forca-tarefa-em-goiania-1.3317125" target="_self">Mabel diz que Rua 87 ficará fechada sob chuva; fios soltos terão força-tarefa em Goiânia</a></div>

Segundo informações de bastidores, o governo ameaçou destituir todo o comando na quarta-feira (24), quando Navarrete decidiu apresentar carta de exoneração ao governador Ronaldo Caiado (UB). Ele entregou o documento à chefia de Gabinete do governador, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, na quinta-feira (25).

A companhia tem como demais diretores o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia Gustavo Mendanha (PSD), vice-presidente; Marcos Roberto Silva, diretor técnico e comercial; e Anita Belchior, diretora de Gestão Corporativa.

Na noite de quinta-feira (25), após a saída do presidente, a diretoria se reuniu e revogou a suspensão do leilão, determinando nova data para o dia 3 de outubro. A decisão mantém os demais termos do edital, sem reavaliação dos preços.&nbsp;&nbsp;

Procurado, Navarrete disse apenas que indicou "todas as razões para a sua saída na carta de exoneração" e que agradeceu ao governador "pela confiança mútua nesses últimos seis anos de trabalho na companhia". Ele não divulgou a carta e não quis se manifestar sobre as demais divergências internas. O agora ex-presidente afirmou que retornará "à sua profissão de origem, a advocacia".

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Presidente da CelgPar pede exoneração em meio a questionamentos sobre valores de leilão da empresa

TJ-GO deixa filho de ex-desembargador fora da lista tríplice para vaga do pai

Atualizado às 16h35, com declaração do advogado Breno Borges

O Órgão Especial do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) aprovou nesta quarta-feira (17), em sessão extraordinária, lista tríplice com os nomes dos advogados Augusto Ventura, Ricardo Baiocchi e Luciano Hanna para a vaga deixada pela aposentadoria do desembargador Nicomedes Borges. A maioria do pleno decidiu enterrar a polêmica provocada pela articulação de Nicomedes, com respaldo do governo estadual, para emplacar o advogado Breno Borges, filho dele, na cadeira.

Breno havia ficado em primeiro lugar na lista sêxtupla da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-GO). Segundo informações de bastidores, a cúpula do TJ-GO fez acordo para deixá-lo fora da relação alegando necessidade de "preservar a imagem do tribunal", evitar questionamentos no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e ainda para evitar exposição de racha na instituição. A votação foi rápida, em cerca de 20 minutos.

Ventura, que contou com forte apoio do corregedor-geral de Justiça, desembargador Marcus da Costa Ferreira, teve 16 votos contra 9 de Breno na primeira votação. Baiocchi, irmão do presidente da Fecomércio-GO, Marcelo Baiocchi, teve 20 votos contra 3 de Breno na segunda. Por fim, Luciano Hanna foi escolhido por unanimidade (25 votos) na terceira votação.

Os três nomes foram defendidos pelo presidente do TJ-GO, desembargador Leandro Crispim, o primeiro a votar. A lista agora será entregue ao governador Ronaldo Caiado (UB), que já tinha manifestado compromisso com Nicomedes de nomear seu filho se ele fosse para a lista.

Ex-presidente do TJ-GO e atuante na busca por acordo interno no tribunal, o desembargador Carlos França disse durante a votação que é preciso priorizar a imagem do Poder Judiciário e do Tribunal goiano. "Esse compromisso está muito acima de qualquer outro compromisso que eu, A, B ou C fizemos", disse, depois de um dos colegas afirmar que havia acertado com Nicomedes que votaria em seu filho. França também manifestou que considera Ventura o "melhor nome" para figurar a lista em primeiro lugar, lembrando que ele já havia entrado em outras eleições para vagas no tribunal.

Na reta final das articulações, ganhou peso uma conversa que teria ocorrido entre Crispim e o corregedor nacional de Justiça, Mauro Campbell, em que o ministro teria manifestado que a entrada de Breno na lista representaria desgastes à imagem do TJ-GO e poderia render questionamento no CNJ.

O POPULAR <a href="https://opopular.com.br/politica/desembargador-do-tj-go-cogita-aposentar-para-filho-entrar-no-cargo-1.3226320" target="_blank">revelou em janeiro a articulação de Nicomedes para se aposentar</a> e garantir a vaga para Breno. Na ocasião, diante da repercussão negativa, o desembargador recuou, mas <a href="https://opopular.com.br/politica/desembargador-recua-antecipa-aposentadoria-e-abre-caminho-para-filho-1.3251805" target="_blank">em abril oficializou a saída </a>depois de considerar ter apoio suficiente entre colegas e na OAB.&nbsp;

Procurado, Breno afirmou que aceita o resultado da votação "de forma absolutamente serena". O blog não conseguiu contato com Nicomedes

Além de Breno, a lista tinha duas mulheres: Ana Carollina Ribeiro Barbosa Alencar e&nbsp; Ludimilla Borges Pires Adorno. Ludimilla teve um voto.

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