Rodrigo Hirose

Giro288

O clima esquentou, e muito, no PL goiano. Nesta semana, o presidente da legenda em Goiás, senador Wilder Morais, e o deputado federal Gustavo Gayer partiram para cima do vereador Vitor Hugo. O pano de fundo é a disputa por uma candidatura ao Senado.&nbsp;&nbsp;

<a href="http://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 85, 128); text-decoration-line: none; outline: 0px; outline-offset: -2px; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

<a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/acuado-pelo-stf-bolsonaro-age-por-fim-de-briga-no-pl-1.3266945" target="_self">Jair Bolsonaro tenta apaziguar as duas alas</a>. A preocupação do ex-presidente é com o julgamento do processo em que é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa do golpe. Bolsonaro quer, mais que nunca, a legenda unida.&nbsp;

Este é o tema principal desta edição do Giro 360, o podcast de política do jornal O Popular, em parceria com a Rádio CBN Goiânia, com o editor da coluna Giro, Caio Henrique Salgado, o subeditor de Notícias do Popular, Júlio Lacerda, e o repórter Rubens Salomão.&nbsp;

No segundo bloco, o assunto é o possível processo no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) contra o deputado Amauri Ribeiro (UB), que fez ataques pessoais contra a petista Bia de Lima.&nbsp;

Para acompanhar, é só dar o play.

<div attr-cid="policy:1.3267356" attr-version="policy:1.3267356:1747950173" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3267356" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3267356', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3267356">Giro288 (1.3267356)</a></div>

Bolsonaro tenta apagar incêndio no PL goiano

Opinião

Opinião - título

Assine - Offers Target - 2

Matéria - Opinião

Partidos

Pressionado em Brasília em cenário de coleta de depoimentos no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o 8 de janeiro, o presidente Jair Bolsonaro agiu para tentar acalmar os ânimos entre lideranças de seu partido, o PL, em Goiás. Diante de comentários duros de integrantes da cúpula estadual a respeito de Vitor Hugo, que quer ser candidato a senador pela base caiadista e foi acusado de sabotar colegas, Bolsonaro enviou mensagens ao vereador cobrando que ele parasse de se manifestar sobre as próximas eleições.

<a href="https://opopular.com.br/canal" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

Recado semelhante, em tom de defesa do fim dos embates públicos em momento em que é importante não expor divisões internas, também foi dado ao grupo do senador Wilder Morais, presidente da sigla em Goiás. A coluna apurou que Vitor disse ao ex-presidente que seguiria a determinação e em seguida procurou o também vereador Oseias Varão, ligado a Wilder, para sinalizar sua intenção. Varão afirma à coluna que viu boa vontade no colega e vai fazer o possível para ajudar a “diminuir a temperatura”.

Vice-presidente do diretório estadual, Fred Rodrigues aponta, por outro lado, que a bronca foi exclusiva para o parlamentar goianiense. “Ele (Bolsonaro) sabe quem é que está fazendo isso. Porque é a mesma pessoa que fez da última vez. As incessantes tentativas de utilizar o PL para benefícios próprios, desmerecendo o trabalho feito e o projeto que o partido tem para Goiás, levantaram dúvidas quanto à sua lealdade”, defende Fred.

Última chance

Fred adianta que Vitor Hugo pode sofrer processo disciplinar e ser expulso, com aval nacional, se seguir com “articulações anti-PL”. “Se ele respeitar, continuará no partido. A gente espera, sinceramente, que ele respeite. O projeto do PL não é um projeto individual”, resume.

Contextos local...

A cúpula goiana do PL participou do Papo Aberto, da TV Capital, na segunda-feira (19). Entre críticas generalizadas, o deputado federal Gustavo Gayer, também de olho no Senado, foi o que mais partiu para cima de Vitor Hugo, chamando-o de “covarde”. Também acusou o ex-aliado de espalhar que ele vai ser preso e cassado.

...e nacional

Jair Bolsonaro cancelou agendas nesta semana para acompanhar os depoimentos do STF. Nesta quarta-feira (21), o ex-comandante da Aeronáutica Carlos de Almeida Baptista Júnior afirmou que o ex-presidente sabia e participou de reuniões sobre golpe de Estado.

<img attr-cid="policy:1.3266944" attr-version="policy:1.3266944:1747878987" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3266944/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Sugestivo - Um novo gato acaba de se abrigar nas dependências da Câmara de Goiânia. Por passar o dia miando, como se fosse um lamento, servidores da Casa deram a ele o nome de Data-Base. (Foto do leitor)

Detalhe

Principal prefeito do PL em Goiás, Márcio Corrêa, de Anápolis, vai participar da missão liderada pelo vice-governador Daniel Vilela (MDB) à Estônia, Finlândia e Singapura, que será iniciada na segunda-feira (26). Sandro Mabel (UB), de Goiânia, e Leandro Vilela (MDB), de Aparecida, também foram convidados, mas não toparam.

Volta ao Nordeste

O governador Ronaldo Caiado viajará para Aracaju (SE) nesta sexta-feira. A agenda inclui participação em seminário da Frente Parlamentar da Segurança Pública no Congresso Nacional, reunião com o governador Fábio Mitidieri (PSD), almoço com o Fórum Empresarial e jantar do Lide com o tema “desafios e perspectivas para o Brasil”.

Nomeação

Suplente de vereador, Amarildo Filho (PL) foi nomeado assessor especial da Comissão de Segurança Pública da Câmara de Goiânia, presidida por Vitor Hugo. Seu pai é o ex-vereador Amarildo Pereira, que foi condenado por desvio do INSS na Casa.

Pergunta para:

Cabo Senna 
Vereador pelo PRD

<img attr-cid="policy:1.3266943" attr-version="policy:1.3266943:1747878488" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3266943/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Vereador Cabo Senna (Divulgação)

Por que o sr. pediu a redistribuição do projeto da taxa cobrada da Saneago para a Comissão Mista?

Na verdade, o parágrafo primeiro do artigo 30 do regimento interno da Casa diz que é prerrogativa da Comissão Mista, e não da de Finanças, tratar sobre códigos e taxas. Foi uma distribuição equivocada e estou pedindo o cumprimento do regimento interno. Vou conversar com o presidente (Romário Policarpo, do PRD). Ele recebeu o ofício hoje (21).

Arremate:

Posse - O advogado Pedro Paulo de Medeiros toma posse nesta quinta-feira (22), às 17 horas, como desembargador eleitoral substituto do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Falando no TRE... - Projeto de Lisandro Nogueira, o Café de Ideias será realizado no TRE, em parceria com o Sesc-GO. A primeira edição será nesta sexta-feira (23), com lançamento do livro O Letrista, de Nasr Chaul. Na lista dos próximos convidados estão Christian Dunker, Monja Coen e Mary Del Priori.

Luta antiga -&nbsp;O Conselho Regional de Enfermagem de Goiás comemora a proibição da oferta de cursos de graduação e técnicos em Enfermagem na modalidade EAD. Presidente da entidade, Thaís de Almeida aponta que a decisão garante melhor formação na área.

Acuado pelo STF, Bolsonaro age por fim de briga no PL

Matéria - Coluna Giro

Giro

Após praticamente cinco meses de recesso, recesso branco e feriadões reais ou por conveniência, eis que o Congresso Nacional anuncia que vai começar a funcionar e a votar nesta semana pelo menos duas pautas, regras mais claras e rígidas para impedir fraudes contra aposentados e pensionistas e instalar “or not” instalar a CPMI do INSS.

É uma velha prática: quando o caldo entorna, a turma toda se une para dar uma resposta à sociedade, encenar que está muito empenhada em resolver o problema do momento e buscar holofotes.. até o novo escândalo, quando começa tudo de novo. No Executivo, cria-se um grupo de trabalho que logo é esquecido. No Congresso, projetos engavetados surgem de repente nos plenários e também não dão em nada.

As mazelas são velhas, mas as bancadas parecem “renovadas”, mas são apenas menos preparadas, menos políticas, menos preocupadas em atender às reais e fundamentais demandas da população. Quem acompanha a política e particularmente Brasília desde criancinha é capaz de dizer: poucas vezes se viu um Congresso tão ruim, ou tão inútil. A coisa já vinha feia de antes, mas explodiu em 2018, na onda bolsonarista da “nova política”.

O corporativismo exacerbado leva a casos como o de Flordelis, pastora, deputada desde 2019, denunciada pelo MP em 8/2020 por manipular os filhos para matar o marido e só cassada em 8/2021. Ou o de Chiquinho Brazão, denunciado como mandante da morte de Marielle Franco, preso em 3/2024 e só cassado em 4/2025, tempo em que, na cadeia, consumiu R$ 1,5 milhão de recursos públicos com salários e gabinete.

A mesma Câmara usa o deputado Alexandre Ramagem para uma “anistia” forçada dos mandantes do atentado à democracia, mas dá de ombros para a condenação de Carla Zambelli pelo STF a dez anos de prisão e perda de mandato, por invasão da internet do CNJ. Por que? Porque quem manda no Congresso é um aglomerado de bolsonaristas, Centrão e bancadas do Boi, da Bala e da Bíblia. A bússola é Jair Bolsonaro, que abandonou Zambelli à própria sorte

Assim, as forças hegemônicas do Congresso não veem as pautas do País e admitem o inadmissível, como um vídeo dizendo que Bolsonaro ganhou R$ 17 milhões na internet, já consumiu R$ 8 milhões e precisa de nova vaquinha! Para ele e para o filho que se licenciou da Câmara e foi para os EUA tramar contra as instituições brasileiras, como fazia seu mentor Olavo de Carvalho.

Quem cai num golpe tão abjeto? Os que votam em Flordelis, Brazão, Zambelli, Ramagem, na primeira classe desse trem da alegria que invadiu o Congresso para fazer tudo que seu mestre mandar e engrossar o rebanho e as vaquinhas.

Eliane Cantanhêde, jornalista

De rebanho e vaquinhas

Eliane Cantanhêde

Os sinais públicos apresentados pelos principais nomes da base aliada ao governo estadual intensificaram o movimento de aproximação de prefeitos e lideranças do PL, com vistas à composição de aliança para a disputa da eleição estadual de 2026. As declarações recentes do vice-governador de Goiás, Daniel Vilela (MDB), e da primeira-dama, Gracinha Caiado (UB), apontam para o acerto, enquanto parte da cúpula do partido no estado mantém suas resistências, mas sem esboçar efetiva reação contrária.

<a href="http://opopular.com.br/canal" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp&nbsp;</a>

Prefeitos ainda próximos ao presidente estadual do partido, Wilder Morais (PL), reconhecem que o senador mantém foco na possibilidade de lançar candidatura própria contra Daniel Vilela, mas apontam que a falta de movimentos efetivos para estruturar o projeto demonstra uma mudança de postura. A avaliação interna no PL é de que as possibilidades de disputa direta contra Daniel Vilela são cada vez mais remotas.

Lideranças do partido ouvidas pela reportagem afirmam que, além do desafio de enfrentar a máquina do governo estadual e o discurso de continuidade da administração do governador Ronaldo Caiado (UB), haveria a dificuldade de não contar com o apoio majoritário em mais de 230 cidades, que são controladas por prefeitos da base caiadista.

No fim de 2024, o partido publicou nota oficial para repudiar a articulação, liderada pelo vereador Vitor Hugo (PL), que resultou em reunião entre o vice-governador e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Brasília. Desde então, nenhum processo pela expulsão de Vitor Hugo foi aberto na comissão de ética da legenda, apesar das ameaças à época, e os integrantes da direção do partido passaram a assistir à retomada de proximidade entre Bolsonaro e Caiado, em torno da defesa pela anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/wilder-reafirma-candidatura-ao-governo-estadual-1.3265105" target="_blank">Wilder reafirma candidatura ao governo estadual</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/gracinha-reforca-intenc-o-de-incluir-o-pl-em-alianca-1.3263101" target="_blank">Gracinha reforça intenção de incluir o PL em aliança</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/caiado-reforca-anistia-a-todos-e-diz-que-seria-seu-segundo-ato-1.3265102" target="_blank">Caiado reforça 'anistia a todos' e diz que seria seu 'segundo ato'</a></div>

As trocas de sinais entre os dois tiveram ápice de alinhamento na última semana, quando o governador prometeu anistiar o próprio ex-presidente, caso tenha sucesso no seu projeto de candidatura à presidência da República.

Apesar da pausa no processo de cooptação de prefeitos do PL, com filiações ao UB e MDB, os gestores municipais do partido mantém sinais positivos à aliança com a base governista no próximo ano. A formalização das adesões foi interrompida como parte do acordo que resultou no encerramento da ação, proposta pelo PL durante a disputa da eleição à Prefeitura de Goiânia, que buscava a inelegibilidade de Caiado.

Na última semana, o prefeito de Anápolis, Márcio Corrêa (PL), reforçou a “parceria administrativa” com a gestão estadual e entregou a Jair Bolsonaro a decisão sobre os rumos do partido em Goiás. Eleito depois de disputa contra a base caiadista na cidade, mas com relação de proximidade histórica com Daniel Vilela, o prefeito deixou para o próximo ano a decisão sobre apoio a uma pré-candidatura ao governo estadual.

Em discurso, no entanto, retomou elogios ao governador. “O gesto do governo do estado, que anunciou um pacote de obras na cidade de Anápolis. É um momento que mostra superação e também que o interesse da cidade está muito acima de projetos políticos e eleitorais. Enquanto muitos julgaram a capacidade do governador de superar o processo eleitoral em prol da sua cidade, o governador mostra o quanto ele é um estadista, com sua grande visão municipalista, principalmente se tratando de sua terra natal”, disse Corrêa.

“O PL decidiu não recorrer. O Bolsonaro desejou, no trio elétrico na Avenida Paulista, que o Caiado estivesse elegível e o Caiado falou que, se virar presidente, vai anistiar o ex-presidente. A Gracinha defendeu a composição com um candidato a senador na chapa dela e o Daniel já tinha sinalizado isso também, depois da conversa dele com o Bolsonaro. Então, todos os sinais e gestos são no sentido de que a via está aberta”, avalia o vereador Vitor Hugo,

Bolsonaro decide

Pré-candidato a senador, o parlamentar aponta, no entanto, que ainda é necessário avançar para diálogo direto com o comando do partido no estado. “É lógico que é preciso ter uma conversa com os dirigentes do partido no estado e com os dirigentes nacionais, mas a decisão final é do Bolsonaro”, relata.

Vitor Hugo avalia que, assim como apontaram Gracinha e Daniel Vilela, a melhor estratégia para o PL e para a base do governo seria o lançamento de chapa única, com os nomes da primeira-dama e um indicado pela sigla, que poderia ser ele próprio. “É uma possibilidade que está na mesa e essa decisão é do ex-presidente Bolsonaro. É lógico que, se houver uma composição nesse sentido, a chance de vitória de todo mundo é muito grande. Porque seria a união do PL com a base governista contra a esquerda e os discursos se alinham e tudo fica mais fácil. Essa é a verdade”, diz o vereador.

Já Wilder manteve a defesa por candidatura própria ao Palácio das Esmeraldas, apesar da prioridade apresentada publicamente por Bolsonaro para o lançamento de candidaturas competitivas ao Senado. Em resposta ao POPULAR quando questionado sobre a possibilidade de aliança, o senador apontou que a composição é possível, desde que ocorra em apoio a um nome do próprio partido ao governo estadual.

“O PL em Goiás hoje vai ter candidato a governo do estado. Logicamente, com parceria de vários candidatos que possam compor a nossa chapa e não temos dificuldade nenhuma com isso”, disse. “O nosso candidato a presidente é Jair Messias Bolsonaro. Então, neste momento político, o que nós conversamos é isso. Agora só Deus sabe o que vai acontecer nessa mesma data no ano que vem ou qual é o rumo que vamos ter aqui em Goiás”, afirmou.

Palanque

Wilder ainda disse que “não há condições” de discutir a possibilidade de apoiar um nome de outro partido na disputa ao governo. “Não tem cabimento para um partido que tem essa quantidade de candidatos a deputado federal e a migração de pessoas vindo para o PL. A estrutura do partido é muito grande no Brasil inteiro e, com toda a certeza, teremos aqui em Goiás uma candidatura majoritária e tem vários nomes que podem ser. Essa vai ser uma decisão nacional até porque nós temos que ter palanque para o nosso presidente Jair Bolsonaro em Goiás”, afirmou.

Apesar do discurso mantido pelo senador, a avaliação é de que os critérios apresentados até agora para a decisão de Bolsonaro sobre o cenário dos estados apontam para priorização de candidaturas ao Senado. A aposta, inclusive, está no centro da defesa pela aliança feita pelo vice-governador.

“O presidente Bolsonaro relatou que a prioridade dele e do PL seriam candidaturas ao Senado e que, portanto, haveria um espaço bem possível de se construir uma aliança”, disse Daniel Vilela ao POPULAR, há duas semanas. “É a volta do bom senso nessa relação entre o governador e o PL. E espero que isso permaneça até o ano que vem pra gente construir junto um projeto de continuidade aqui pra Goiás”, completou.

Na última semana, Gracinha Caiado afirmou que a aliança com o PL seria “importantíssima”. “Nós temos que estar juntos, porque não é com a esquerda que nós temos que trabalhar. Então, estar com o PL é o caminho que deve ser”.

Base do PL vê candidatura ao governo de Goiás cada vez mais improvável

Política

Política - título

Matéria - Política

Eleições 2026

O governador Ronaldo Caiado (UB) reforçou, nesta sexta-feira (16), a intenção de <a href="https://opopular.com.br/politica/caiado-garante-conceder-anistia-a-bolsonaro-caso-vire-presidente-1.3264061" target="_blank">anistiar todos os envolvidos</a>, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, caso seja eleito presidente da República nas eleições de 2026. Ampliando críticas ao governo Lula (PT), o goiano reclamou da repetição do tema da anistia no cenário nacional ao comparar o foco de discussão em outros países.

<a href="http://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 85, 128); text-decoration-line: none; outline: 0px; outline-offset: -2px; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp&nbsp;</a>

“Você vai em qualquer lugar, em qualquer país, na Índia, na China, nos Estados Unidos, só se discute Inteligência Artificial, só se discute quais são as alternativas energéticas para o mundo. E, de repente, o Brasil fica discutindo, ‘ah, o problema de 8 de janeiro de 2023’. Não tem lógica uma coisa dessa”, reforçou o governador em entrevista coletiva durante a abertura da 78ª Exposição Agropecuária de Goiás.

“Ninguém discute aqui a Educação, ninguém discute aqui cenários que são importantes para nós, como também da violência. Eu disse, olha, eu vou resolver isso aí no primeiro dia. Na hora em que eu acabar de assinar o meu diploma de presidente da República, o segundo ato meu: anistiar todo mundo, acabou a conversa”, prosseguiu Caiado, em referência às suas próprias falas feitas em entrevista concedida ao canal GloboNews na quarta-feira (14).

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/caiado-garante-conceder-anistia-a-bolsonaro-caso-vire-presidente-1.3264061" target="_blank">Caiado garante conceder anistia a Bolsonaro caso vire presidente</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/caiado-cita-convergencia-com-o-pl-ao-defender-anistia-1.3253446" target="_blank">Caiado cita 'convergência' com o PL ao defender anistia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/apos-evento-caiado-aponta-anistia-como-ato-humanitario-1.3250026" target="_blank">Após evento, Caiado aponta anistia como 'ato humanitário'</a></div>

Questionado se a <a href="https://opopular.com.br/politica/apos-evento-caiado-aponta-anistia-como-ato-humanitario-1.3250026" target="_blank">defesa da anistia</a> representa também uma reaproximação definitiva com o Partido Liberal (PL), de Bolsonaro, Caiado evitou entrar em detalhes e respondeu objetivamente que trata-se de uma “reaproximação com o Brasil e com os brasileiros”.

Em tom descontraído, o governador cumprimentou o senador e presidente regional do PL, Wilder Morais, durante o evento desta sexta. Os dois conversaram brevemente. Além de Wilder, outros parlamentares do partido, como o deputado federal Gustavo Gayer e toda a bancada de vereadores goianienses, estiveram presentes.

O POPULAR vem mostrando os sinais da possibilidade de costura do <a href="https://opopular.com.br/politica/caiado-cita-convergencia-com-o-pl-ao-defender-anistia-1.3253446" target="_blank">governo estadual com o PL</a> para as eleições do ano que vem. Na quinta (15), o vereador Vitor Hugo (PL) disse ao Giro que os acenos apontam para um clima de “via bem aberta” na composição.

O acerto passa, pelo lançamento de candidatura bolsonarista ao Senado, ao lado da primeira-dama Gracinha Caiado, em chapa encabeçada pelo vice-governador Daniel Vilela (MDB), nome da base para disputar o Palácio das Esmeraldas. (Leia mais nesta página).

Na entrevista, Caiado ainda reforçou sua insatisfação com os rumos do governo federal, classificando-o como “populista” e “demagógico”. Segundo ele, o atual governo estaria “sufocando” o empreendedorismo. “Cada vez mais que eu viajo, que eu volto, esse desafio está aí: o Brasil perdendo espaço. Eu já disse isso muitas vezes. No G20, o Brasil não existe. No BRICS, o Brasil só falta perder agora para a África do Sul. Já perdemos para todos os outros. Então, este é o Brasil que nós estamos vivendo. E as pessoas discutindo a anistia”, afirmou.

<h2>Marcas</h2>

Evocando o surgimento da União Democrática Ruralista (UDR) e a pecha de “patinho feio” dada à agropecuária no passado, Caiado, ao defender sua gestão, abriu outras críticas ao governo federal, mencionando, indiretamente, o suposto esquema de fraudes e desvios de dinheiro de aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

“Meus parabéns a todos nós, produtores rurais, que nunca negamos as nossas origens, e que sempre mantivemos firme naquilo que nós sabemos fazer, que é desenvolver um país, que é ter responsabilidade, que é praticar a vida com austeridade, com honestidade, com transparência”, afirmou Caiado. “Nós não convivemos com a corrupção. Nós não convivemos com a má prática do desvio do dinheiro público, e muito menos de assaltar aposentados e aposentados rurais. Esse é outro nível da corrupção do nosso país”, complementou.

Pré-candidato à Presidência da República, Caiado buscou nacionalizar o discurso, de cerca de 15 minutos, e reiterar marcas da gestão em Goiás - segurança pública, educação e saúde - durante a abertura da 78ª Exposição Agropecuária de Goiás. Diante de produtores rurais, lideranças políticas e representantes do Judiciário, o governador afirmou que o Brasil vive hoje uma “ausência de presidência da República” e que o atual governo federal “não deu certo”.

“Não tem crise hoje de Congresso Nacional, não tem crise de Supremo. Tem a ausência de uma presidência da República em que o sistema é presidencialista. Se tivesse comando nessa nação, o Brasil estaria desenvolvendo com todo o potencial que tem”, declarou Caiado no discurso. “Esse governo não deu certo. Podem ter certeza que, se Deus quiser, em 2026 será o nosso maior desafio.”

Enaltecendo sua gestão, o governador mencionou programas de recuperação ambiental, como o de revitalização do Rio Araguaia, investimentos em irrigação no Nordeste goiano em parceria com a embaixada de Israel, além de indicadores positivos nas áreas de segurança, saúde e educação. Caiado também citou a aprovação, em Goiás, da lei que regula a Inteligência Artificial como exemplo de protagonismo estadual diante da estagnação nacional.

Como tem repetido na maioria de suas participações em eventos e em entrevistas, Caiado reforçou que deixará o governo no dia 30 de março de 2026 para percorrer o país como pré-candidato a presidente e que o vice-governador, Daniel Vilela (MDB), assumirá a gestão com foco em “ampliação” das atividades iniciadas por el.

A abertura da Pecuária deste ano também teve as presenças do deputado federal Ismael Alexandrino (PSD), dos deputados estaduais Cairo Salim (PSD) e Henrique César (Podemos), além de ao menos 14 vereadores goianienses, incluindo o presidente da Câmara de Goiânia, Romário Policarpo (PRD).

A parceria com o governo estadual para a realização da Pecuária, com entrada gratuita possibilitada pela destinação de emendas impositivas, foi reconhecida pelo presidente da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA), Gilberto Marques Neto, que reforçou a “democratização do acesso aos cidadãos”.

Caiado reforça 'anistia a todos' e diz que seria seu 'segundo ato'

O Popular