Esdrúxula decisão Na edição do POPULAR desta terça-feira (24), a manchete “Família quer que médico responda por crimes mais graves” chama a atenção por ter sido um sinistro de trânsito estúpido, provocado por imprudência, negligência e irresponsabilidade de um condutor que, sim, colocou em risco de maneira deliberada a vida de terceiros, não se importando se poderia matar ou causar algum dano permanente ou não, a qualquer pessoa que fosse. Apesar de ter feito o juramento de defender, e preservar a vida, ele fez exatamente o contrário, matou dois, um de 23 e outro de 21 anos, colocou em um hospital uma mulher e quase dizimou uma família inteira, simplesmente por se propor a testar seu potente e caríssimo veículo, para confirmar que o mesmo fosse capaz de atingir a velocidade prometida em manuais do veículo, por isso não procede a imperícia. Sim, ele decidiu colocar em risco outras vidas. E agora vem o MP e concorda com a defesa que isso tudo não passou de acaso? Transformando um assassinato em dolo eventual, sem culpa? E o pior, o juiz concordou. Isso é um escárnio com a sociedade e tudo o que é feito para se combater a violência em nosso trânsito. Espero que a instância superior derrube essa esdrúxula decisão e que alguém do MP, que tenha um mínimo de consciência de sociedade e humanidade, possa rever essa posição.