Plano golpista O plano do golpe para assassinar o presidente Lula, o seu vice Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes, investigado pela Polícia Federal, faz parte do movimento golpista instituído no governo Bolsonaro. Um plano robusto formado por 37 agentes golpistas, dos quais 25 são militares, incluindo Bolsonaro, e os que formavam o seu núcleo de assessoria imediata, como Braga Netto, General Heleno, Mauro Cid, Alexandre Ramagem, Anderson Torres, Mário Fernandes, além de outros não menos ativos na arquitetura do golpe. O projeto golpista seria efetivado em 15 de dezembro de 2022, a execução só não foi completamente concretizada por razões circunstanciais. O assassinato do presidente, vice e ministro se daria por tiros, explosões ou até envenenamento. O fato de o plano ter mentores e executores na sua maioria (25) da área militar não deixa de reverberar o fato recente em que crianças numa Escola Militar do Tocantins, conduzidas por um PM, eram levadas a proferir, em alto e bom tom, palavras de ódio, tais como, “nós vamos te matar”, numa evidente doutrinação perversa de crianças e jovens em formação. Porém, esses que praticam e apoiam atitudes abomináveis assim, são os mesmos que afirmam haver “doutrinação” quando professore(a)s trabalham, por meio de livros, filmes ou documentários, a diversidade, a identificação de assédios- sexual, moral, racial, e fatos da nossa História, buscando, por meio da leitura e reflexão, a construção da cidadania das nossas crianças e jovens. Como dito no livro “Escola da Ponte”, nós educadores trabalhamos para os nossos alunos de hoje, mas os nossos atos refletem-se na eternidade”. Certamente não será a ação de matar o outro que queremos ver eternizar, muito pelo contrário - é a nossa palavra de amor, de solidariedade, de justiça, que queremos ver ecoar em rede infinitamente.