Luta contra a Aids1º de dezembro se aproxima e lembramos que Unaids (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids) estabeleceu a meta de acabar com Aids como uma epidemia até 2030. Mês passado, em evento paralelo ao G20, especialistas do Conselho Global sobre Desigualdade, Aids e Pandemias incluíram nas suas discussões o progresso alcançado até o momento em atingir esta meta da Unaids. Uma das conclusões foi que as desigualdades contribuem para o crescimento e até perpetuam HIV/Aids no mundo. Declararam que precisamos acabar com as desigualdades se queremos acabar com Aids e outras pandemias. Destacaram que determinantes sociais como educação e renda e, no outro lado, a eliminação da discriminação “se provaram tão importantes para a resposta a pandemias quanto o cuidado médico”. Pela primeira vez as lideranças deste grupo fizeram um compromisso de abordar as desigualdades como uma maneira de preparar a resposta a futuras pandemias. Winnie Byanyima, diretora-executiva da Unaids, diz: “Leis e práticas que excluem e discriminam qualquer um de nós colocam todos nós em perigo. Para proteger a saúde de todos, precisamos proteger os direitos de todos”. Ao longo dos anos nossa própria experiência nos mostrou como as desigualdades e a falha em defender os direitos de pessoas marginalizadas estão prolongando a epidemia e nos impedindo de alcançar um mundo livre de Aids. O pobre é sempre o mais vulnerável e não tem as mesmas oportunidades para adquirir medicamentos e fazer tratamento. Segundo reportagem no POPULAR (9/10 de novembro deste ano), há mais de 94 mil pessoas em Goiás vivendo em favelas e dessas 25 mil moram em Goiânia. Com falta de estrutura, falta de direitos humanos e as desigualdades vivida pelas pessoas que moram em favelas, não é surpresa que as doenças, inclusive o HIV, continuam - um desafio para o governo e a sociedade. Infelizmente, os pobres ficam esquecidos e a grande maioria que vive com HIV ou Aids continua a viver no armário por causa do estigma e discriminação. Irmã Margaret Hosty Coordenadora do Grupo AAVE Aborto legalO PL, partido presidido por Valdemar da Costa Neto e que tem como presidente de honra Jair Bolsonaro, ambos indiciados pela Policia Federal, aprovou na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, uma PEC que se aprovada em plenário dará fim ao aborto legal no Brasil. Como se não bastasse a cumplicidade do PL na criminosa conduta do ex-presidente de menosprezar a pandemia da Covid-19, que deixou um rastro de milhares de mortes, e ainda a afrontosa tentativa de golpe de Estado. E sabem qual foi a verba do fundo eleitoral em 2024 para esses que como políticos zombam da Nação? R$ 863 milhões! Paulo PanossianSão Carlos-SP