Celular na escola Sou voluntário em uma ONG (Escola de Pais do Brasil) desde 1983. No Brasil ela já existe desde 1963. É legal, com registros no MEC, e reconhecida como “utilidade pública” nos estados e municípios, em leis específicas. Nossa missão é “ajudar pais e agentes educadores a criarem verdadeiros cidadãos”. Bem, após a apresentação, quero dar minha opinião sobre o assunto de proibição de celular nas escolas (demorou bastante). Como a chegado do smartphone, um pequeno computador em mãos, nossas crianças, adolescentes e até nós adultos fomos nos distanciando do “olho no olho”. Deixamos de falar com a boca, para falar com os dedos. Não visitamos mais os amigos. Nossas crianças e adolescentes não sabem conversar. Só na linguagem digital. Mesmo em uma festa, onde a finalidade é se divertir, vemos pessoas totalmente isoladas, com o smartphone na mão. Ninguém pode negar a importância desse aparelho. Afinal, com um simples toque, temos informações em tempo e a hora. O que falta então para que ele se torne uma ferramenta de real utilidade? Limite no uso! É o que estamos tentando colocar na mente de quem usa. Vejo pais dando smartphone para crianças com menos de 2 anos para se verem livres de incômodo. Com a proibição de celular nas escolas, voltaremos a ver um recreio (intervalo) com alunos conversando em viva voz, crianças brincando de pique esconde, de roda etc. Os adolescentes terão suas conversas de perguntas, de sentimentos, de curiosidade, ou seja, troca de experiências, tão importantes para se formar relacionamentos.