Veterano de guerra 

Neste 15 de Janeiro a Força Aérea Brasileira perdeu seu último veterano de guerra. Morreu aos 101 anos, no Rio de Janeiro, João Rodrigues Filho. Na Segunda Guerra, João foi chefe da equipe de mecânicos do Avião A-3 do 1º Grupo de Caça, unidade brasileira que com os Caças P-47 destruíram as vias de transporte e depósitos de munições do Eixo sobrevoando os céus da Itália. Entre pilotos, mecânicos, almoxarifes, auxiliares etc. a FAB contava na guerra com cerca de 200 pessoas e João era seu último remanescente.&nbsp; 
Já no Exército a famosa FEB (Força Expedicionária Brasileira) contou com 25.300 homens no inóspito terreno e clima italiano dos idos de 1944/1945. Destes restam vivos quarenta e poucos, todos na faixa dos seus centos e poucos anos. Entre as enfermeiras, a última remanescente morreu no ano passado, Virgínia Portocarrero. Que nós brasileiros possamos mais lembrar e homenagear essas corajosas pessoas que encararam de frente o conflito e que são pouco reverenciadas pelas escolas e pelo governo, assim as pessoas podem conhecer mais sobre a participação do Brasil na Segunda Guerra. Até hoje nos lugares que o Brasil lutou os filhos, netos e bisnetos dos italianos reverenciam os brasileiros por livrarem o local dos alemães e agradecem por fornecer comida a seus pais e avós quando estavam passando fome! Em abril/maio próximos, nas celebrações dos 80 anos do fim do conflito, cidades italianas onde o Brasil teve batalhas receberão os filhos e netos de veteranos para homenageá-los. Que a FAB e o Exército possam se mobilizar para ajudar no custeio dessas pessoas, até mesmo a iniciativa privada. Tudo isso para que seus feitos nunca se percam na memória. João Rodrigues, continue sentando a pua no céu!&nbsp;

Luciano Delfino Paixão&nbsp; 
Setor Aeroporto - Goiânia&nbsp; 
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Deportados&nbsp;

Deportar imigrantes ilegais não é novidade. Também não é novidade que tais deportados seguiram viagem algemados dos EUA para o Brasil, como recentemente ocorreu por ordem da gestão do ex-presidente Joe Biden. Porém, nesta nova era de Donald Trump na Casa Branca, parece que radicalizaram os procedimentos como da prometida deportação em massa. Como dos 158 imigrantes julgados ilegais (88 deles brasileiros) que chegaram a Manaus, na sexta-feira (17), e conforme autoridades brasileiras, estavam não apenas algemados, mas também com os pés acorrentados, e houve denúncias de que foram agredidos covardemente por membros da polícia americana. É bom lembrar que esses imigrantes não eram criminosos e tampouco saíram direto das prisões americanas. É formada por trabalhadores alguns deles com mais de 20 anos morando nos EUA. Portanto, esse tratamento desumano aos deportados não se justifica.&nbsp;

Paulo Panossian 
São Carlos-SP

Cartas dos Leitores

Opinião

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Matéria - Opinião - Carta dos Leitores

Cartas

Orçamento secreto

 
É de se espantar o receio ou temor dos parlamentares brasileiros quando se pede um mínimo de transparência sobre o processo de encaminhamento das emendas complementares, leia-se “orçamento legislativo” - e que antes se chamou de “orçamento secreto” - será por quê? O que os senadores e deputados federais temem? 
Não lhes basta o polpudo Fundo Partidário, sempre discutível, e que garante uma certa perpetuação de mandatos sequenciais. Pergunto, explicitamente, por que temer a transparência? Acredito que a maioria expressiva dos nossos representantes no Congresso defende a democracia, o processo democrático, e não se dá conta que a transparência é uma qualidade e obrigação inerente a esse processo? 
Não se dão conta que tal atitude diminui-lhes a decência e a honradez? Não percebem que tal tipo de postura enfraquece a própria democracia e que isso é “palha seca capaz de alastrar o fogo” das minorias radicais do espectro político que acreditam em ditaduras “salvadoras”, sejam de esquerda, sejam de direita? 
Será que os políticos éticos, que acredito serem maioria, não se posicionam para não se conspurcarem com essa situação que em nada abona o desejo de um processo de aprimoramento da nossa tenra democracia?

 
António Manuel Fernandes 
Nova Suíça - Goiânia

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Emendas de vereadores

A cada dia, os goianienses têm de se deparar com surpresas desagradáveis. A edição do dia 27 de janeiro do POPULAR trouxe a notícia de que um grupo de Ribeirão Preto (SP) abriu filial em Goiânia no último mês de novembro para prestar serviços na área da saúde, recebendo, ao longo de 2025, R$ 7,8 milhões. Esse valor corresponde ao segundo maior montante de verbas impositivas da Câmara Municipal, destinado por nove vereadores. Uma situação semelhante ocorreu no ano passado, quando repasses milionários foram feitos a outras instituições, como o Instituto Vital, criado em maio de 2024 com a mesma finalidade. No entanto, o saldo do ano passado foi a prisão do então secretário de Saúde e de alguns de seus auxiliares diretos. Goiânia não merece isso! Mas, ao que parece, a cidade continua a reeleger a maioria dos vereadores que mantêm o mesmo presidente da Casa há quatro mandatos consecutivos. O grupo político segue destinando recursos minguados, que deveriam ser aplicados para melhorar a saúde da população, para entidades e grupos oriundos de São Paulo. Rogério Cruz, misteriosamente, nunca sofreu qualquer consequência pelas falhas administrativas em Goiânia. Nem ele, nem a maioria dos vereadores que sustentam esse descalabro enfrentam nenhum tipo de investigação séria dos órgãos de fiscalização, como tribunais e o Ministério Público.&nbsp; 
Até quando, Goiânia?&nbsp;

Rubens Vieira da Silva&nbsp; 
Silvânia-GO&nbsp;

Cartas 

Celular e crianças&nbsp; 
Controlar o tempo de tela; identificar limites (virtudes e vícios) das interações sociais na sociedade digital; conscientizar pela naturalização do diferente etc. São tantos os desafios da modernidade. Nestes primeiros dias de reinício das aulas, meus pequenos (8 e 11 anos) me colocaram contra a parede ao exigirem ir à escola caminhando, sozinhos. Era um brado de independência a me colocar na incômoda condição de reprimir o ímpeto de tão desejada autonomia. Me defendo: nos sete minutos que separam a casa da escola há quatro quadras de trânsito selvagem, inobstante haver no quadrante em redor, entre as ruas T-15, C-235 e C-236, ao menos oito escolas, do fundamental ao pré-vestibular. A sinalização ali é tremendamente tímida para conter a impaciência dos motoristas. Nos cruzamentos próximos às escolas não há placas que as identificam. Não há alertas sobre o trânsito de pequenos pedestres, faixas, botoeiras, agentes, policiais. A C-236,&lt;/CW&gt;&lt;CW-5&gt; &lt;/CW&gt;caminho natural dos meus meninos, é hoje importante alimentadora da avenida T-9. É uma via secundária que autoriza o estacionamento nos dois lados, situação incompatível com sua condição de mão dupla. O resultado é uma guerra pela ocupação de espaço entre automóveis que jamais admitirá a competição com indefesos pedestres. Na rede social nos impactam exemplos idílicos de crianças pequeninas a se dirigirem sozinhas nas ruas de metrópoles como Tóquio e Berlim. Nas suas rotas, é delas a preferência e o apoio de todos, agentes de trânsito, motoristas e poder público. Deixo, pois, sugestão e apelo à Secretaria de Engenharia de Trânsito de Goiânia (SET). Que tal começar por aqui uma experiência por um trânsito também para as pessoas, não só para os automóveis?&nbsp;

Realle Palazzo-Martini&nbsp; 
Jardim América - Goiânia&nbsp; 
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Violência policial 
Os episódios assustadores de crimes cometidos por policiais, que vêm se repetindo em quantidade e gravidade assustadoras, remetem a reflexão sobre políticas de combate à criminalidade. Não há dúvidas sobre a necessidade de reprimir os agentes responsáveis pelos crimes, mas é necessário, também, que analisemos o comportamento dos governantes em relação a essa escalada de violência que, sob análise equilibrada, além de criminosa é inócua. Quando se vê governadores batendo no peito para afirmar que “meus policiais não vão usar câmeras no uniforme”, temos que entender que passam mensagem subliminar às forças de segurança pela pena de morte, como se tivessem essa medida à sua disposição. Além dos governadores, parlamentares são consuetudinários em pregar e apoiar barbaridades cometidas em abordagens policiais.

Lenoar Santos Macedo&nbsp; 
Silvânia-GO&nbsp;

O Brasil no Oscar O Brasil e os brasileiros brilhando e, mais que isso, brilhando naquilo que melhor representa nossa humanidade, a arte. Cinema sempre foi sinônimo de cultura e um veículo de formação e transformação social. Em que pesem as dificuldades particulares do cinema brasileiro, como financiamento, barreira da língua e até a resistência interna contra as produções nacionais, temos a emoção de ouvir que Ainda Estou Aqui foi indicado em três categorias. Fernanda Torres, que vai colecionando prêmios, melhor atriz, melhor filme estrangeiro e, para arrebatar de vez quem vê na cultura fator de crescimento de um povo, o ineditismo da indicação a melhor filme. Foi mesmo um dia especial, que aponta para uma virada sensacional da sétima arte em terra brasileira. Arte, sensibilidade e história, à disposição de todos nas telonas do mundo. Lenoar Santos Macedo Silvânia-GO Portaria do Pix Fico estarrecido com comentários equivocados de pessoas que entendem e dominam algum assunto ou matéria e ardilosamente manipulam ideias, contextos e palavras com o intuito depreciar um trabalho e, quem sabe, implantar o caos e a desordem em um sistema, uma administração, uma gestão. Para o melhor entendimento da população brasileira em geral, a Receita Federal possui os mais diversos mecanismos de acompanhar as movimentações financeiras de seus contribuintes. Ou alguém tem alguma dúvida sobre isso? Cabe a cada um de nós, pessoas físicas ou jurídicas, tomarmos os devidos cuidados com as prestações de contas corretas de nossas vidas financeiras. Agindo assim, ninguém tem nada a temer. A pessoas que insistem em tentar desestabilizar o atual governo federal, faço uma simples pergunta: o que acham dos inúmeros imóveis comprados em dinheiro vivo pela família Bolsonaro, por exemplo? Estas são práticas corretas ou presume-se ser lavagem de dinheiro e consequente sonegação de Imposto de Renda? Nós, cidadãos brasileiros, precisamos ter o compromisso ético e cívico de recolhermos nossos impostos, e esperamos que estes nos sejam devolvidos pelo governo também de maneira proba e legal em forma dos mais diversos tipos de benefícios sociais. Particularmente, devolvi parceladamente ano passado (como nos outros) uma boa quantia - pois assim deveria ser - e afirmo aqui categoricamente: quero nos próximos anos poder retornar à Receita Federal ainda mais, pois isso indicará que estou trabalhando, produzindo e sendo cada vez mais bem remunerado em minhas lidas. Simples assim! Roberto Célio P. Silva Setor Pedro Ludovico - Goiânia

Celular na&nbsp;escola&nbsp; 
Sou voluntário em uma ONG (Escola de Pais do Brasil) desde 1983. No Brasil ela já existe desde 1963. É legal, com registros no MEC, e reconhecida como “utilidade pública” nos estados e municípios, em leis específicas. Nossa missão é “ajudar pais e agentes educadores a criarem verdadeiros cidadãos”. Bem, após a apresentação, quero dar minha opinião sobre o assunto de proibição de celular nas escolas (demorou bastante). Como a chegado do smartphone, um pequeno computador em mãos, nossas crianças, adolescentes e até nós adultos fomos nos distanciando do “olho no olho”. Deixamos de falar com a boca, para falar com os dedos. Não visitamos mais os amigos. Nossas crianças e adolescentes não sabem conversar. Só na linguagem digital. Mesmo em uma festa, onde a finalidade é se divertir, vemos pessoas totalmente isoladas, com o smartphone na mão. Ninguém pode negar a importância desse aparelho. Afinal, com um simples toque, temos informações em tempo e a hora. O que falta então para que ele se torne uma ferramenta de real utilidade? Limite no uso! É o que estamos tentando colocar na mente de quem usa. Vejo pais dando smartphone para crianças com menos de 2 anos para se verem livres de incômodo. Com a proibição de celular nas escolas, voltaremos a ver um recreio (intervalo) com alunos conversando em viva voz, crianças brincando de pique esconde, de roda etc. Os adolescentes terão suas conversas de perguntas, de sentimentos, de curiosidade, ou seja, troca de experiências, tão importantes para se formar relacionamentos.&nbsp; 
E o maior perigo, motoristas não só falando, mas digitando enquanto dirigem, colocando a sua vida e de outros em perigo. Espero sinceramente que esse seja o primeiro passo para que aprendamos a ter limites em usar esses aparelhos.&nbsp; 
José Carlos Riccioppo&nbsp; 
Setor Oeste - Goiânia 
 
Brasil no Oscar 
Para orgulho do cinema brasileiro, que o filme “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles, recebeu três indicações ao Oscar, a inédita Melhor Filme e também Melhor Filme Estrangeiro e de Melhor Atriz, Fernanda Torres. Filme esse baseado na obra do escritor Marcelo Rubens Paiva, no qual retrata a história de sua mãe Eunice Paiva (interpretada por Fernanda Torres) e do pai ex-deputado federal Rubens Paiva (Selton Mello), assassinado durante a horrenda ditadura militar de 1964. O Brasil, emocionado, aplaude esse notável feito.&nbsp; 
Paulo Panossian 
São Carlos-SP