Taxa do lixo Quando a prefeitura de Goiânia começar a cobrar a taxa de lixo dos contribuintes, em abril, ela deverá ter pronta e sacramentada pelo menos duas posturas e procedimentos, que hoje ainda estão obscuras. Primeiro, o valor exato para cada domicílio e segundo a base de cálculo e o referencial quantitativo e qualitativo tanto do lixo, quanto do resíduo. E como ser justo na cobrança? Senão vejamos, se a referência for o tamanho do imóvel, vejo injustiça em alguns casos, o imóvel é grande, mas lá mora apenas uma pessoa, e se o imóvel for pequeno e moram mais de seis pessoas? Se a referência for a quantidade de lixo e resíduo, mas o morador não coloca lixo na lixeira dele, coloca na do vizinho, ou joga o lixo em uma praça ou lote vago durante a madrugada, e aí? Isso é justo, eu coloco meu lixo na lixeira do meu vizinho para eu pagar pouco e ele pagar mais? A prefeitura vai usar uma balança para pesar ou uma fita métrica para medir a massa residual da área? Só há um caminho justo a seguir então, a cobrança por cabeça, por indivíduo morador do imóvel, o que agora fica mais fácil, uma vez que em média no Brasil, cada pessoa descarta 1,04 kg de lixo por dia, ou 380 kg por ano. A prefeitura precisa aprofundar esses estudos antes de emitir uma decisão unilateral, sem ouvir as autoridades e representantes da sociedade.