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A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia quer vai devolver 23,6 mil litros de tinta inseticida que foram comprados pela gestão anterior para combater o mosquito da dengue. A pasta também pede que a empresa devolva R$ 10,5 milhões referentes à aquisição do produto. Em abril de 2024, a secretaria comprou 48 mil litros da tinta por R$ 21,3 milhões, mas só metade foi utilizada até o final do ano passado.

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Reportagem do POPULAR publicada na edição de 29 de janeiro mostrou, com exclusividade, que a Prefeitura de Goiânia estava com mais de 23 mil litros de tinta inseticida parados no almoxarifado da SMS. Na ocasião, a pasta informou que aguardava a Saúde Mais, empresa responsável, enviar um cronograma de aplicação do produto e que o uso seria supervisionado pela pasta para avaliação técnica da eficácia da tinta.

De acordo com o secretário municipal de Saúde de Goiânia, Luiz Pellizzer, técnicos da Vigilância Epidemiológica do município apontaram que a eficiência do uso da tinta em Goiânia pode ser questionada, já que na capital ela foi utilizada para pintar muros e paredes, enquanto os testes de eficácia foram feitos jogando o material em bueiros.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/goias-confirma-a-segunda-morte-por-dengue-em-2025-1.3228122" target="_blank">Goiás confirma a segunda morte por dengue em 2025</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/municipios-e-estado-apostam-em-trabalho-conjunto-pela-saude-publica-1.3227588" target="_blank">Municípios e Estado apostam em trabalho conjunto pela saúde pública</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/goias-registra-mais-de-4-mil-casos-de-dengue-em-janeiro-e-tem-15-cidades-em-situac-o-de-emergencia-diz-saude-1.3227274" target="_blank">Goiás registra mais de 4 mil casos de dengue em janeiro e tem 15 cidades em situação de emergência, diz Saúde</a></div>

De qualquer forma, Pellizzer esclarece que, quando se compara a quantidade de unidades de saúde de Goiânia (122) com o número de imóveis da capital (653,8 mil), o uso da tinta se torna sem propósito, pois, para ela surtir efeito no combate à circulação do Aedes aegypti, mosquito vetor de transmissão da dengue, seria necessário que fosse usada em grande escala.

A aquisição da tinta foi publicada na edição do Diário Oficial do Município (DOM) do dia 12 de abril de 2024. Na época, a SMS era comandada pelo médico Wilson Pollara. Foram adquiridas 12 mil latas por R$ 21,3 milhões. Além do fornecimento da tinta, a aplicação do produto também era de responsabilidade da Saúde Mais.

De acordo com a SMS, de abril a dezembro de 2024, a empresa solicitou e retirou no almoxarifado da pasta 24,3 mil litros da tinta que, conforme relatório de execução apresentado pela empresa à gestão anterior, foram utilizados para pintura de paredes e muros de 101 unidades de saúde na capital.

Conforme Pellizzer, desde o final de janeiro já foram feitas duas reuniões com a Saúde Mais. Na primeira, a empresa teria procurado a administração pública justamente para discutir o cronograma de aplicação do produto. “Me explicaram como funciona (a tinta). Você pinta uma parede e, se o mosquito pousar ali, em até 15 minutos depois de ele ter sentado, começa a morrer”, conta o secretário.

Depois disso, Pellizzer consultou a Controladoria do Município sobre o assunto e a orientação foi para que a tinta não fosse usada até que o Ministério Público de Contas (MPC), que solicitou informações ao controle interno da Prefeitura sobre o assunto, desse um parecer sobre a questão. Por conta disso, a SMS optou por devolver o produto e pedir o dinheiro referente ao produto que não foi usado de volta. “Mas a empresa recusou”, explica o secretário.

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No final de janeiro, a SMS havia informado à reportagem que esses 23,6 mil litros de tinta venceriam entre novembro e dezembro deste ano. O POPULAR esteve no almoxarifado na tarde desta quinta-feira (13) e verificou que, na verdade, os galões vencem em julho, o que aumenta a urgência de que o produto seja devolvido antes da data de vencimento.

A intenção de Pellizzer é que o dinheiro devolvido seja utilizado em outras ações de combate à dengue. “Investimento em manejo, limpeza, capacitação, dentre outras coisas”, pontua. Ele ainda reforça o fato de que, independente de qualquer ação da Prefeitura, é importante que a população contribua no combate à proliferação do mosquito. “Manter o ambiente limpo e sem criadouros é muito mais barato e eficaz”, discorre.

O estado de emergência na saúde municipal foi decretado em 2 de janeiro, logo após a posse do prefeito Sandro Mabel (UB). Conforme painel de monitoramento da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO), já são 2,5 mil casos confirmados na capital, que também acumula 11 óbitos suspeitos. Diante do cenário epidemiológico da dengue em Goiânia, o governo federal reconheceu situação de emergência em saúde pública. Com isso, a capital terá prioridade em recursos e assistência do Ministério da Saúde.

Saúde Mais

Em nota, a Saúde Mais comunicou que, desde maio de 2024, tem trabalhado regularmente na entrega e aplicação da tecnologia de controle da dengue, mas que, no final de outubro passado, a SMS reduziu as liberações dos equipamentos necessários para tal. A empresa reforçou a necessidade dessas liberações para concluir o trabalho contratado, uma vez que a definição dos locais de aplicação é de responsabilidade da pasta, e destacou que “segue à disposição para concluir os serviços conforme o planejado”.

A empresa também afirmou que “não houve qualquer comunicação formal e por escrito” por parte da administração municipal no que diz respeito à devolução da tinta e do dinheiro, mas argumentou que a medida não possui respaldo contratual ou legal, considerando que a aquisição foi realizada por interesse da própria Prefeitura, a entrega ocorreu conforme o determinado e a interrupção da execução não resulta de qualquer conduta da contratada.

“Além disso, destaca-se que o contrato foi firmado com o município, e a mudança de gestão não constitui fundamento jurídico para seu rompimento”, reforça trecho da nota. A Saúde Mais ainda enviou ao POPULAR um atestado de capacidade técnica assinado pelo ex-secretário de Saúde em outubro de 2024.

Sobre a eficácia da tinta, a empresa informou que ela é “amplamente comprovada por certificações e estudos científicos”. Na reportagem publicada no final de janeiro, O POPULAR mostrou que, conforme a Resolução-RE nº 3.370, de 12 de setembro de 2024, a Carbapaint 10 (tinta) teve o registro como produto saneante indeferido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Entretanto, questionada sobre o assunto, a Anvisa explicou que a resolução em questão “não impede a comercialização da tinta, que possui autorização de comercialização válida” e que “todas as tintas que obtiveram autorização de comercialização comprovaram eficácia contra o alvo (ou alvos) informados no rótulo, bem como a segurança, a exemplo do que ocorre com os demais produtos saneantes”.

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Prefeitura de Goiânia quer devolver tinta de combate à dengue

Cidades

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Matéria - Cidades

Saúde

TCM dá aval para Alego aprovar calamidade financeira

O plenário da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) aprovou nesta quarta-feira (19) o pedido do prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), para decretar situação de <a href="https://opopular.com.br/politica/mabel-pede-reavaliac-o-ao-tcm-sobre-calamidade-financeira-1.3222505" target="_blank">calamidade financeira</a> junto à Secretaria Municipal da Fazenda. Os deputados, no entanto, decidiram não incluir no texto as condicionantes apresentadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), em parecer solicitado pela Casa.

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Depois de defender a <a href="https://opopular.com.br/politica/alego-n-o-aprova-calamidade-financeira-de-goiania-1.3222097" target="_blank">rejeição do pedido</a> de calamidade, em janeiro, o TCM alterou a interpretação e autorizou, após nova argumentação da Prefeitura, que o pedido fosse aprovado, desde que critérios fossem mantidos. No parecer, o Ministério Público de Contas apontou que “a concessão irrestrita” do status “poderia abrir brechas”, e “tornar o ambiente da administração municipal mais suscetível a irregularidades”.

Além da fixação de prazo determinado para a vigência, o TCM apontou que o Paço não poderia descumprir a ordem cronológica de pagamentos e nem realizar contratações diretas sem licitação. Exigiu ainda que a gestão não use a calamidade para justificar a não redução de despesas com pessoal e recomendou controle das despesas com pessoal, limitação de empenhos e renegociar contratos.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/sem-quorum-alego-n-o-vota-calamidade-financeira-de-goiania-1.3232576" target="_blank">Sem quórum, Alego não vota calamidade financeira de Goiânia&nbsp;</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/tcm-da-aval-para-alego-aprovar-calamidade-financeira-1.3232133" target="_blank">TCM dá aval para Alego aprovar calamidade financeira&nbsp;</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/mabel-pede-reavaliac-o-ao-tcm-sobre-calamidade-financeira-1.3222505" target="_blank">Mabel pede reavaliação ao TCM sobre calamidade financeira</a></div>

Depois da <a href="https://opopular.com.br/politica/tcm-da-aval-para-alego-aprovar-calamidade-financeira-1.3232133" target="_blank">aprovação da calamidade</a> sem as condicionantes apontadas pelo TCM, o presidente da Casa, Bruno Peixoto (UB), apontou que a retirada dos itens foi acertada com o prefeito. “Conversei com o nosso prefeito, Sandro Mabel, e as exigências podem travar a agilidade esperada com o decreto”, disse. A única condição acatada foi o prazo, definido em 120 dias.

“A votação é soberana, neste caso. Então, nós não temos a obrigatoriedade de acatar as exigências para o decreto de calamidade. Neste sentido, nós entendemos que é uma prerrogativa nossa e não aceitamos as imposições pelo Tribunal de Contas que, na verdade, foram sugestões ao parlamento goiano. Entendemos não acolher e colocamos o prazo”, considerou.

Deputados da oposição não votaram nesta quarta, com o objetivo de repetir a falta de quórum registrada na apreciação de terça, quando apenas 17 parlamentares se posicionaram sobre o tema. Eram necessários 21 votos para concluir o processo - número exato obtido pela base de Ronaldo Caiado (UB).

A votação, no entanto, só alcançou os votos necessários depois de chamada nominal em plenário e ligações diretas de Bruno Peixoto para que colegas registrassem posição favorável.

Além de cobranças em discursos, Antônio Gomide (PT) apresentou emenda na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para que todas as condicionantes fossem incluídas. O pedido foi rejeitado pela maioria, que apoiou o voto em separado do líder do governo, Talles Barreto (UB).

Ao rejeitar as alterações sugeridas pelo petista, Talles escreveu que “as obrigações sugeridas praticamente esvaziam o propósito do reconhecimento de calamidade pública”.

As mudanças de posicionamento, em parecer do TCM e entre deputados da base governista, ocorreram depois de declaração de Ronaldo Caiado (UB), que adiantou na última sexta-feira (14), em entrevista à TV Anhanguera, que se empenharia para aprovar a matéria após o retorno da viagem à Índia.

Logo depois da aprovação do <a href="https://opopular.com.br/politica/sem-quorum-alego-n-o-vota-calamidade-financeira-de-goiania-1.3232576" target="_blank">decreto de calamidade</a> sem as “travas” sugeridas pelo TCM, o prefeito Sandro Mabel publicou vídeo de agradecimento. Segundo ele, a Assembleia “entendeu o problema de Goiânia” e mostrou “muita responsabilidade”.

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De acordo com Mabel, o decreto de calamidade financeira é importante para “dar sequência em todas as medidas que estamos tomando e, inclusive, validando todos os decretos que nós fizemos até hoje. A Prefeitura passa por um momento muito difícil”, afirmou.

Já o secretário municipal da Fazenda, Valdivino Oliveira, minimizou a importância do decreto, lembrando que as medidas de regularização foram tomadas desde 2 de janeiro, quando a calamidade foi publicada pelo prefeito. “Para nós, os efeitos da calamidade já passaram”, afirmou o auxiliar à CBN Goiânia, antes da aprovação da matéria.

“No dia 2 de janeiro, era calamitosa a situação da Prefeitura. Passaram 50 dias e a situação não é mais tão complicada como era naquela ocasião. Não resolvemos o problema, mas equacionamos. O que eu digo sempre é que, agora, é muito mais institucional do que prática a aprovação do decreto e mostra que a Prefeitura escolheu um caminho correto para trilhar”, disse em entrevista à TV Brasil Central, na terça-feira (18).

Alego aprova calamidade financeira sem 'travas' sugeridas pelo TCM

Política

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Matéria - Política

Prefeitura de Goiânia

O plenário da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) retoma nesta quarta-feira (19) a votação sobre o pedido do prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), para decretar situação de <a href="https://opopular.com.br/politica/alego-n-o-aprova-calamidade-financeira-de-goiania-1.3222097" target="_blank">calamidade financeira</a>, junto à Secretaria Municipal da Fazenda. A primeira tentativa de deliberação, nesta terça, foi frustrada pela ausência de deputados estaduais, já que apenas 17 se posicionaram sobre a matéria. São necessários 21 votos.

<a href="http://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; outline: 0px; outline-offset: -2px; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

Apesar de 25 deputados terem registrado a presença ao longo da primeira sessão ordinária do ano, oito deles preferiram não continuar no plenário para votar o pedido de Mabel. Pelo regimento interno da Casa, sem o quórum mínimo, a apreciação fica suspensa e deve ser retomada na próxima sessão. Dos ausentes, quatro eram da base do governador Ronaldo Caiado (UB), que adiantou empenho para a aprovação.

“Se existe um impasse em relação a esse problema, o que eu vou fazer, chegando aí, é chamar o líder do governo, a nossa base de deputados estaduais, o presidente da Casa, e vou saber deles qual é o motivo para que realmente essa matéria não seja votada e não sejam dadas melhores condições para que o prefeito Sandro Mabel possa conviver com essa situação de tamanha dificuldade que ele vem enfrentando”, disse o governador em entrevista à TV Anhanguera, na sexta-feira (14).

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/alego-n-o-aprova-calamidade-financeira-de-goiania-1.3222097" target="_blank">Alego não aprova calamidade financeira de Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/tcm-da-aval-para-alego-aprovar-calamidade-financeira-1.3232133" target="_blank">TCM dá aval para Alego aprovar calamidade financeira&nbsp;</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/paco-quer-provar-r-4-bilh-es-de-dividas-e-calamidade-1.3223370" target="_blank">Paço quer provar R$ 4 bilhões de dívidas e calamidade</a></div>

Caiado continua em viagem à Índia, com retorno previsto para a próxima sexta-feira (21), e não efetivou a articulação com os aliados. Nos bastidores, parlamentares admitem ainda manter resistência em relação ao pedido de <a href="https://opopular.com.br/politica/tcm-da-aval-para-alego-aprovar-calamidade-financeira-1.3232133" target="_blank">calamidade financeira</a>, tanto em relação a um possível exagero nas contas sobre a efetiva dívida recebida por Mabel, quanto por utilizar a pauta como ferramenta para buscar aproximação política com a nova gestão da Prefeitura.

O tema voltou a ser analisado pelos parlamentares depois de novo parecer do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), que mudou o posicionamento apresentado na primeira consulta e passou a dar aval para a Alego aprovar a calamidade nas contas da capital.

O Tribunal considerou, em 20 de janeiro, que haveria “margem para recuperação financeira por meio de recursos e medidas disponíveis, gestão da dívida ativa e readequação orçamentária”. Apontou ainda que “não há elementos suficientes para justificar o estado a que se refere o decreto” e recomendou “medidas administrativas para restaurar o equilíbrio fiscal”.

O novo documento, assinado pelo presidente, Joaquim de Castro, reconhece o impacto da dívida de curto prazo de R$ 696 milhões, apesar de a Prefeitura apontar valor superior a R$ 3 bilhões. O parecer definiu que a Alego, “se lhe aprouver, pode reconhecer a situação” caótica nas finanças da capital, “exclusivamente para fins de reequilíbrio financeiro e de recuperação da capacidade orçamentária e financeira municipal”.

O TCM-GO ainda afirmou que, se os deputados estaduais reconhecerem a calamidade financeira , devem estabelecer como condicionantes mínimas a fixação de prazo para a vigência do cenário, além da impossibilidade de descumprimento da ordem cronológica de pagamentos e que não sejam realizadas contratações sem licitação.

<h2>Votação</h2>

Dos 17 votantes, apenas três se manifestaram contra a <a href="https://opopular.com.br/politica/paco-quer-provar-r-4-bilh-es-de-dividas-e-calamidade-1.3223370" target="_blank">calamidade financeira</a> na Prefeitura. Os integrantes da bancada do PT, Antônio Gomide, Bia de Lima e Mauro Rubem, argumentaram que a falta de inclusão das condicionantes sugeridas pelo TCM no texto aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), na prática, representaria carta em branco.

“Nós não estamos seguindo o parecer do TCM, porque estamos votando um decreto legislativo onde, dos 11 itens orientados pelo Tribunal, nós estamos acatando apenas um item, que seria o prazo”, criticou Gomide.

“Isso é um equívoco. Quem apresentou as sugestões que foram colocadas pelo Tribunal foi a própria Prefeitura, que disse que não iria fazer. Quando aprovamos o que veio da própria Prefeitura, estamos aprovando, automaticamente, essas condicionantes”, rebateu o líder do governo, Talles Barreto (UB).

O governista ainda minimizou a falta de quórum para a votação nesta terça. “É porque hoje a sessão é presencial e muitos deputados estão viajando e alguns que fizeram presença aqui foram viajar também. Acredito que, de forma híbrida, nós vamos votar e aprovar isso de uma forma muito tranquila e serena. É uma situação muito consolidada aqui na Casa”, afirmou.

Sem quórum, Alego não vota calamidade financeira de Goiânia

Legislativo

Webstories - Aluguel social para camelôs na 44

Os vendedores ambulantes que trabalham na Região da 44 poderão ser realocados para outros espaços na própria localidade. Empresários da região se reuniram ontem com o prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, para cobrar uma ação mais efetiva para a retirada dos camelôs das ruas e discutiram possibilidades para que isso seja feito sem que eles fiquem impossibilitados de trabalhar e gerar renda para suas famílias.

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Entre as opções, estão a criação de um ‘Aluguel social’ para que eles sejam instalados dentro de espaços que estejam desocupados nos próprios empreendimentos comerciais da região ou a alocação em feiras que funcionam nas proximidades.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/prefeitura-de-goiania-vai-rever-sistema-da-area-azul-1.3222916" target="_blank">Prefeitura de Goiânia vai rever sistema da Área Azul</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/comerciantes-querem-que-projeto-centraliza-fique-para-2025-1.3197376" target="_blank">Comerciantes querem que projeto Centraliza fique para 2025</a> 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/mabel-planeja-retirada-de-ambulantes-da-regi-o-da-44-para-o-inicio-do-mandato-1.3199621" target="_blank">Mabel planeja retirada de ambulantes da Região da 44 para o início do mandato</a></div>

<cite>O prefeito Sandro Mabel se mostrou muito receptivo às nossas sugestões. Falamos que o empresariado da Região da 44 está aberto ao diálogo e a contribuir para que a região seja revitalizada e organizada”, disse o presidente da Associação Empresarial da Região da 44 (AER44), Sérgio Naves.</cite>

Segundo ele, esta foi apenas a primeira de algumas reuniões que ainda devem ocorrer para discutir um plano de ação para resolver o antigo problema dos vendedores ambulantes na região. Este plano prevê, entre outras opções, a criação de um projeto de ‘Aluguel Social’, onde pontos de venda seriam oferecidos aos ambulantes que já foram previamente cadastrados até o fim do ano passado.

<div attr-cid="policy:1.3232623" attr-version="policy:1.3232623:1739963652" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3232623" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3232623', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3232623">Webstories - Aluguel social para camelôs na 44 (1.3232623)</a></div>

Naves explica que eles teriam um benefício de isenção de aluguel por um período de cerca de seis meses e precisariam arcar apenas com o pagamento do condomínio do shopping ou galeria onde fossem instalados. Depois deste período de seis meses de carência, a cobrança começaria equivalente a 30% do valor do aluguel, subindo para 60% seis meses depois e chegando a integralidade do valor da locação ao final de um ano e meio. “Esses custos seriam assumidos por empreendimentos que também optarem em participar deste projeto de Aluguel Social”, explica o presidente da AER44.

Mas ele lembra que esse plano de ação, discutido na reunião com o prefeito Mabel, também prevê a possibilidade de alocar os ambulantes nas duas feiras que já estão consolidadas na região: a Feira Hippie e a Feira da Madrugada. Esta medida ficaria a cargo da Prefeitura de Goiânia. Sérgio Naves adverte, porém, que ainda acontecerão outras reuniões para discutir as propostas do plano de ação com as secretarias municipais pertinentes.

Fiscalização

A AER44 quer que a Prefeitura coloque uma fiscalização mais intensa e retire os ambulantes das ruas. O prefeito Sandro Mabel concorda com a necessidade desta retirada. Porém, segundo ele, primeiro, é importante oferecer essas oportunidades para que os ambulantes possam trabalhar de forma mais digna, dentro do que prevê a legislação, sem obstruir calçadas e ruas, usando os chamados “carros lojas”.

Outra sugestão do prefeito foi firmar uma parceria com o Sebrae para que estes ambulantes possam receber algum tipo de treinamento e se desenvolvam mais e melhor como empreendedores para gerar renda para suas famílias e divisas para o município. Só depois disso, segundo ele, haverá por parte da Prefeitura uma fiscalização permanente para que as vias públicas da região não sejam mais ocupadas irregularmente.

<cite>Não podemos nos esquecer de que são pais de família, pessoas que precisam trabalhar para levar o sustento para suas casas”, disse Mabel.</cite>

O presidente da Associação da Feira Hippie, Waldivino da Silva, disse que a feira tem condições de receber estes ambulantes que seriam retirados das ruas da Região da 44, pois possui espaços que ainda precisam ser ocupados. Segundo ele, atualmente existem cerca de 900 bancas disponíveis, distribuídas nos 30 corredores da feira, que poderiam ser ocupadas por estes trabalhadores realocados. “Estamos abertos a receber este pessoal e orientá-los no que for preciso, dando total suporte para sua instalação nestas bancas. Só depende do poder público nos procurar para discutirmos a questão”, avisa Silva.

Revitalização

O presidente da AER44 informa que outro assunto que foi discutido durante o encontro como prefeito Sandro Mabel foi o projeto de revitalização da região central de Goiânia, que, além da 44, também inclui o Parque Mutirama, que receberá obras físicas realizadas pela prefeitura. “A ideia é pegar a parte histórica do Centro de Goiânia, o Mutirama e a Região da 44, e montar um grande circuito turístico com esses atrativos da capital”, explica Naves.

Segundo ele, durante a conversa com o prefeito, ficou claro que o plano é tornar Goiânia uma cidade inteligente e que este projeto incluirá a Região da 44 como um dos principais pontos turísticos da capital, dentro do turismo de compras.

Uma próxima reunião deve ser marcada, em breve, para definir como o plano de ação será articulado entre os poderes público e e a iniciativa privada.

Para o prefeito, depois que os ambulantes forem devidamente instalados em algum local mais adequado onde tenham condições de continuar trabalhando, a fiscalização da prefeitura poderá atuar de forma mais incisiva e cobrar que estas pessoas não voltem mais para as ruas.

Ambulantes da 44 poderão ser realocados

Economia

Economia - título

Matéria - Economia

Comércio

O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), afirmou não ver problemas nas imagens que flagraram, no sábado (15), a secretária municipal de Políticas para as Mulheres, Assistência Social e Direitos Humanos, Eerizania Freitas, utilizando um carro da Prefeitura de Goiânia em Anápolis. Os vídeos e fotos foram divulgados nas redes sociais com a alegação de que a auxiliar teria ido a um restaurante, no Bairro Jundiaí, com o veículo oficial.

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<cite>Eu não vejo nada nisso. Eu pedi para ela ir atrás de um pessoal lá em Anápolis para mim, logo depois do mutirão de sábado. Ela foi lá conversar com a pessoa onde, por coincidência, é no mesmo prédio onde embaixo tem um restaurante que, por sinal, estava fechado. Então, não vejo problema algum”, afirmou o prefeito ao POPULAR.</cite>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/novos-41-cargos-na-camara-de-goiania-ter-o-custo-anual-de-r-6-milh-es-1.3232554" target="_blank">Novos 41 cargos na Câmara de Goiânia terão custo anual de R$ 6 milhões</a>&nbsp; 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/blog-fabiana-pulcineli/camara-de-goiania-quer-criar-mais-40-cargos-de-chefia-1.3232326" target="_blank">Câmara de Goiânia quer criar mais 40 cargos de chefia</a>&nbsp; 
<a href="https://opopular.com.br/politica/prefeito-acena-aos-vereadores-ainda-em-meio-a-insatisfac-o-por-nomeac-es-1.3232122" target="_blank">Prefeito acena aos vereadores ainda em meio a insatisfação por nomeações</a>&nbsp;</div>

As imagens mostram Eerizania atravessando a Rua São José, na esquina com a Avenida Juscelino Kubitschek, em Anápolis, até entrar no carro de propriedade do Fundo Municipal de Assistência Social (FMAS), que estava estacionado em frente ao restaurante. Em nota enviada à reportagem, a secretária “esclarece que o uso do veículo oficial foi realizado para sua ida a uma reunião, após sua participação durante toda a manhã na 11º edição do Mutirão, que aconteceu no Bairro Goiá. Esclarece ainda que não esteve no Restaurante mencionado”.

Mabel ou a secretária, no entanto, não detalham o objetivo da suposta reunião em Anápolis na tarde do último sábado ou com quem Eerizania foi conversar. O prefeito afirma apenas que se tratava de “assunto da gestão” e negou que fosse uma entrevista com possível nome para compor a equipe do Paço Municipal.

Depois da publicação das imagens de Eerizania Freitas com o carro, o irmão dela, Everson Eneas, esteve no mesmo local e imagens o mostram acompanhado de outros dois homens conversando com um funcionário de uma garagem próxima. A suposta intenção seria acessar o registro feito por câmeras do local que mostraria a secretária deixando o edifício Genesis Office, com o objetivo de verificar o carro de onde os vídeos de Eerizania foram gravados.

O prefeito contou que viu as imagens e reforça que não haveria qualquer elemento que embase a versão de que o irmão de Eerizania ou os outros homes teriam pressionado para ter acesso aos vídeos.

<cite>O que é que tem nessa imagem que possa tirar alguma conclusão? É uma conversa, pelo que a gente vê, com todo mundo dando risada. Então, não tem nada disso aqui. Eu acho a Eerizania uma mulher trabalhadora, que trabalha para caramba, tem conhecimento e recuperou um monte de dinheiro aqui na gestão. Então, eu vou fazer o que? Fazer alguma coisa porque a mulher foi em Anápolis com o carro porque eu mandei ela ir? Não vou fazer”, avaliou Mabel.</cite>

<cite>Se alguém achar alguma coisa, pode mandar para a Comissão de Ética, mas eu não vejo o que julgar. Da minha parte, não vejo nenhum tipo de problema, a não ser que venha alguma coisa mais robusta. Se falasse assim, que tem um cara chacoalhando o outro ou intimidando, o que não se vê na imagem que publicaram. Então, estão querendo construir uma versão que não tem nada a ver”, finaliza.</cite>

Eerizania Freitas é professora de Anápolis e foi a candidata apoiada pelo ex-prefeito, Roberto Naves, na disputa pela prefeitura da cidade, no ano passado, com apoio do governador Ronaldo Caiado. A secretária municipal teve 10,8% dos votos e ficou fora do segundo turno, vencido por Márcio Corrêa (PL).

A servidora só assumiu o cargo na capital em 13 de janeiro, depois que o atual prefeito assinou a autorização para licença particular solicitada por Eerizania, em portaria publicada três dias antes da posse.

Mabel rejeita problema com uso de carro oficial por secretária em Anápolis

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