Excesso de dinheiro No dia 28 de junho, a coluna da jornalista Cileide Alves intitulada “Primos ricos e primos pobres”, no POPULAR, levanta, com auxílio do ex-vereador e ex-presidente da Câmara de Goiânia, Pedro Batista, um importantíssimo tema: os gastos do Poder Legislativo (federal, estadual e municipais), do Tribunal de Justiça, do Ministério Público e dos Tribunais de Contas – todos com um porcentual fixo da receita do Executivo. Os duodécimos crescem a cada ano e, por isso, no caso de Goiânia, cresceram 90% acima da inflação, comparados com o ano de 1992. São os primos ricos, que podem contratar milhares de assessores (mais de 5 mil na Alego, para 41 deputados estaduais), aumentar as verbas dos gabinetes, comprar carros de luxo, entre outras despesas, que só acontecem no Brasil ou em republiquetas. É tanto dinheiro que acaba sobrando para destinações nada republicanas, como as emendas impositivas destinadas a festas e eventos particulares, entre outras. Sei que pedir aos donos do poder, aos que usufruem destes privilégios, para mudar esses absurdos, pedir para que respeitem o dinheiro do contribuinte, é uma ingenuidade, como já dizia frade Giordano Bruno, queimado na fogueira em 1600 por enfrentar o poder da época. Mas sonhar e lutar por um mundo mais justo é obrigação de todo cidadão. Continuemos, pois, a sonhar e nos mobilizar: as utopias mudam o mundo.