Poluição sonora&nbsp;

São zero hora e 52 minutos, já é domingo (24) e um evento está sendo realizado nas imediações dos setores Goiânia 2, Jaó, Santa Genoveva, Crimeia e outros. Liguei na Amma, o atendente foi até educado, mas disse que as equipes eram apenas quatro e havia dezenas de ocorrências na fila. Tem 38 anos que ingressei na segurança pública. Já me aposentei e até hoje a mesma estória, não tem efetivo, não tem veículo. Entra prefeito e sai prefeito e não resolve o problema de poluição sonora na cidade. A população está resolvendo é no tapa e na gengiva, porque não tem autoridade nessa cidade que resolva. Onde estão as campanhas educativas e de conscientização e medidas mais eficazes de fiscalização? Quantos funcionários tem essa Amma que não resolve? Mas o problema não é quantidade, é qualidade e falta de vontade para resolver. Qual é mais importante, o bem-estar da população ou uns poucos que ganham dinheiro às custas da ilegalidade e omissão dos órgãos responsáveis? O problema é institucional. Não é a PMGO que tem que resolver, ela já está sobrecarregada. Resolvam de uma vez por todas essas situação. Goiânia é a cidade com pessoas mais sem educação no trânsito, motos barulhentas e carros de playboy com som alto. Quanta incompetência e inoperância. Será que só vivem em busca de poder político e esquecem de ser técnicos?&nbsp;

Ricardo Garcez de Souza&nbsp; 
Setor Goiânia 2 - Goiânia

Rever conceitos

A respeito da intitulada Brics e EUA publicada na quinta-feira (21) neste espaço democrático, com todo o respeito, nunca vi tanta balbúrdia transmitida em tão curto espaço. Tal carta deveria ser cuidadosamente plastificada, aplicada em uma bela moldura e colocada à visitação pública com o intuito educativo de como não se deve causar desserviço a uma nação. Uma coisa é não gostar de alguém. Perfeitamente entendível. Outra coisa é, por não gostar, tentar achincalhar a reputação de outrem jogando no ventilador tantas inverdades. A sorte é que a grande maioria da população mundial, e principalmente a brasileira, já não cai nestes rasos artifícios.&nbsp; 
Por fim, para não dizer que não respondi a uma de suas indagações, sugiro que a autora da carta faça uma pesquisa sobre como está atualmente o ranking das maiores potências mundiais. E lógico: qual a posição de nosso amado Brasil. Ah! Não precisa falar nada. Guarde para si e tente fazer uma profunda reflexão.&nbsp; 
Lembrando sempre que, na minha concepção, somos meros caminhantes a passar por aqui e a ideia é que a vida nos dá incontáveis possibilidades para melhorarmos... a começar pela reformulação d&lt;/CL&gt;e nossos pensamentos, (pré)conceitos e atos errôneos.&nbsp;

Roberto Célio P Silva&nbsp; 
Setor Pedro Ludovico - Goiânia&nbsp;

Cartas dos Leitores

Opinião

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Carta dos Leitores

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Matéria - Opinião - Carta dos Leitores

Cartas

Silas Malafaia

O líder religioso Silas Malafaia não sofre perseguição religiosa, como insiste em dizer. Ele foi alvo de uma operação da Polícia Federal, que investiga tentativa de obstrução do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ou seja, uma ação para tentar atrapalhar os trabalhos da Justiça.

A Bíblia separa perseguição religiosa de consequência por crime, se não, vejamos: Pedro 4:15-16 diz que, se alguém sofre, que não seja como criminoso, mas devido a fé em Cristo.

A Justiça é parte da vontade de Deus. Romanos 13:1-2 ensina que toda autoridade é instituída pelo senhor, desobedecer as leis, ou tentar impedir a Justiça não é fé, é ir contra o que a palavra ensina.

Perseguição religiosa acontece quando a fé é atacada, e não quando há investigações criminais.

Ser investigado por tentar atrapalhar a Justiça não é o mesmo que ser perseguido por pregar o evangelho. Confundir isso atrapalha o combate à verdadeira intolerância religiosa. A investigação contra Malafaia não é contra a fé evangélica, mas contra atitudes que a própria lei do Brasil condena.&nbsp;

Márcio Manoel Ferreira

Jardim Novo Mundo

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Emendas para ONGs

A justificativa de que “é melhor construir igrejas do que cadeias” é uma falácia, na medida em que o que molda e constrói a cidadania, em sua essência, é a educação, educação essa que tem sofrido reveses ano após ano, justamente porque tem como uma de suas causas, o fato de que tenta-se a todo instante obrigar que sejam inseridas nas escolas leituras de conotação fortemente religiosa, como uma camisa de força a obrigar que todos os alunos assumam um viés religioso cristão, desrespeitando-se as diversas crenças que fazem parte de nossa cultura.

Sob esse aspecto, as de raiz africana, riquíssima em sua diversidade, bem como as vertentes espiritualistas, às quais se juntam as pessoas que não praticam e nem comungam com aquelas cristãs. Pois a opção das pessoas pelo ateísmo deve ser também respeitada, em princípio considerando-as como cidadãs de bem e pagadoras de impostos, com liberdade de crença garantida constitucionalmente.

Que nossos legisladores, ao destinarem suas vultosas emendas, lembrem-se de que as mesmas, que frequentemente são, de maneira seletiva, destinadas a grupos específicos, na verdade são constituídas por valores para os quais todos e todas contribuímos e não apenas aqueles contemplados baseando-se em critérios subjetivos, muitas vezes visando ao apoio político eleitoral futuro.

Luciano Leão Bernardino&nbsp;da Costa 
Goianésia - GO

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Emenda impositiva&nbsp;

Com perplexidade li na edição deste jornal a manchete: “ONG vira intermediária de emenda de 950 mil para show”. O fato narrado revela grave distorção na destinação de recursos públicos, que, por emenda impositiva, deveriam servir ao interesse coletivo, e não ao financiamento indireto de eventos religiosos.&nbsp; 
O caso envolve uma associação social sem fins lucrativos, chamada a receber vultosa quantia destinada pela vereadora Léia Klebia para custear a estrutura de evento da Assembleia de Deus – Ministério Madureira, em Campinas. A manobra, além de afrontar o princípio da legalidade, viola a laicidade do Estado brasileiro, consagrada em nossa Constituição, que veda o emprego de dinheiro público em benefício de igrejas.&nbsp; 
A sociedade goiana não pode assistir passivamente à utilização de “laranjas institucionais” para drenar recursos do erário em favor de interesses privados, ainda que travestidos de ação social ou cultural. Mais do que imoral, trata-se de conduta potencialmente ilícita, que fragiliza a confiança da população nas instituições.&nbsp; 
Conclamo, pois, o Ministério Público do Estado de Goiás e os órgãos de controle a apurar com rigor esse desvio de finalidade, punindo exemplarmente os responsáveis. A democracia exige respeito à lei, transparência e zelo pelo bem comum, não a manipulação de verbas públicas para fins eleitorais ou religiosos.&nbsp;

Rubens Vieira da Silva&nbsp; 
Centro - Silvânia-GO

Riscos ao investir&nbsp;

Uma família, composta por um aposentado e seu filho engenheiro, decidiu investir na construção de kitnets para estudantes de classe média, próximos a uma universidade. O negócio parecia promissor: havia demanda constante e retorno previsível. Tudo corria bem até que a pandemia interrompeu as aulas presenciais. Muitos estudantes voltaram para suas cidades de origem, deixando os imóveis vazios. As despesas - IPTU, luz, água, manutenção - continuaram a recair sobre a família investidora. Em outras palavras, todo o risco da atividade permaneceu com quem investiu o próprio capital. Hoje vemos um cenário semelhante em outro campo. O aumento dos impostos de importação nos Estados Unidos encareceu significativamente os produtos brasileiros vendidos para aquele país. Diante disso, alguns investidores que produzem para exportar tentam transferir seus prejuízos ao governo brasileiro - e, portanto, a toda a população, via Tesouro Nacional. A lógica se inverte: o risco, que deveria ser do investidor, passa a ser socializado, transformando perdas privadas em custos públicos. No caso da família das kitnets, ninguém propôs que o governo cobrisse o prejuízo. Já no caso das exportações, alguns querem que todos os brasileiros paguem a conta.&nbsp;

Osni de Mello&nbsp; 
Campinas - Goiânia&nbsp;

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Câmara&nbsp;de Goiânia

Dias atrás, publiquei neste espaço uma reflexão sobre os desvios éticos que vêm contaminando a política goianiense. Hoje, volto ao tema com ainda mais preocupação, diante das recentes movimentações na Câmara Municipal de Goiânia, onde vereadores da base aliada têm pressionado o prefeito Sandro Mabel por cargos comissionados e liberação de emendas parlamentares. O que deveria ser diálogo institucional virou moeda de troca - e, em certos aspectos, ameaça. Segundo noticiado, há articulações para abertura de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) com o objetivo de investigar contratos da prefeitura com a empresa Limpa Gyn. Embora o papel fiscalizador da Câmara seja legítimo e necessário, o uso desse instrumento como ferramenta de barganha política representa uma grave distorção ética. Quando a fiscalização se torna chantagem, a democracia perde. O Código Penal Brasileiro é claro: constranger alguém mediante grave ameaça, com o intuito de obter vantagem indevida, configura extorsão (Art. 158). E quando essa prática ocorre dentro das instituições públicas, travestida de negociação política, o dano é ainda maior - porque mina a confiança da população e compromete os pilares da administração pública: impessoalidade, moralidade e eficiência. O poder político não é propriedade privada, tampouco deve servir a interesses pessoais ou partidários. Cargos comissionados existem para atender às necessidades da gestão, não para satisfazer acordos informais. Emendas parlamentares devem ser instrumentos de melhoria para a cidade, não moedas de troca em balcões de influência. A política precisa resgatar sua vocação pública. O cidadão goianiense merece representantes que legislem com responsabilidade, fiscalizem com ética e proponham soluções reais para os desafios da cidade. É hora de reafirmar: cargos públicos não são prêmios, e a democracia não pode ser refém de interesses obscuros. Goiás, em especial a cidade de Goiânia, precisa de políticos que sirvam ao povo - não de políticos que se sirvam do poder.

Otaviano de Moraes 
Setor Oeste- Goiânia

Obras do Ifag&nbsp;

Na condição de cidadão atento ao uso do dinheiro público, manifesto aqui minha preocupação com o fato de que empresa que realizou parte da duplicação da GO-020, entregando uma obra sofrível, está sendo selecionada para construir asfalto com recursos da taxa do agro. Cuidado, Ifag (Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás).&nbsp;

Macilene Rodrigues&nbsp;de Oliveira&nbsp; 
Centro - Goiânia&nbsp;

Brics e EUA&nbsp;

A guinada do Brasil em direção a Pequim e Moscou desperta preocupação por direcionar nosso país aos regimes autoritários e em rota de colisão com os EUA. A crise não começou com o recente “tarifaço”, mas por escolhas políticas e ideológicas do nosso presidente. O Brasil apoia o Hamas, o Irã, a Venezuela, a Rússia que invadiu a Ucrânia. Este afastamento da maior democracia, que é também a nação mais poderosa do mundo, está sendo positivo para suas ambições políticas, pois subiu nas pesquisas, mas para o país é catastrófico. O custo será altíssimo com o prejuízo que os empresários terão, após serem taxados pelos EUA. Lembremos das atitudes de Lula: ataca o dólar e questiona sua hegemonia. Nem China, Índia ou Rússia que fazem parte do Brics confrontam o dólar como Lula faz, e isso colaborou para colocar o Brasil na mira das taxações de Trump. Lula não está em seu cargo para fazer politicagem, mas sim para promover o progresso de nossa Nação, não a levar ao caos. Apontem alguma obra realizada nesta sua terceira gestão, a não ser criar crises. Onde está seu projeto de governo? O que fez pelo país? Fica a pergunta.&nbsp;

Maria de Lourdes Barbalho&nbsp; 
Setor Oeste - Goiânia

Trump e Putin&nbsp;

A recente reunião de cúpula no Alasca entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o da Rússia, Vladimir Putin, recebido com tapete vermelho, deve ter deixado confusos os que ainda acreditam num distanciamento desses dois líderes, por evidenciar, ao contrário, uma proximidade que favorece o russo nas negociações de um acordo de paz na Ucrânia. Não custa lembrar que foi a Rússia que invadiu a Ucrânia, há três anos e meio, sob acusação de alinhamento do país com a Otan, a organização militar do Ocidente. Mas Trump, para apreensão da Europa, insiste em cessões territoriais por Kiev a Moscou.&nbsp; 
Enquanto isso, nos EUA, o ainda deputado Eduardo Bolsonaro segue articulando por sanções contra a economia e autoridades brasileiras, acusadas de desafio aos EUA por ações contra golpistas e atuação no Brics, bloco criado e integrado também pela Rússia.&nbsp; 
Não precisa muito raciocínio para constatar que, com as decisões intempestivas de Trump, tanto a economia quanto a democracia dos Estados Unidos, que sempre foram referência para o mundo, é que estão fora da ordem e dos acordos internacionais.&nbsp;

Ana Cristina Cavalcanti&nbsp; 
Setor Bela Vista - Goiânia&nbsp;