Dia dos Professores

Ser professor é muito mais que exercer uma profissão, ministrar aulas, aplicar e corrigir provas. Exige muito esforço, preparo, conhecimento, pesquisa, tempo e dedicação; mais ainda, requer compromisso e comprometimento. 
Quando eu vejo que nossos jovens estão perdendo a vida, muitas vezes por não terem tido a oportunidade de uma boa educação (no sentido amplo da palavra), fico entristecido. Por outro lado, quando vejo que um simples projeto realizado em uma escola na região Oeste do Rio de Janeiro, em Realengo, desenvolvido por um professor de História (me reservo no direito de chamá-lo de Júnior, por motivos óbvios), vence um concurso intitulado “Professor Nota 10”, fico feliz e ainda acredito que a Educação ainda é a grande solução para os problemas de uma Nação. Então queridos professores (as), não somente neste dia, mas que todos os dias de vossas vidas sejam cada vez mais felizes e motivadores de nossos alunos para que possamos ter um país cada vez melhor, sobretudo para as nossas gerações vindouras. 
Sei o quão difícil é trabalhar na Educação em um país como o nosso. Salários inferiores em relação a diversos órgãos; muito trabalho fora do próprio ambiente (que o digam as professoras da Educação Infantil e Fundamental I), preparo diário, metodologias diversas, desrespeito dos alunos, incompreensão dos pais (quando a nota do meu filho é alta, ele que “tirou”, quando é baixa o “professor que deu”), enfim, um grande número de situações adversas. Mas não podemos perder o entusiasmo, a energia que nos é transmitida por muitos, nos deixando cada vez mais jovens. Costumo dizer que o professor é um artista: cada ano ele ministra aulas para uma mesma faixa etária, estando um ano mais velho. Por isso é fascinante. Não percamos nunca o entusiasmo. Pois, no mundo, grandes coisas foram feitas sempre com entusiasmo. E nós, professores, temos esta habilidade, de fazermos pequenas coisas se tornarem grandiosas. Feliz Dia dos Professores!

Evandro Fortunato Pereira 
Vila Santa Isabel - Goiânia 
 
Livros espíritas&nbsp;

9 de Outubro de 1861. Na Esplanada de Barcelona, na Espanha, cerca de 300 livros espíritas foram queimados em praça pública, evento conhecido como “Auto de Fé de Barcelona”, como Allan Kardec o definiu.&nbsp; 
Maurice Lachâtre, editor francês, possuía uma livraria em Barcelona e solicitou a Kardec, em Paris uma leva de livros espíritas. Quando os livros chegam à Espanha são apreendidos na alfândega, por ordem do bispo de Barcelona Antonio Palau Termes. Não aceitou nem mesmo devolver as obras e condenou-as à destruição pelo fogo. Entre os livros queimados estavam O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, Revista Espírita, O que é o Espiritismo. Uma multidão de populares presenciou o ato aos gritos de: “Abaixo à Inquisição !”&nbsp; 
A consequência foi chamar a atenção para as obras espíritas.&nbsp;

Luciano Delfino Paixão&nbsp; 
Setor Aeroporto - Goiânia&nbsp;

Cartas dos Leitores

Opinião

Opinião - título

Carta dos Leitores

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Matéria - Opinião - Carta dos Leitores

Cartas

PL Mulher&nbsp;

Em passagem rápida por Goiás, onde participou de encontro nacional do PL Mulher em Rio Verde, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro provou mais uma vez o quão fraco está o poder de liderança da chamada direita radical em todo o País.&nbsp; 
Destilando veneno contra a esquerda, o centro e, sobretudo, o atual governo federal, a esposa do agora condenado e preso em regime domiciliar Jair Bolsonaro, pelo visto esqueceu-se de falar de bons projetos e possibilidades de uma boa administração pública, caso estes ganhem as próximas eleições presidenciais. Só e tão somente ataques rasteiros e fake news bem ao tom do famigerado mandato passado sob o brado de Deus, Pátria e Família, sendo que este caiu por terra ante as maquiavélicas manobras do clã Bolsonaro desde a trama do frustrado golpe até os dias atuais, passando pelas condenações de seus cúmplices.&nbsp; 
Deus? Pátria? Família? Seria esta senhora (Michelle Bolsonaro), com toda a sua história conhecida publicamente, modelo exemplar de mulher, mãe, esposa, filha e cidadã? E a família Bolsonaro legisla pelos brasileiros ou estritamente em causa própria? Sinceramente, só não vê isso aqueles(as) que querem ser enganados(as).... ou então aqueles(as) que por motivos pessoais querem usufruir desta fábrica de massa de manobra.&nbsp; 
Como exemplo, basta ver o criminoso estrago que o deputado federal (inconcebivelmente ainda com mandato) tem feito em terras estadunidenses contra o nosso país, contra os nossos produtores rurais, contra nossas indústrias, contra toda uma cadeia produtiva, tudo para tentar reverter a justa condenação de seu pai.&nbsp; 
Família? Sim, a dele(s)! As outras famílias brasileiras? Que se lasquem! As peças estão sendo lançadas no tabuleiro e resta a nós termos a inteligência e a sensatez de mexê-las da melhor forma possível, pois está em jogo o futuro de nossa Nação. Título de Cidadã Goiana para Michelle Bolsonaro? Isto é o fim da picada!

Roberto Célio P Silva&nbsp; 
Setor Pedro Ludovico Goiânia&nbsp; 
 
Paz em Gaza&nbsp;

Dia histórico esse 13 de outubro de 2025, em que é celebrado o fim da guerra entre Israel e o Hamas. Ponto para Donald Trump, que como maior avalista do acordo, foi ovacionado em Israel, depois do seu discurso. Infelizmente, assim como ocorre nas guerras sempre insanas, nesta são contabilizadas dezenas de milhares de mortes, sendo a maior parte de palestinos. Um rastro de destruição de toda infraestrutura da Faixa de Gaza, pelo Exército de Israel. E ainda sem estrutura na área de saúde vão conviver com outros milhares de feridos, mutilados. E é difícil confiar na paz, se de um lado temos um grupo terrorista como o Hamas e do outro lado um perverso primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

Paulo Panossian 
São Carlos-SP

Bons negócios

Não compre do pequeno. Não compre do grande. Compre do melhor. Aquele que entrega a solução certa, do jeito certo, no momento certo — pelo preço que faz sentido naquele momento.&nbsp;É isso que faz uma economia crescer: pessoas e empresas que buscam oferecer a melhor resposta possível para um grupo de pessoas real.

Não é o tamanho que importa — é a capacidade de entender e servir. 
Atenção é uma das formas mais puras de inteligência em negócios. 
Mas a realidade nem sempre é assim. Num país onde 95% das empresas são micro e pequenas, que juntas respondem por apenas 38% do PIB, há algo estruturalmente errado.

Muitos empreendem não por oportunidade, mas por necessidade. Criam trabalho, mas sem base, sem fôlego e com alto risco. Empreender, nesses casos, é mais um ato de sobrevivência do que de visão. Como disse Marina Bandeira Klink, “não há tempo ruim, há roupa inadequada.” E no empreendedorismo, a roupa adequada é conhecimento, estratégia e consciência de mercado. O progresso não nasce do tamanho das empresas, mas da solidez que elas geram ao seu redor.&nbsp;

É quando há estrutura, renda e aprendizado que as comunidades prosperam. Empreender é, acima de tudo, um ato de responsabilidade.&nbsp;E o verdadeiro progresso começa quando deixamos de romantizar o tamanho do negócio — e passamos a valorizar o que realmente o torna relevante: entender pessoas e entregar valor de forma contínua e humana.

Leandro Evangelista

Setor Oeste - Goiânia

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Dia das Crianças

Durante muitos séculos, os menores eram relegados a um segundo plano, não só no Brasil, como em várias partes do mundo. Não tinham direitos e nenhum tipo de proteção. As embarcações que deixavam Portugal com destino ao Brasil tinham em suas tripulações dezenas de crianças portuguesas, oriundas de famílias pobres. A sociedade escravocrata e patriarcal praticava todos os tipos de violências contra suas crianças e adolescentes.

Na República velha não foi diferente. A primeira legislação que contemplava crianças foi o código de menores, mas o mesmo tinha um caráter punitivo e não de proteção. Nos anos 1980 surgem as primeiras delegacias da mulher, em que as mulheres passam a ter onde denunciar as agressões, também contra seus filhos, mas ainda de forma tímida.

Apenas em 1990 surge o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), uma lei moderna, onde nosso país passa a ver crianças e adolescentes como seres em formação, que precisam de amor, carinho, respeito, educação e dignidade. A maior riqueza de um país são suas crianças e adolescentes. Eles garantirão um futuro próspero. Viva nossas crianças e adolescentes!

Adair Luiz da Silva Júnior

Setor Oeste- Goiânia

Carta do leitor

Democracia e ditadura

Etimologicamente democracia, do grego “demokratia,as”, junção de “demos”, que significa povo, e “kratía”, com sentido de poder. Democracia, sistema de governo no qual o poder do Estado é investido em sua população em geral, enquanto ditadura tem sua origem no latim “dictatura,as”, ofício do ditador. Regime autoritário de governo. O texto intitulado Ditadura e democracia do sr. Roberto Célio, de 8/10/25, fez-me lembrar das inúmeras vezes em que li, nas redes sociais, pessoas afirmando que ditadura nunca existiu no Brasil. Tantas afirmativas esdrúxulas, discursos evasivos, de pouca leitura. Daí a importância dos livros para discutirmos qualquer assunto, para irmos além do senso comum, das fake news. E ao discutir sobre democracia e ditadura, é imprescindível a leitura de no mínimo dois livros: ‘Utopia Autoritária Brasileira: como os militares ameaçam a democracia brasileira desde o nascimento da República até hoje’, de Carlos Fico, pesquisador, tido como maior autoridade no estudo da ditadura militar brasileira, dos diversos golpes e tentativas de golpes entre os séculos 19 e 21, desde a Proclamação da República aos anos recentes. Ele fala das tentativas fracassadas de 1904, 1922, 1924, 1956, 1959 e 1961 e golpes bem-sucedidos de 1889, 1930, 1937, 1945, 1954, 1955 e 1964. No que diz respeito ao caso mais recente, a tentativa de golpe de 2022-2023 há algo inédito: o indiciamento de militares golpistas.&nbsp; 
Já o segundo livro, ‘Ninguém pode se calar’, o sobrevivente Pinheiro Salles nos conta os horrores praticados no Brasil entre 1964 e 1985, os crimes, a violência da ditadura militar, a resistência a esse período de chumbo e sangue, diz sobre golpes nas selas e nas salas de tortura, onde o autor passou nove anos nos porões no regime ditatorial. Ele teve fraturas nos ossos da face, tímpano rompido, esgarçaram seus pulsos, apodreceu seu punho do braço direito, choques elétricos, sessões de espancamentos, foi mutilado, arrancaram-lhe dentes. É impossível esquecer. Entre muitos, estes dois livros nos oferecem uma reflexão sobre os desafios da democracia brasileira. Que nunca mais aconteça regime ditatorial em nosso país!

Flomar A. Oliveira Chagas 
Jataí –GO

Nobel da Paz

Merecido o Nobel da Paz para a líder da oposição da Venezuela, María Corina Machado. Como a Venezuela vive num regime ditatorial com Nicolás Maduro, hoje María Corina vive na clandestinidade. Aos olhos do mundo democrático, a resposta veio com a consagração do prêmio a essa mulher defensora do sofrido, pobre e de maioria desnutrida povo venezuelano.

Paulo Panossian 
São Carlos-SP

Título de cidadania

Para que serve, afinal, um título de cidadania? Os títulos de cidadania diferenciam-se em nacional e honorífica ou benemérita. O primeiro é geralmente outorgado a pessoas de outra nacionalidade, concedendo-lhes direitos e deveres iguais aos dos cidadãos nascidos no país. Isso inclui o direito de viver e trabalhar no território nacional, acesso aos serviços públicos, enfim, todos os direitos e deveres inerentes à condição de cidadão. Trata-se, portanto, de um instrumento com aplicação prática na vida do agraciado. Já a Cidadania Honorária ou Benemérita é uma honraria simbólica, uma forma de reconhecer publicamente as contribuições de um indivíduo à cultura, economia, esporte ou sociedade de uma localidade. Os benefícios, nesse caso, resumem-se basicamente à honraria em si, a direitos cerimoniais e, em alguns casos polêmicos, à isenção de taxas municipais e concentram-se majoritariamente no receptor da honraria, cabendo muito pouco à comunidade que a outorga. É essencial, a meu ver, manter o foco no coletivo. A concessão deve servir para reconhecer publicamente contribuições exemplares, criar modelos inspiradores e fortalecer a identidade cultural local. 
Contudo, o que se observa na prática é uma verdadeira enxurrada de propostas de concessão desses títulos. Só na semana passada, conforme publicado por este jornal (06/10/25), foram apresentados 15 projetos na Assembleia Legislativa, totalizando 184 títulos propostos. E nesta quinta (09) leio a notícia de mais um - desta vez para um cidadão francês que abriu recentemente um restaurante em Goiânia! Pergunto-me, então: por que nossos vereadores e deputados se ocupam tanto com tão pouco? Onde estão os projetos com foco em educação, saúde, mobilidade, meio ambiente e outras bandeiras que tantas vezes embalam discursos de campanha?

Heloísa Augusta&nbsp;Brito de Mello 
Setor Marista - Goiânia

Câmara de Goiânia

Indiferença. Essa é a impressão que os eleitores goianenses deixam bastante claro, quando o assunto envolve atores políticos. O caso mais recente, é do irmão do vereador da Câmara de Goiânia, que ganha 24 mil reais por mês (que já é um absurdo), que deveria ter pedido demissão, se tivesse um mínimo de dignidade. Ora já é público sua pretensão de disputar uma vaga na Câmara Federal pelo seu estado de origem que é o Pará. Mas não para por aí, acontece que o que os goianos acabam financiando seu projeto político com esse generoso salário.&nbsp;

Cesar Benito Caldas&nbsp; 
Cidade Jardim - Goiânia