Cargos no TCE O Tribunal de Contas do Estado de Goiás aprovou, pela terceira vez em 2025, novo pacote de criação de cargos comissionados e funções de confiança, com impacto de R$ 7,6 milhões, sob o argumento de “aprimorar o controle externo”. Somadas às medidas anteriores, já são 49 funções de confiança, 24 cargos de chefia e 31 de assessoramento, totalizando aumento expressivo na estrutura e na folha. A Constituição é clara: o concurso público é a regra, e os cargos comissionados são exceção, reservados apenas à direção, chefia e assessoramento (art. 37, II e V). O Supremo Tribunal Federal, no Tema 1.010, reafirmou que funções técnicas e operacionais devem ser exercidas por servidores efetivos, não por nomeações políticas. Os Tribunais de Contas existem para fiscalizar os gastos públicos, não para expandi-los. O fortalecimento do controle externo depende de quadros estáveis, qualificados e recrutados por mérito, e não de ampliação de cargos de confiança. Quando a exceção se torna regra, instala-se o risco de captura política e perda de credibilidade institucional.