Carnes jogadas de helicóptero Teve uma cena nesta semana, que não saiu da minha memória, um helicóptero, jogando carne em uma área descampada, na região metropolitana de Goiânia, mais precisamente em Aparecida de Goiânia, e pessoas em situação de vulnerabilidade lá embaixo recolhendo essas carnes. Homens, mulheres, crianças, idosos e animais domésticos, correndo, tropeçando, caindo, machucando, pessoas sendo atropeladas umas pelas outras, uma humilhação sem limites. É o mesmo frigorífico que usou um cartaz, dizendo que “petista aqui não é bem-vindo”, “ladrão aqui não é bem-vindo, e quem apoia ladrão também não”. Os pacotes de carnes tinham imagens do cantor Gusttavo Lima e do senador Flávio Bolsonaro (PL/RJ), que é pré-candidato à Presidência da República em 2026. A iniciativa não é de tudo ruim, entretanto a forma como foi feito, com fundo político, ideológico, partidário, e expondo as pessoas, não foi uma decisão acertada. Márcio Manoel Ferreira Jardim Novo Mundo - Goiânia Servidores estaduaisResultados resumidos em agruras pelas quais fizeram-nos cambalear neste ano de 2025 marcaram um exército de goianos como feridas profundas, o que nos credencia à crítica. Assim sendo, por mais que razoável e justo por direito, fazemos, por conseguinte criticar “o discurso e a realidade” dos políticos, em especial o proposto e o realizado pelo Executivo estadual goiano durante seu mando que, felizmente, finaliza em março próximo (será?), enfatizando o peso da maldade aplicada sobre os direitos do funcionalismo público estadual, ativos e inativos, em especial. Renato Rick, presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Goiás (Sinpol-GO), no artigo “Governo contra o servidor” discorre sobre um desgaste contínuo na relação entre o governo estadual e seus servidores públicos em geral. Enfatiza que o governador chegou ao poder com o discurso de diálogo e reconstrução, mas se consolidou para o funcionalismo no caminho oposto do seu discurso, gerando frustração e descrédito. Destaca a falta de correção monetária ao longo do seu governo, achatamento do salário, perda de benefícios como quinquênio, licença-prêmio e outros acumulados, sobre a justificativa de ajuste fiscal, comprometendo o poder de compra; contabiliza ainda a falta de assistência à saúde, direito antes assegurado e hoje inexistente com a venda do Hospital do Servidor e as mudanças no plano de saúde, Ipasgo, uma preocupação ainda maior. O sindicalista, no meu ponto de vista foi galhardo no seu posicionamento frente a uma respeitada categoria que representa. Um exemplo a ser seguindo por muitos. Parabéns! Ezio Inácio Rossi Jardim Novo Mundo - Goiânia