Três acontecimentos registrados nos últimos 15 dias contribuíram para o pedido de intervenção estadual no sistema de saúde de Goiânia, feito nesta sexta-feira (6) pelo procurador-geral de Justiça Cyro Terra, ao Tribunal de Justiça de Goiás. Foram determinantes a prisão do então secretário Wilson Pollara, em 27 de novembro, na operação Comorbidades, o pedido de demissão de sua substituta Cynara Mathias, apenas uma semana depois de ela assumir o cargo, e o bloqueio de R$ 57 milhões nas contas da saúde municipal, nesta quinta-feira. O pedido de intervenção também ocorreu três dias depois de o governador Ronaldo Caiado criticar a falta de iniciativa para debelar a crise. “Essa situação chegou a esse ponto por não termos tomado medidas, por não ter tido uma intervenção anterior”, disse ele à CBN Goiânia, na terça-feira (3). “A lei é clara: se prefeitura não paga seus precatórios, se não cumpre suas responsabilidades na área de saúde e da educação e se há várias denúncias de que os prestadores estão há 11 meses sem receber... Lógico são os órgãos responsáveis pela fiscalização da prefeitura”, disse.