A última rodada da pesquisa Serpes/O POPULAR traz boas notícias para o candidato Sandro Mabel (UB) e, consequentemente, más notícias para Fred Rodrigues (PL), além da confirmação de sua liderança e de seu distanciamento do adversário. Divulgados nesta sexta-feira (25), os dados revelam movimentações na maioria dos segmentos, formando um conjunto de informações que explica o crescimento de Mabel e acende a luz vermelha para o PL.

Mabel iniciou o 2º turno à frente (46,1% a 40,9%), com a adesão maciça do eleitorado progressista a sua candidatura. Segundo o Serpes, 74% dos eleitores que votaram em Adriana Accorsi (PT) no 1º turno declararam intenção de votar em Mabel. O perfil de seu eleitorado naquela pesquisa (18/10) se assemelhava ao de Adriana: mais mulheres, eleitores com 60 anos ou mais e com ensino fundamental.

Mabel manteve praticamente os mesmos porcentuais dessas variáveis nesta nova rodada, mas avançou em segmentos do eleitorado de Fred. Agora ele é líder entre os homens e entre os eleitores jovens, além de ter crescido no perfil de seus eleitores. É o caso dos que têm renda mais baixa e com ensino fundamental. Fred perdeu parte da base bolsonarista, sem conseguir ganhar votos em outros grupos. Ele perdeu votos dos homens (-8,9 pontos percentuais), e entre os grupos de eleitores de 16 a 59 anos e aqueles com ensino fundamental e curso superior.

A mulher de Fred, Adelle Zacharias, foi a principal estrela de sua propaganda eleitoral no 2º turno, entre outros motivos, para melhorar o rendimento dele neste segmento. Adelle, contudo, não conseguiu conexão com as mulheres, pois Fred pontuou agora 35,9% nesse grupo contra os 36,8% anteriores. Talvez por ter representado a mulher que fica em casa e é cuidada pelo companheiro. “Fred vai cuidar da saúde das mulheres como cuida de nossa família”, disse na propaganda do candidato.

Censo do IBGE de 2022, divulgado nesta sexta-feira, revelou que 46,5% dos domicílios em Goiás são chefiados por mulheres e 53,3% por homens. Há 10 anos, as mulheres estavam à frente de apenas 36,7% dos lares goianos e os homens, de 63,3%. A realidade social mudou, mas a ultra direita se comunica com a realidade social do século passado, o que pode ter propiciado a “polarização de gênero” nessa eleição, fenômeno categorizado pelo diretor da Quaest, Felipe Nunes, que o identificou em todo o país. Por conta de suas próprias demandas e do discurso hiper masculinizado dessa direita as eleitoras estão votando de forma diferente dos homens.

Mordendo nacos dos eleitores de Fred e avançando entre os seus próprios, Mabel ampliou em 7,5 pontos sobre o adversário. Ele agora tem 49,1% (oscilação positiva de 3 pontos) e Fred, 36,4% (queda de 4,5 pontos). Resta entender as razões por trás dessas variações que deram a Mabel uma liderança mais folgada em relação à pesquisa anterior.

São duas hipóteses, a intensificação da presença do governador Ronaldo Caiado (União) na campanha de seu candidato e a revelação da falsa informação de Fred ao TSE de que tinha curso superior completo. A notícia vazou na terça-feira (23) à noite, foi destaque do debate O POPULAR/CBN Goiânia na manhã do dia seguinte e viralizou nas redes sociais. Os levantamentos de campo do Serpes ocorreram depois, nos dias 24 e 25 últimos.

Nesta semana Caiado também partiu para o tudo ou nada. Visitou a Feira Hippie debaixo de chuva, o Ceasa, a feira do Jardim América, entre outros eventos. Exagerou na dose, pois enfrenta duas ações de investigação judicial por uso de recursos públicos na campanha de seu candidato (reunião eleitoral no Palácio das Esmeraldas e distribuição de cestas básicas) que podem lhe dar dor de cabeça no futuro. O resultado, contudo, parece lhe ser satisfatório.

A prévia desta pesquisa indica que em Goiânia o governador lidera a disputa entre o caiadismo e o bolsonarismo pelo eleitorado da direita. Isso se os bolsonaristas não reagirem na reta final, como fizeram em todas as eleições desde 2018. A conferir neste domingo.

Cileide Alves, jornalista

Cenário mais definido em Goiânia

Opinião

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Cileide Alves

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Matéria - Opinião - Cileide

No segundo turno da eleição, o empresário Sandro Mabel (UB) <a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/mabel-vence-em-166-bairros-de-goiania-no-2-turno-fred-ganha-em-apenas-10-1.3194967" target="_blank">foi o mais votado nos 46 locais em que, na primeira fase da eleição</a>, a deputada federal Adriana Accorsi (PT) havia ficado à frente. O resultado evidencia a tese já levantada por especialistas e por lideranças políticas sobre o peso da migração de votos da petista para o empresário, que entrou na disputa com o respaldo do governador Ronaldo Caiado (UB).

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No primeiro turno, Mabel registrou 20 mil votos nestes 46 locais de votação. Adriana havia recebido 26,4 mil. No segundo turno, o respaldo da população da capital ao projeto governista mais que dobrou, passando para 46,7 mil votos.

Na lista de locais de votação estão os Centros de Aula B e C, do Campus Samambaia da Universidade Federal de Goiás (UFG), no Itatiaia. Também fazem parte espaços de votação que ficam no campus da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), no Setor Universitário.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/no-2-turno-mabel-venceu-em-94-dos-locais-de-votac-o-1.3195415" target="_blank">No 2º turno, Mabel venceu em 94% dos locais de votação</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/alego-retira-exigencia-de-curso-superior-para-chefias-1.3195413" target="_blank">Alego retira exigência de curso superior para chefias</a> 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/mabel-vence-em-166-bairros-de-goiania-no-2-turno-fred-ganha-em-apenas-10-1.3194967" target="_blank">Mabel vence em 166 bairros de Goiânia no 2° turno; Fred ganha em apenas 10</a></div>

Está na lista ainda o Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás Waldemar Mundim, na Vila Itatiaia, onde Mabel teve, no segundo turno, a maior vantagem contra o adversário, Fred Rodrigues (PL), de 865 votos. No primeiro turno, Mabel registrou 883 votos no local; Adriana, 1.338. No segundo turno, o governista alcançou 2.248 votos (1.365 a mais). Fred também ampliou a votação neste local, mas em menor alcance, passou de 1.007 para 1.383 (376 a mais).

No recorte por bairros, Adriana, no primeiro turno, ficou à frente em 21. No segundo turno, Mabel foi o mais votado em todos eles.

<h2>Vínculo</h2>

Uma das estratégias usadas por Fred na tentativa de desgastar a imagem do governista durante a campanha do segundo turno foi apontar ligação entre o então candidato, Caiado e o PT. A aposta era na força do antipetismo em Goiânia. Quando questionado sobre o apoio do partido, Mabel disse que buscaria os votos de todos os eleitores da capital, independentemente de posição ideológica.

A estratégia usada pelo PL provocou reação no Palácio das Esmeraldas. Caiado publicou vídeo em que rechaçou qualquer ligação com o PT e fez críticas aos adversários.

A posição dura do governador provocou descontentamento no PT. Neste cenário, lideranças do partido, então, lançaram campanha para “derrotar a extrema-direita”, em um movimento que, mesmo sem citar o nome de Mabel, beneficiou o candidato governista.

Mabel ganhou em espaços que eram de Adriana

Política

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2º turno

Movimento

Eleito prefeito de Goiânia no último dia 27, o empresário Sandro Mabel (UB) derrotou seu adversário, o ex-deputado estadual Fred Rodrigues (PL), <a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/mabel-vence-em-166-bairros-de-goiania-no-2-turno-fred-ganha-em-apenas-10-1.3194967" target="_blank">em 94% dos locais de votação da capital,</a> ficando em primeiro lugar em 333. Fred venceu em 20. Os dois empataram na Unialfa, Unidade Perimetral, com 37 votos para cada. Goiânia tem ao todo 354 locais de votação.

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Os números são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e detalham a virada imposta por governista contra o nome do PL. No primeiro turno, Fred, com apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), saiu na frente, com 31,14% dos votos. Na base do governador Ronaldo Caiado (UB), Mabel teve 27,66%.

No segundo turno, Mabel venceu com 55,53% diante de 44,47% de Fred. A mudança no cenário é atribuída ao desgaste que o ex-deputado estadual teve nas últimas semanas da campanha e a migração de votos da candidata Adriana Accorsi (PT), derrotada ainda no primeiro turno da disputa.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/mabel-ganhou-em-espacos-que-eram-de-adriana-1.3195419" target="_blank">Mabel ganhou em espaços que eram de Adriana</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/partidos-buscam-estrategias-para-disputa-em-goias-de-olho-em-2026-1.3195027" target="_blank">Partidos buscam estratégias para disputa em Goiás, de olho em 2026</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/paco-avanca-para-criac-o-de-loteria-municipal-1.3194999" target="_blank">Paço avança para criação de loteria municipal</a></div>

O candidato governista ampliou a quantidade de votos em mais de 160 mil votos, passando de 190 mil no primeiro turno para 353 mil no segundo. Já o nome do PL conseguiu aumentar sua votação em 68,8 mil votos (passou de 214 mil para 283 mil).

No recorte de votação por local no segundo turno, a disputa foi mais apertada em 17, onde a diferença entre cada candidato foi de 15 votos ou menos. Estão nesta lista sete locais em que Fred foi o mais votado. Nos outros 10, a vantagem, por margem pequena, foi de Mabel.

Os resultados mais próximos, com um voto a mais para Fred, foram registrados nas escolas municipais Professora Cleonice Monteiro Wolney e Evangelina Pereira da Costa, localizadas no Sítios de Recreio Mansões do Campus e Chácaras Recreio São Joaquim, respectivamente. Os eleitores que votaram na primeira instituição, registraram 97 votos para Fred. Na segunda, 311.

No Centro de Ensino em Período Integral (Cepi) Coração de Jesus, no Setor Aeroviário, Mabel teve vantagem de dois votos (554 ao todo). A diferença foi de apenas três votos no Colégio Executivo, no Garavelo B, e nas escolas municipais Padre Pelágio, no São José, e Solar Ville, localizada no bairro que leva o mesmo nome.

Em 22 locais, a diferença entre os candidatos foi de 500 votos ou mais. Em todos estes casos, Mabel teve a maior votação. A vantagem mais ampla do governista foi registrada no Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás Waldemar Mundim, na Vila Itatiaia, onde Mabel teve 2.248 votos contra 1.383 de Fred (865 a menos).

<h2>Comparação</h2>

No primeiro turno, o nome do PL havia derrotado seus adversários em 240 locais de votação, 67,7% do total. O governista teve mais votos em 64. Adriana foi a que teve maior apoio da população em 46. Houve empate em quatro casos, sendo três entre Mabel e Fred. O quarto empate foi registrado entre o bolsonarista Fred e a petista Adriana, na Escola Estadual José Honorato, no Centro, onde cada um deles teve 630 votos. Mabel registrou 524.

No detalhamento por seção eleitoral (cada sala dentro dos locais de votação), o governista teve mais votos em 86% no segundo turno, porcentual que representa 2.528 entre 2.929. Já o nome do PL saiu vitorioso em 363 (12%) e houve empate em 38. No primeiro turno, Fred saiu à frente em 1.743 seções (59%). Na ocasião, Mabel foi o mais votado em 698 e Adriana, em 419. Houve empate em 69.

<h3>Por setor</h3>

O Giro mostrou que, no segundo turno, Mabel foi o mais votado em 166 dos 176 bairros de Goiânia que abrigam as seções eleitorais. Fred ficou à frente em 10. A coluna aponta que Mabel foi o primeiro em vizinhanças de diferentes regiões da cidade.

Por outro lado, Fred recebeu mais votos em locais relativamente próximos: três setores na Região Oeste (Ipiranga, Celina Park e Vila Rizzo); três na Centro Oeste (São Francisco, Chácaras de Recreio São Joaquim e Vila Paraíso); dois na Sudoeste (Parque Oeste Industrial e Sol Nascente); e um na Noroeste (Jardim Petrópolis).

Uma exceção foi registrada no Sítios de Recreio Mansões do Campus, no Norte da cidade. Neste bairro fica um dos locais de votação em que Fred conseguiu ficar em primeiro lugar por apenas um voto.

Os dados do TSE mostram que, nos 10 bairros em que Fred foi o mais votado, existem 23 mil eleitores, sendo a maioria, 12,5 mil, mulheres. Os homens são 10,5 mil. A faixa etária com mais pessoas aptas a votar é de 30 a 39 anos, com 5,2 mil. Nestes setores, o grau de escolaridade mais representativo é o ensino médio completo, com 8 mil eleitores. A categoria “superior completo” aparece em seguida, com 3,7 mil.

A maior parte dos eleitores, 21,2 mil, não informou cor/raça à Justiça Eleitoral. Entre os que registraram o dado, 1 mil são pretos/pardos. Os números representam o perfil do eleitorado de forma geral e não apontam necessariamente as pessoas que foram às urnas, pois a abstenção na capital, no segundo turno, foi de 34,2%.

O POPULAR também mostrou que Mabel venceu em todas as zonas eleitorais (região geograficamente delimitada, gerenciada por um cartório eleitoral, que centraliza e coordena os eleitores que votam ali). A vantagem do prefeito eleito variou de 5,9 pontos porcentuais, na 136ª zona eleitoral, até 18,4 pontos de diferença na 1ª zona.

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No 2º turno, Mabel venceu em 94% dos locais de votação

Eleições 2024

Depois da polêmica do caso do ex-deputado e ex-diretor Fred Rodrigues (PL) e de outras nomeações irregulares, a mesa diretora da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) alterou sua legislação interna para retirar requisito de curso superior em cargos de chefia da Casa. A exigência de formação havia sido ampliada no início do ano passado, quando a gestão do presidente da Alego, Bruno Peixoto (UB), mais que dobrou as vagas com status de diretoria da Casa.

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A Alego tem atualmente 30 diretorias e 45 secretarias. A primeira alteração ocorreu para os casos específicos em que os atuais ocupantes não se encaixam nos requisitos, ao total de nove vagas. Mas a mesa diretora da Alego antecipa que vai promover a mudança para praticamente todas as diretorias e secretarias, com exceção daquelas mais técnicas, como de Saúde e Engenharia.

No dia 23 de outubro, o POPULAR mostrou que Fred havia ocupado a Diretoria de Promoção de Mídias Sociais, cargo privativo de quem tem diploma universitário, mesmo sem ter formação. O salário é de R$ 21,3 mil. A ausência de diploma havia sido revelada no mesmo dia, em ação na Justiça Eleitoral, pelo fato de o então candidato a prefeito de Goiânia ter declarado formação superior.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/vereadores-eleitos-do-pl-avaliam-posicionamento-independente-ao-paco-1.3194614" target="_blank">Vereadores eleitos do PL avaliam posicionamento independente ao Paço</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/mabel-venceu-fred-em-todas-as-zonas-eleitorais-de-goiania-1.3192869" target="_blank">Mabel venceu Fred em todas as zonas eleitorais de Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/do-inicio-ao-fim-disputa-pela-prefeitura-de-goiania-foi-a-mais-apertada-1.3191653" target="_blank">Do início ao fim: disputa pela Prefeitura de Goiânia foi a mais apertada</a></div>

A Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) negou que Fred tenha se formado em Direito na instituição. Ele, no entanto, <a href="https://opopular.com.br/opiniao/blog-fabiana-pulcineli/diretoria-que-fred-ocupou-na-alego-exige-curso-superior-e-ele-declarou-preencher-requisito-1.3190498" target="_blank">declarou em ficha cadastral da Alego que tinha concluído</a> o curso na PUC-GO.

No dia seguinte, a direção da Alego publicou portaria com abertura de sindicância para apurar o caso e também as demais nomeações com a mesma exigência. Isso porque já haviam sido identificados outros diretores e secretários que se encaixavam na mesma situação.

Ainda no dia 24, a mesa diretora da Alego apresentou um projeto de resolução que tratava do controle de frequência de servidores da Casa. Em acordo com a direção, o texto recebeu emenda aditiva do deputado estadual Lineu Olímpio (MDB) com as mudanças em outra resolução (nº 1.007/1999, que trata da estrutura administrativa da Alego), retirando a exigência de curso superior.

Foram contemplados ocupantes de quatro cargos: o diretor de Assuntos Institucionais, Sebastião Monteiro Guimarães Filho, conhecido como Tião Caroço, ex-deputado e ex-conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), que tem ensino médio incompleto, segundo dados do portal da Alego; a secretária de Manutenção Predial, Daura Bravo, mulher do ex-deputado Sérgio Bravo, que também já havia ocupado o mesmo cargo; o assessor técnico da Diretoria Parlamentar Jorge Caiado (réu em processo do assassinato do empresário Fábio Escobar em Anápolis); e o assessor adjunto de Transporte, Yago Miquelante Faleiros.

Também houve alteração para preenchimento de requisito na Assessoria Adjunta à Secretaria de Controle de Obras e Engenharia. Antes, exigia-se formação de nível superior em Arquitetura ou Design de Interiores. A emenda incluiu a possibilidade de formação em engenharia. O cargo é ocupado pelo engenheiro civil Eurípedes Barsanulfo Henrique.

Em outros quatro casos - Diretoria de Participação Popular, Secretaria de Assuntos Institucionais, Secretaria-Geral da Presidência e Chefia de Gabinete da Presidência -, foi mantida a exigência de curso superior, mas houve a retirada da exigência de inscrição no órgão de classe.

Os cargos são ocupados, respectivamente, pelo ex-deputado federal Elias Vaz, por Flaviane Cacia de Lima Sousa Soares, por Andressa Borges Landim e por Jacob Ferreira. A emenda não fala em retroatividade das mudanças.

A nova resolução foi publicada nesta segunda-feira (4), no Diário Oficial da Alego do dia 24. Apesar do texto tratar de casos específicos, Peixoto confirma que haverá alteração para os demais. A Procuradoria Geral da Casa informou que a Diretoria de Gestão de Pessoas apresentará um estudo sobre as áreas que exigem qualificação técnica que deve embasar um novo projeto de resolução para liberar os demais casos.

Quanto ao fato de os cargos já terem sido ocupados de forma irregular, a Procuradoria informou que, na sindicância que trata da situação de Fred, está sendo feito o levantamento dos demais casos e que o relatório apresentará especificidades de cada nomeação.

O grupo já identificou, por exemplo, casos em que o ocupante do cargo de chefia havia declarado na ficha funcional não ter curso superior, o que significa erro do departamento de recursos humanos em não ter detectado a impossibilidade de assumir. Seria uma situação diferente do caso de Fred, que fez a declaração errada.

Ainda segundo a Procuradoria, a comissão de sindicância deve concluir o relatório nos próximos dez dias. Nos casos identificados como erro administrativo, pode haver responsabilização do servidor responsável. Já se a administração foi “induzida a erro” por informação falsa, pode haver solicitação de devolução de salários e encaminhamento do relatório ao Ministério Público Estadual para outras providências.

Peixoto disse ao POPULAR na semana passada que é preciso reavaliar cada caso. “Tião Caroço, por exemplo, foi conselheiro do TCE. Tem ampla experiência e conhecimento para tratar de Assuntos Institucionais. A exigência geral pode ter injustiças”, afirmou.

A comissão de sindicância é composta por quatro integrantes, conforme portaria assinada pelo diretor-executivo da Presidência, Rubens Kirsteim Junior: o diretor-geral da Alego e seu adjunto, Francisco Oliveira e Tasso Honorato Reis Júnior, o procurador da Casa Pablo Rangell Mendes Rios Pereira e o secretário de Transparência e Ouvidoria, Renis Rangel Cavalcante Faleiros. A portaria estabeleceu prazo de 30 dias (até 24 de novembro) para concluir a apuração.

Fred tem repetido que cursou todas as disciplinas e não colou grau porque passou a trabalhar na área digital e comunicação, sem interesse em obter o diploma. Segundo a PUC, no entanto, ele não comprovou 200 horas complementares, que são exigência para o protocolo de colação de grau.

Alego retira exigência de curso superior para chefias

Pós-eleições

Equipe de transiçãoA equipe de transição apresentada por Sandro Mabel, prefeito eleito de Goiânia, chama a atenção não só pela competência de seus membros, mas pelo alinhamento político inesperado. Nomes ligados ao ex-prefeito Iris Rezende e ao vice-governador Daniel Vilela, que deve assumir o governo em 2026, reforçam a aliança entre Mabel e o MDB goiano, partido do qual Vilela é presidente e provável candidato ao governo. A iniciativa de Mabel em vincular-se ao grupo de Vilela antes mesmo de assumir a prefeitura, é estratégica, mas levanta dúvidas sobre sua independência política. Afinal, Mabel foi eleito com o apoio do governador Ronaldo Caiado e do União Brasil, partido pelo qual o governador de Goiás deverá concorrer à Presidência da República em 2026. Mabel precisa se lembrar de que sua gestão não deve ser uma extensão de grupos políticos, mas uma administração voltada para os interesses da população goianiense. Essa escolha, embora vista como uma movimentação política astuta, pode comprometer a independência que Mabel sempre demonstrou. Com o ingresso de nomes emblemáticos do MDB e do União Brasil, incluindo a ex-candidata à prefeitura de Anápolis, Eerizania Freitas, e o presidente da Câmara de Goiânia, Romário Policarpo, Essa escolha traz à tona a questão: até que ponto a administração de Mabel será autônoma ou “engessada” pelos interesses de figuras políticas já conhecidas? O prefeito eleito tem a chance de se estabelecer como líder independente em Goiânia, mas, ao fazer concessões políticas agora, pode ver sua gestão controlada por outros interesses. Mabel precisa refletir sobre a importância dessa postura para consolidar uma possível reeleição em 2028. A história de Goiânia valoriza gestores autônomos e leais ao povo. Mabel precisa ser firme em suas convicções e priorizar as demandas da população, evitando a armadilha da dependência que poderia colocar em risco sua trajetória política. RUBENS VIEIRA DA SILVA Centro - SilvâniaTrump ou KamalaPara os que desejam um mundo mais democrático e distante de políticos incendiários ou reacionários, melhor seria, inclusive para o Brasil, a vitória da democrata Kamala Harris, contra o republicano, mais para fascista, Donald Trump, neste pleito na terra de Tio Sam desta terça-feira (5). Mesmo porque, o atual democrata presidente Joe Biden, deve terminar seu mandato, com a economia alavancada. Será que o eleitor dos EUA, vai novamente eleger o mesmo Trump, que não foi capaz de reconhecer a sua derrota para Biden, e incentivou seus idólatras eleitores a invadir e destruir instalações do Capitólio? Paulo PanossianSão Carlos-SP