A divulgação na terça-feira (22) de ofício da PUC informando à Justiça Eleitoral que o candidato Fred Rodrigues (PL) não concluiu o curso de direito iniciado em 2004 e que, portanto, ele não tem curso superior completo como havia informado ao TSE, tornou-se no fato político do debate promovido pelo jornal O POPULAR e rádio CBN na manhã do dia seguinte. Fred ficou sabendo do ofício na mesma noite de terça, quando gravou um vídeo em sua defesa, afirmando nunca ter dito que era bacharel em direito nem que era formado, mas que concluíra a grade curricular do curso. Por isso ele chegou ao debate na defensiva e assim permaneceu nas duas horas do enfrentamento com adversário Sandro Mabel (União). Esse ponto fraco também mexeu com o humor de Mabel, que se mostrou assertivo, ofensivo e bem mais disposto do que esteve em todos os debates dos quais participou nesta campanha eleitoral. Ninguém gosta de ser exposto na mentira, ainda mais se se é candidato a um cargo eletivo e nas vésperas de uma eleição difícil, em que se disputa voto a voto e na qual o ganhador, provavelmente, chegará à frente por poucos pontos. E essa mentirinha ou “erro”, como disse Fred, cobra um preço, afinal a inverdade é a característica mais corriqueira da “velha política”, que o candidato do PL diz combater.