Se fosse preciso resumir o ano político de 2025 em uma frase, ela seria “o desequilíbrio de forças”. Foi o ano em que o Executivo – do Paço Municipal ao Planalto, passando pelo Palácio das Esmeraldas – se viu refém de um Legislativo hipertrofiado, que oscilou entre a chantagem orçamentária e a autoproteção corporativista. (Necessário registrar também a guerra de poder travada entre o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional, que não entra nessa análise). Em Goiânia, o prefeito Sandro Mabel (UB) assumiu a prefeitura com o ímpeto do empresário que acredita que a eficiência privada se transplanta por osmose para a gestão pública. O slogan “Gestão que resolve” e a faixa “Sob nova direção”, esta afixada na prefeitura em 1º de janeiro, colidiram com a muralha da política. Acostumado ao comando vertical das empresas, Mabel tentou administrar, evitando a Câmara Municipal. O resultado foi um batalha institucional.