Diretora da Fundahc, Lucilene de Sousa (Wesley Costa / O Popular) Ao aceitar o acordo com a prefeitura de Goiânia para receber R$ 84 milhões de uma dívida de R$ 173 milhões, a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundach) da Universidade Federal de Goiás (UFG) assumirá a dívida restante, de R$ 89 milhões, e vai se reestruturar para continuar na ativa. O acordo foi fechado na terça-feira (16) com intermediação do Ministério Público do Trabalho e do Tribunal Regional do Trabalho, encerrando de vez o convênio que iniciou em 2014 de gestão das maternidades municipais. Em entrevista ao quadro “Na Trilha da Política”, na CBN Goiânia, nesta quinta-feira (18), a diretora-executiva, Lucilene de Souza, disse que o cenário que se apresenta à instituição “é agressivo”. A entidade vai negociar com os credores, mas está particularmente preocupada com as dívidas tributárias, calculadas em R$ 50 milhões. Ela mantém conversas com a Receita Federal e com a Procuradoria da Fazenda Nacional, para não perder a Certidão Negativa de Débitos (CND), título fundamental para a continuidade das suas atividades. Com isso, explicou Lucilene de Souza, a entidade ganharia fôlego para captação de novos projetos, parcerias, e teria receita para pagar as dívidas. Uma coisa, contudo, é certa. Não faz parte desses planos de reestruturação a gestão de unidades de saúde. “Continuamos ligados à saúde, mas na área de projetos, não mais a gestão plena de serviços”.