O agravamento da crise na Saúde com a operação que prendeu o ex-secretário municipal Wilson Pollara deve prolongar a reclusão do prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (SD), iniciada após a derrota nas eleições. A percepção na Prefeitura é a de que o recolhimento do chefe do Executivo foi natural diante do “empoderamento natural” do prefeito eleito Sandro Mabel (UB) e sua equipe de transição. E também por conta de desgastes provocados pelo decreto, revogado em seguida, com exonerações em massa, e pelo colapso nas unidades de Saúde. “Não tinha outra alternativa que não se voltar para a discrição e para o trabalho interno”, justifica um aliado. Apesar deste cenário, a cúpula do Paço ensaiava discussão sobre a tentativa de implementar uma agenda positiva no último mês da gestão. Se antes já não havia clima, agora o movimento depende mais do que nunca da capacidade de apresentar as soluções que não vieram nas últimas semanas.