Acusações de descumprimento de cota de gênero nas eleições deste ano já motivaram ao menos quatro ações de investigação judicial eleitoral (AJE) que visam a cassação de chapas de vereador, com pedidos de recontagem de votos, e podem alterar os ocupantes de quatro cadeiras na Câmara de Goiânia. O suplente José Roberto Conselheiro (Avante) ingressou com três delas contra PDT, PRTB e Mobiliza, sendo que no último caso ele foi acompanhado por Samuel Esteves (Republicanos). Também candidatas a vereadora derrotadas na disputa deste ano, Adriana Reis (PSB), Enicléia Morais (PSB), Lilia Monteiro (Rede) e Ludmila Rosa (PSB) moveram ações contra o DC. A advogada Anna Raquel Gomes e Pereira, que atua em todos os casos, cita que identificou, entre outras, situações de movimentação financeira padronizada e “absoluta ausência de atos de campanha”. “A gente entende que algumas candidaturas de fato foram só para cumprir a cota, o que caracteriza o desvirtuamento de uma política que veio para tentar diminuir a baixa representatividade feminina na política”, argumenta.