As escolhas de Ronaldo Caiado (UB) diante dos fatos dos últimos dias, passando pelos atos de 7 de setembro e chegando à condenação de Jair Bolsonaro (PL), indicam que o governador fixou na defesa da anistia, ainda que enfática, o “teto” dos gestos ao ex-presidente e seus apoiadores. Aliados ouvidos pela coluna apontam que o goiano deixou suas posições demarcadas nos últimos meses a partir da defesa do perdão a todos envolvidos na tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023, mas não pretende dar mais um passo no sentido da radicalização, como fez seu colega Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo. No lugar de chamar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, de “tirano” e “ditador”, a exemplo de Tarcísio no ato bolsonarista realizado no Dia da Independência, Caiado voltou da capital paulista, no domingo, sem participar do evento. Já nesta quinta-feira (11), optou por “lamentar profundamente” a decisão e defender que o julgamento no plenário do STF permitiria “diferentes interpretações sobre o caso”.