Caio Henrique Salgado

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Presidente da Alego, Bruno Peixoto (Wesley Costa / O Popular)

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Poucos dias após declarar apoio ao ex-governador Marconi Perillo e&nbsp; anunciar que vai se filiar ao PSDB, o ex-presidente da Câmara de Rialma&nbsp;Paulinelly Geraldo Carneiro pediu exoneração do cargo de secretário&nbsp;de Assuntos Institucionais da Assembleia Legislativa.

Em documento obtido pela coluna, Paulinelly justifica que o pedido de exoneração ocorreu "por motivos pessoais e políticos, para que minhas decisões não prejudiquem o presidente deputado Bruno Peixoto (UB)", a quem chama de "meu chefe", "amigo pessoal" e "irmão".

Há pouco mais de uma semana, Paulinelly <a href="https://opopular.com.br/politica/aliados-veem-visitas-de-marconi-como-ato-inicial-por-candidatura-1.3309925" target="_blank">esteve com Marconi, que visitava a Alego</a>, e declarou apoio à sua pré-candidatura a governador. Esta coluna mostrou no fim de semana que <a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/forum-empresarial-decide-intensificar-cobrancas-a-equatorial-por-energia-1.3311816">ele decidiu trocar o MDB do vice-governador Daniel Vilela pelo PSDB</a>.

Nos bastidores, a informação é a de que a notícia provocou insatisfação no Palácio das Esmeraldas e o próprio governador Ronaldo Caiado (UB) teria cobrado a exoneração de&nbsp;Paulinelly.&nbsp;

Bruno Peixoto diz que não houve interferência de Caiado. "Ele se sentiu desconfortável com nossa equipe. Todos somos Daniel Vilela, Caiado e Gracinha (Caiado, primeira-dama). Gracinha senadora, Caiado presidente e Daniel governador", afirma o presidente da Alego.

Paulielly explicou à coluna na semana passada que se afastou de Daniel após não ter recebido apoio para disputar a prefeitura de Rialma pelo MDB, nas eleições de 2024.

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Auxiliar de Bruno Peixoto deixa Alego após filiação ao PSDB

Opinião

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Matéria - Coluna Giro

Coluna Giro

Webstories - Ex-líder de Mabel quer fim de decreto de calamidade

O vereador Igor Franco (MDB) vai apresentar, nesta terça-feira (16), um projeto de decreto legislativo que susta os efeitos do decreto assinado pelo prefeito Sandro Mabel (UB) em 2 de janeiro para declarar calamidade financeira em Goiânia. 

Igor, que foi retirado recentemente da liderança de Mabel na Câmara de Goiânia, aponta que a proposta derruba também atos que vieram em seguida, incluindo a prorrogação até o fim de 2025 e os respectivos referendos aprovados pela Assembleia Legislativa. Ele cita, na justificativa do texto, o posicionamento do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). 

O parlamentar ressalta que o TCM apontou que “a situação financeira do município não se molda ao quadro extremo exigido para decretação de calamidade, sendo possível promover ajustes, equilíbrio orçamentário e ajuste de despesas por meio de ferramentas de contingenciamento, corte de gastos e observância rigorosa à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)”.

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Bodes na sala

O projeto surge em contexto no qual o novo líder de Mabel, Wellington Bessa (DC), age para desarmar outra pauta-bomba: a revogação da taxa do lixo.

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Tête-à-tête

O cenário é também de intensificação das conversas individuais de Mabel com vereadores. Após semanas, ele voltou a reservar sua agenda de segunda aos parlamentares.

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Fora da base

Mabel recebeu Igor Franco, em sua casa, na noite de domingo (14). Procurado pela coluna, o ex-líder confirma a visita. Seguirá fora da base, mas diz que, como decorrência da conversa, fará “apontamentos para melhorar a gestão”, mas sem “ataques pessoais”.

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Classificação

Igor define seu novo projeto como uma das tentativas de melhorar a gestão. “A calamidade não tem justificativa técnica e permite muita coisa, como dispensar licitação e deixar de pagar as pessoas.”

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Nas ruas de Goiânia - Carrinho de supermercado com pertences de pessoa em situação de rua, na Avenida Goiás Norte, no setor Norte Ferroviário. (Diomício Gomes / O Popular)

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No limite

A data escolhida pelo presidente do Tribunal de Justiça (TJ-GO), Leandro Crispim, para a formação de lista tríplice referente à vaga de desembargador que foi de Nicomedes Borges coincide com o prazo de 30 dias após a entrega da lista sêxtupla eleita pela Ordem dos Advogados do Brasil em Goiás (OAB-GO), que ocorreu em 18 de agosto.

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Movimentos

O prazo é previsto no regimento interno do TJ-GO e foi colocado, nos bastidores, como elemento para evitar que Crispim protelasse a sessão, que ocorrerá nesta quarta-feira (17). Quem acompanha as articulações de perto aponta que o advogado Breno Pires Borges, filho de Nicomedes, já teve mais chances de figurar na lista tríplice.

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Missa no Cora

O governador Ronaldo Caiado (UB) vai, nesta terça, ao Complexo Oncológico do Estado de Goiás (Cora), para participar da missa inaugural da capela construída na unidade.

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<h2>Pergunta para:</h2>

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Gustavo Mendanha, Prefeito de Aparecida de Goiânia. (Divulgação)

Gustavo Mendanha (PSD) -&nbsp;Vice-presidente da CelgPar

O senador Vanderlan Cardoso afirmou à Tribuna do Planalto que o sr. se filiou ao PSD para ser candidato a vice. Procede?

Não tem nenhuma possibilidade de eu ser vice. Fui para o partido para ser candidato ao Senado e isso foi conversado com o Vanderlan e com o Kassab (Gilberto, presidente nacional do PSD). Entendo que não tinha condição de ser vice em função da minha idade e do meu grupo político, que são iguais aos do Daniel (Vilela, do MDB). 

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Arremate:

Falando em Cora - Mabel enviou à Câmara um projeto que dá o nome de Alameda Maria Xavier Caiado a uma rua próxima ao Cora. Homenagem à mãe do governador.

Sem disputa -&nbsp;As inscrições de chapas para as eleições da Associação Goiana do Ministério Público (AGMP) foram encerradas. Apenas uma candidatura foi registrada, com a chapa encabeçada pelo atual presidente, o promotor Leandro Murata. Ainda assim, o regimento obriga que haja votação, que será realizada no dia 7 de novembro.

Agro goiano -&nbsp;A Comigo foi reconhecida pelo jornal Valor Econômico como a melhor empresa do agronegócio brasileiro, em premiação realizada nesta segunda-feira (15), em São Paulo.

Ex-líder de Mabel apresenta projeto que derruba efeitos de decreto de calamidade

Giro

Webstories - Praça de Goiânia deve receber 38 esculturas

A Praça do Cruzeiro, uma das mais tradicionais de Goiânia, deve receber, em 2026, 38 esculturas em chapa de aço feitas pelo artista Siron Franco. As obras vão retratar cenas do cotidiano em tamanho real e serão pintadas com tinta automotiva na cor branca, permitindo a interação dos visitantes.&nbsp;

O projeto já foi discutido com Sandro Mabel (UB), que visitou o ateliê de Siron na semana passada e deu sinal verde. A intenção é que a entrega aconteça no dia 24 de outubro do próximo ano, data do aniversário de 93 anos da capital.

Apesar de o custo não estar definido, o deputado federal Ismael Alexandrino (PSD) garantiu o financiamento a partir de sua cota de emendas impositivas à&nbsp;Lei Orçamentária Anual (LOA), que ainda será enviada pelo presidente Lula (PT) ao Congresso Nacional.

O parlamentar conta que topou destinar recursos pensando na transformação do equipamento público em um local voltado para arte e com grande “apelo de visitação”. “Assim como tem o Parque Güell (projetado pelo arquiteto Antoni Gaudí), em Barcelona. Vai virar um ponto turístico em Goiânia”, defende.

Sobra lugar?

Passou batido, mas a Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da Câmara de Goiânia aprovou diligências a diversos órgãos da Prefeitura de Goiânia a respeito de um projeto que proíbe blocos de carnaval nas proximidades de hospitais, unidades de saúde e templos religiosos da capital.

Complexo

Pedidos de informações a respeito de impactos do projeto serão encaminhados às secretarias municipais de Saúde, Cultura, Mobilidade e à Procuradoria-Geral do Município, além de sindicatos representativos do comércio, bares e restaurantes.

Autores

As diligências foram solicitadas pelo vereador Lucas Kitão (UB), relator do projeto apresentado por Coronel Urzêda (PL).

Retorno

Marcos Roberto Silva voltou à presidência do União Brasil em Goiânia.

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Hora de trocar - Bandeira de Goiás rasgada no Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol). (Wildes Barbosa / O Popular)

Por enquanto

A comissão provisória do UB, que era presidida por Marcos Roberto, foi encerrada no fim de junho e a coluna mostrou recentemente que a sigla estava acéfala na capital. Apesar da ausência de interesse no posto, o tesoureiro do diretório estadual foi reconduzido diante da falta de consenso sobre uma nova direção, disputada pelos vereadores do partido.

Condição especial

O deputado federal Adriano Avelar (PP) diz não se recordar de um pré-candidato a governador tão privilegiado quando o vice-governador Daniel Vilela. “Desde que comecei a acompanhar política, como eleitor, não teve ninguém com apoio de todos os prefeitos da Região Metropolitana de Goiânia e do Entorno. Daniel tem”, avalia.

Na China

Uma comitiva do Entorno do Distrito Federal realizará missão oficial à China entre os dias 19 e 29 de setembro. Participarão quatro prefeitos da região e o secretário estadual do Entorno do DF, Pábio Mossoró (MDB), além de empresários.

Pergunta para:

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Márcio Luís, presidente da Facieg (Divulgação)

Márcio Luís -&nbsp;Presidente da Facieg

O Fórum Empresarial vai ampliar a cobrança por suprimento de energia. Como será isso?

Goiás cresce acima da média nacional, mas é travado pela falta de plano de investimento efetivo da Equatorial. É um problema estadual, mas essa questão é mais urgente no Vale do Araguaia e Norte Goiano, que sofrem com carência de energia, em especial para irrigação. Vamos tomar ações concretas, inclusive nas esferas administrativas e judiciais, se for o caso.

Arremate:

Dia de Jackson - As jornalistas Cileide Alves e Fabiana Pulcineli são as convidadas do Jackson Abrão Entrevista desta segunda-feira (15). O programa tem transmissão ao vivo, a partir das 10h30. 

Pauta&nbsp;- Jackson conversará com Cileide e Fabiana sobre as repercussões da condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Indústria -&nbsp;Goiás recebe duas etapas da Jornada Nacional de Inovação da Indústria nesta semana. Na terça-feira (16), o evento será realizado em Rio Verde. Já na quinta-feira (18), chegará a Anápolis. Trata-se de iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o Sebrae e a Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg).

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Praça de Goiânia deve receber 38 esculturas de Siron Franco em 2026

Disparidade

Com remuneração bruta de R$ 39.496,77, os deputados estaduais de Goiás registram a maior renda na comparação com outras unidades da federação. O dado consta no levantamento Índice de Disparidade Salarial (IDS) publicado pela associação civil Livres, que tem o objetivo de mostrar a distância entre os pagamentos recebidos por autoridades públicas e a população.

De acordo com o estudo, o salário dos deputados estaduais goianos representa 18,8 vezes o rendimento nominal mensal domiciliar per capita da população do estado, de R$ 2.098. O resultado coloca Goiás em 17º lugar no ranking nacional (veja quadro).

O primeiro colocado é o Maranhão, com IDS 31,1. Já o último é o Paraná, com 9,5. O levantamento também faz comparações dos dados nacionais com cidades do exterior. A média de países emergentes é de 16,05. O cálculo do índice é feito pela razão entre o salário da autoridade e a renda da população.

O subsídio bruto dos deputados estaduais atualmente é de R$ 34,4 mil, mas foi turbinado ao longo dos anos com penduricalhos, como auxílios moradia e saúde. No final de 2024, a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) aprovou a criação do auxílio-representação, de R$ 11,5 mil, e fez o pagamento retroativo a dezembro daquele ano. O POPULAR mostrou que, no primeiro semestre de 2025, a Alego pagou R$ 4,4 milhões em benefícios para os deputados estaduais.

Na análise da remuneração dos deputados federais de Goiás, o IDS é de 21, o que coloca o estado na 18ª posição. Todos os ocupantes deste cargo, independentemente do estado, receberam o mesmo salário, de R$ 44.008,52. Diante disso, no caso desta categoria, a renda per capita da população local é o que influencia no índice. Na lista, o maior IDS é do Maranhão, de 40,9. O menor é do Distrito Federal, de 12,8.

Vereadores

Quanto aos vereadores de Goiânia, o IDS é de 6,6, resultado que levou a cidade para o 17º lugar no ranking entre as capitais. O primeiro lugar é de Rio Branco (AC), que alcançou índice de 12,6. O menor é de Vitória (ES), de 2,3. O estudo mostra que o IDS do vereador de Nova York, nos Estados Unidos, é 2,9.

A exemplo da Alego, os vereadores também criaram auxílio-representação no final de 2024, mas de R$ 6,9 mil e com início do pagamento em janeiro de 2025. Em nota, a Câmara afirmou que o subsídio dos vereadores está fixado estritamente de acordo com as regras e limites estabelecidos na legislação vigente.

A Casa argumentou ainda que “atua, historicamente, na redução das desigualdades sociais e econômicas, aprovando leis que promovam a geração de emprego e renda com vistas, entre outros objetivos, à redução da distância entre a remuneração dos agentes políticos e da população”.

A reportagem entrou em contato com a Alego, mas não houve retorno até o fechamento desta edição.

O cientista político e diretor do Livres, Magno Karl, apontou que, na comparação com outros estados e cidades brasileiras, Goiás e Goiânia alcançaram boas colocações. No entanto, levando em consideração que o Brasil tem índices ruins em relação a outros países, o resultado local também é impactado.

“Dentro do Brasil, estão melhores do que a média, só que, como a média brasileira é muito ruim, em comparação com outros lugares, acaba tendo essa distorção”, disse o diretor.

Executivos

Entre os prefeitos, o índice de Goiânia é de 7,1. Com o número, a cidade fica em 19º lugar entre as capitais. O maior descolamento entre o salário e o rendimento domiciliar per capita da população foi registrado em Aracaju (SE), que tem IDS de 18,5. O menor é de Vitória, com 3,2.

Em relação aos governadores, o índice em Goiás é de 14,6, o que coloca o estado em 19º lugar. Segundo o estudo, a média global é de 10,2. O governo de Goiás afirmou que, desde 2019 - primeiro ano da gestão de Ronaldo Caiado (UB) -, o salário do governador não teve nenhum reajuste acima da inflação, “o que significa que não houve ganho real nesse período”. Por outro lado, apontou a administração, houve avanço no rendimento domiciliar per capita, ou seja, na renda da população.

A Prefeitura de Goiânia foi procurada, mas não respondeu.

O estudo usou, preferencialmente, dados de 2024. Existem casos em que os números mais atualizados eram referentes a anos anteriores, e, por isso, houve correção pela inflação.

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Alego tem maior renda bruta para deputados estaduais do País

Política

Política - título

Matéria - Política

Disparidade salarial

A lista de nomes para a disputa ao governo de Goiás na eleição de 2026 ganhou forma com novas movimentações de pré-candidatos a pouco mais de um ano para a votação em primeiro turno, marcada para dia 4 de outubro do próximo ano. O cenário da disputa já era antecipado pela estruturação dos projetos do vice-governador, Daniel Vilela (MDB), e do senador Wilder Morais (PL), mas passou a ter novas definições com o avanço de partidos que mantinham indecisão sobre o lançamento de projeto próprio.Os últimos movimentos foram realizados pelo ex-governador Marconi Perillo (PSDB), que passou a tratar abertamente da possibilidade de quinta candidatura ao Palácio das Esmeraldas, e pela deputada federal Adriana Accorsi (PT), que incluiu a disputa pelo Executivo entre as opções, além da eventual busca pela reeleição. Além deles, os partidos Novo e PSol também avançaram em deliberações para terem pleitos próprios, com os nomes de Telêmaco Brandão e Cíntia Dias, respectivamente.Cientistas políticos ouvidos pelo POPULAR analisam que o caráter “plebiscitário” da próxima eleição ao governo será inevitável. Apesar de considerarem que Daniel Vilela larga na frente, com apoio direto do governador Ronaldo Caiado (UB) e a avaliação positiva da gestão, os especialistas indicam chances de ampliação da força de campanhas de oposição, principalmente a partir da possível nacionalização da disputa.Professor da Universidade Federal de Goiás (UFG), o cientista político Francisco Tavares analisa que, dos pré-candidatos apresentados, Marconi Perillo tem os maiores desafios para pavimentar caminho até o segundo turno. “A tendência, seguindo alguma normalidade em 2026, é que o processo eleitoral se constitua dentro de uma lógica plebiscitária entre o apoio ou a rejeição do governo de Ronaldo Caiado. Neste sentido, seria Daniel Vilela contra os outros candidatos, ainda que tenhamos diferentes espectros como Wilder na extrema-direita, Adriana Accorsi na esquerda, e uma centro-direita do Marconi”, considera.O doutor em ciência política avalia que todos os outros nomes, além do vice-governador, seriam entendidos pelo eleitorado como oposição e teriam que disputar entre si por um “mercado eleitoral que atualmente não é tão significativo”. Para Tavares, o cenário garantiria favoritismo a Daniel Vilela, por conta da dificuldade de união de forças entre nomes da esquerda e da direita no estado. A possibilidade de alteração do cenário de julgamento sobre o governo Caiado reside no próprio projeto nacional do governador, segundo Tavares. “Se Caiado estiver em uma chapa que destoe da extrema-direita, pode ser que esse eleitorado muito significativo decida marchar com um nome da família Bolsonaro ou com Tarcísio de Freitas. Isso pode causar um voto coerente entre o pleito nacional e o pleito estadual que potencializaria Wilder Morais.”A mesma situação, em espectro inverso, deve ser considerada sobre a chance de nacionalização da disputa pela esquerda. “Então, Adriana Accorsi, no caso do presidente Lula crescer e ficar mais forte em Goiás do que tem sido, poderia chegar ao segundo turno”, avalia Tavares.“O caso de Marconi Perillo é mais complicado porque, embora ele tenha uma base eleitoral mostrada pelas pesquisas, para ampliar essa base ele terá de compor com a centro-esquerda ou com a centro-direita. Só com a máquina partidária do PSDB e o discurso que não é Lula nem Bolsonaro, ele vai ficar sem lugar e posicionamento para ampliar as intenções de voto que ele tem agora”, considera o professor. “A história brasileira só nos promete emoções, mas neste momento, Daniel Vilela se revela um candidato um pouco mais competitivo do que seus concorrentes”, entende.MovimentosA pré-campanha para 2026 foi aberta ainda na disputa das eleições municipais, marcada por concorrência direta entre o grupo governista e a base do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que se dedicou presencialmente nas principais candidaturas do partido. O grupo liderado por Caiado e Daniel Vilela alcançou ampla maioria de prefeitos eleitos e, neste ano, passou a executar estratégias em busca de confirmar a transição de governo e de imagem.O emedebista ampliou a presença como a principal figura da administração estadual em eventos do governo estadual e, ao mesmo tempo em que o vice assumiu maior protagonismo, o Palácio das Esmeraldas reagiu com alerta e convocação de aliados para engajamento na pré-campanha a partir do resultado da pesquisa Genial/Quaest, divulgada em 22 de agosto, que apontou empate técnico com Marconi e crescimento do senador Wilder Morais.Logo depois da publicação da pesquisa, o ex-governador se animou e lançou mão de movimentos mais intensos na agenda externa, em preparação para a disputa, pela quinta vez, ao governo. Desde maio, quando considerou a possibilidade de quinta candidatura pela primeira vez, em entrevista ao podcast Giro 360, o tucano aumentou as reuniões no escritório político, mas na última semana levou a pré-campanha para encontros com vereadores e deputados estaduais em Goiânia.Na próxima semana, Marconi fará nova visita política, destra vez à Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia, na terça-feira (16). Além disso, ex-prefeitos e aliados organizam comemoração aos 30 anos de filiação de Perillo ao PSDB e convocação para que ele assuma publicamente a pré-candidatura. O evento ocorre no auditório da Assembleia Legislativa (Alego), no próximo dia 27.Para o cientista político e professor da UFG Guilherme Carvalho, a próxima eleição estadual mantém alternativas abertas para a oposição, apesar do favorecimento a Daniel Vilela. “Não considero que a próxima eleição seja plebiscitária. O Caiado continua dando reiteradas exibições de força política no estado, haja vista a alta popularidade que seria muito suficiente para uma reeleição no primeiro turno, só que ele não é o candidato”, diz.Segundo Carvalho, Daniel Vilela precisa de um trabalho contínuo e antecipado para conseguir fazer a transição, principalmente no interior do estado, apesar de ter um bom início de pré-campanha, a partir dos números nas pesquisas. “A eleição ainda está distante e, enquanto isso, Marconi Perillo dispara por ter recall. Nesse momento, significa muito mais a memória do eleitor do que a intenção de voto. Se a transferência fosse automática, o Daniel estaria com eleição ganha e não parece ser esse o caso. O jogo precisa ser jogado e o vice-governador deve ganhar pontos importantes quando a estrutura do estado começar a agir”, avalia.AlternativasAdriana Accorsi passou a considerar, pela primeira vez, entrar na disputa ao Palácio das Esmeraldas, ao comemorar as intenções de voto recebidas na pesquisa Genial/Quaest. A nova presidente estadual do PT - ela tomou posse oficial como presidenta da legenda, neste sábado (13), durante o 17º Encontro Estadual do PT, na Câmara Municipal de Goiânia - reforçou o plano para candidatura à reeleição, mas admitiu o diálogo sobre o Executivo. Apesar de considerar o pleito, a parlamentar voltou a cogitar a possibilidade de o PT não ter candidatura própria ao governo e decida apoiar eventual nome de outra sigla aliada, com base na busca por composições com partidos que integram a base do presidente Lula. A presença de partidos diversos no grupo do governo federal, no entanto, levou o PSol a deliberar pelo lançamento de candidatura própria, com preferência para a presidente estadual, Cíntia Dias, que buscou o governo em 2022. “Tudo indica que a gente deve sair sozinho, porque está difícil o diálogo e os apoios do PT estão muito à direita. Assim, até agora a discussão interna é de que saia uma candidatura próprio e meu nome está aí para essa disputa”, diz Cíntia. “É importante termos aqui uma voz, um palanque para a defesa do presidente Lula, da sua reeleição, das políticas que nós acreditamos. Nós teremos, sendo o Partido dos Trabalhadores cabeça de chapa ou não”, apontou a dirigente. O Psol ainda considera os nomes de Weslei Garcia e Barbara Bombom.Já o Novo decidiu pelo lançamento da pré-candidatura do advogado e empresário Telêmaco Brandão, apesar do contato próximo de lideranças da sigla com a cúpula do PL no estado. “O projeto não tem plano B, queremos governar Goiás”, confirma o presidente estadual da legenda, Alano Queiroz.

Pré-candidatos movimentam cenário na disputa ao governo de Goiás

Eleições 2026

O Popular