Além da busca por unidade no União Brasil, seu partido, o governador Ronaldo Caiado terá de lidar com fatores externos delicados, relativos às forças de oposição ao governo Lula (PT), para se viabilizar como candidato competitivo a presidente da República. Em um cenário de provável divisão na direita, o nível de pulverização de candidaturas pode ser inversamente proporcional às chances que o projeto do goiano terá de ganhar tração. A conta é simples. No núcleo político do Palácio das Esmeraldas a percepção é de que fatia importante desses votos vai para algum candidato com o sobrenome do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Se assim for, a quantidade de eleitores que Caiado pode conquistar tende a diminuir a depender da quantidade de opções no bloco. Outro cenário difícil é o de candidatura de Tarcísio de Freitas (Republicanos). O governador de São Paulo dificilmente entrará na disputa sem o aval de Bolsonaro, algo considerado por muitos como improvável. Entretanto, caso isso aconteça, ele tende a se tornar hegemônico entre direitistas, sufocando outros presidenciáveis.