A decisão do prefeito Sandro Mabel (UB) de não priorizar o envio de projetos de lei à Câmara de Goiânia remete às últimas três passagens de Iris Rezende no comando do Paço Municipal. Levantamento feito pela coluna mostra que em 2005, 2009 e 2017 o emedebista pouco demandou os vereadores e evitou matérias polêmicas. Quando retornou à Prefeitura, há 20 anos, a sua primeira proposta só foi encaminhada ao Legislativo no dia 7 de abril. Já no primeiro ano de seu último mandato, a primeira proposta foi enviada em 20 de fevereiro para implementar remissão de juros e anistia de mora relativas ao IPTU. A segunda, em 17 de abril, foi a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que é obrigatória. Um irista ouvido pela coluna resume a estratégia em tom de brincadeira: “Era fácil para o Iris se relacionar com a Câmara porque praticamente não tinha projeto polêmico.” O mesmo personagem lembra que naquele mesmo ano o ex-prefeito se deu ao luxo de não definir uma liderança na Casa.