Caio Henrique Salgado

<img attr-cid="policy:1.3145672" attr-version="policy:1.3145672:1728431877" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3145672/Rogeri.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Prefeito Rogério Cruz&nbsp; (Foto: Diomício Gomes/OPopular )

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O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (SD), assinou decreto que transfere o feriado do Dia do Servidor Público do dia 28 de outubro para 1° de novembro. A medida, que tem impacto em cerca de 50 mil servidores municipais, foi tomada com objetivo de reduzir a abstenção no segundo turno das eleições, marcado para o dia 27.

Segundo aliados, o prefeito, que foi derrotado no primeiro turno, assinou o decreto "em respeito às eleições" e "para que o pleito ocorra da melhor maneira possível".<a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/partidos-vencem-em-prefeituras-vizinhas-e-formam-blocos-regionais-1.3185521" target="_blank"> A medida é semelhante à adotada pelo governador Ronaldo Caiado (UB) na semana passada</a>.&nbsp;

Apesar de ainda não ter sido objeto de deliberação, a tendência é a de que Rogério Cruz também não decrete ponto facultativo no dia 25 de outubro, que vem na sequência do aniversário de Goiânia e cai na sexta que antecede o segundo turno.&nbsp;&nbsp;

Na primeira etapa da disputa,&nbsp;290.868 eleitores deixaram de comparecer às urnas. <a href="https://opopular.com.br/politica/abstenc-o-em-goiania-e-maior-do-que-a-quantidade-de-votos-que-fred-rodrigues-teve-no-1-turno-1.3184308#state=083a1b2a-e3fc-437d-8e12-46ed130182a6&amp;session_state=1086c6b4-68ff-4597-9273-3115e16e48cd&amp;code=2fd88a00-c0f8-47ba-9cd7-245e0a293d2d.1086c6b4-68ff-4597-9273-3115e16e48cd.b9b3328a-640e-4deb-9f63-4c9096be6cf7" target="_blank">A abstenção superouos votos recebidos por Fred Rodrigues (PL)</a>, que ficou na liderança com&nbsp; 214.253 votos.&nbsp;

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Rogério transfere feriado do Dia do Servidor Público "em respeito às eleições"

Opinião

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Matéria - Coluna Giro

Coluna Giro

No segundo turno da eleição, o empresário Sandro Mabel (UB) <a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/mabel-vence-em-166-bairros-de-goiania-no-2-turno-fred-ganha-em-apenas-10-1.3194967" target="_blank">foi o mais votado nos 46 locais em que, na primeira fase da eleição</a>, a deputada federal Adriana Accorsi (PT) havia ficado à frente. O resultado evidencia a tese já levantada por especialistas e por lideranças políticas sobre o peso da migração de votos da petista para o empresário, que entrou na disputa com o respaldo do governador Ronaldo Caiado (UB).

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No primeiro turno, Mabel registrou 20 mil votos nestes 46 locais de votação. Adriana havia recebido 26,4 mil. No segundo turno, o respaldo da população da capital ao projeto governista mais que dobrou, passando para 46,7 mil votos.

Na lista de locais de votação estão os Centros de Aula B e C, do Campus Samambaia da Universidade Federal de Goiás (UFG), no Itatiaia. Também fazem parte espaços de votação que ficam no campus da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), no Setor Universitário.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/no-2-turno-mabel-venceu-em-94-dos-locais-de-votac-o-1.3195415" target="_blank">No 2º turno, Mabel venceu em 94% dos locais de votação</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/alego-retira-exigencia-de-curso-superior-para-chefias-1.3195413" target="_blank">Alego retira exigência de curso superior para chefias</a> 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/mabel-vence-em-166-bairros-de-goiania-no-2-turno-fred-ganha-em-apenas-10-1.3194967" target="_blank">Mabel vence em 166 bairros de Goiânia no 2° turno; Fred ganha em apenas 10</a></div>

Está na lista ainda o Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás Waldemar Mundim, na Vila Itatiaia, onde Mabel teve, no segundo turno, a maior vantagem contra o adversário, Fred Rodrigues (PL), de 865 votos. No primeiro turno, Mabel registrou 883 votos no local; Adriana, 1.338. No segundo turno, o governista alcançou 2.248 votos (1.365 a mais). Fred também ampliou a votação neste local, mas em menor alcance, passou de 1.007 para 1.383 (376 a mais).

No recorte por bairros, Adriana, no primeiro turno, ficou à frente em 21. No segundo turno, Mabel foi o mais votado em todos eles.

<h2>Vínculo</h2>

Uma das estratégias usadas por Fred na tentativa de desgastar a imagem do governista durante a campanha do segundo turno foi apontar ligação entre o então candidato, Caiado e o PT. A aposta era na força do antipetismo em Goiânia. Quando questionado sobre o apoio do partido, Mabel disse que buscaria os votos de todos os eleitores da capital, independentemente de posição ideológica.

A estratégia usada pelo PL provocou reação no Palácio das Esmeraldas. Caiado publicou vídeo em que rechaçou qualquer ligação com o PT e fez críticas aos adversários.

A posição dura do governador provocou descontentamento no PT. Neste cenário, lideranças do partido, então, lançaram campanha para “derrotar a extrema-direita”, em um movimento que, mesmo sem citar o nome de Mabel, beneficiou o candidato governista.

Mabel ganhou em espaços que eram de Adriana

Política

Política - título

Matéria - Política

2º turno

Movimento

Eleito prefeito de Goiânia no último dia 27, o empresário Sandro Mabel (UB) derrotou seu adversário, o ex-deputado estadual Fred Rodrigues (PL), <a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/mabel-vence-em-166-bairros-de-goiania-no-2-turno-fred-ganha-em-apenas-10-1.3194967" target="_blank">em 94% dos locais de votação da capital,</a> ficando em primeiro lugar em 333. Fred venceu em 20. Os dois empataram na Unialfa, Unidade Perimetral, com 37 votos para cada. Goiânia tem ao todo 354 locais de votação.

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Os números são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e detalham a virada imposta por governista contra o nome do PL. No primeiro turno, Fred, com apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), saiu na frente, com 31,14% dos votos. Na base do governador Ronaldo Caiado (UB), Mabel teve 27,66%.

No segundo turno, Mabel venceu com 55,53% diante de 44,47% de Fred. A mudança no cenário é atribuída ao desgaste que o ex-deputado estadual teve nas últimas semanas da campanha e a migração de votos da candidata Adriana Accorsi (PT), derrotada ainda no primeiro turno da disputa.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/mabel-ganhou-em-espacos-que-eram-de-adriana-1.3195419" target="_blank">Mabel ganhou em espaços que eram de Adriana</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/partidos-buscam-estrategias-para-disputa-em-goias-de-olho-em-2026-1.3195027" target="_blank">Partidos buscam estratégias para disputa em Goiás, de olho em 2026</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/paco-avanca-para-criac-o-de-loteria-municipal-1.3194999" target="_blank">Paço avança para criação de loteria municipal</a></div>

O candidato governista ampliou a quantidade de votos em mais de 160 mil votos, passando de 190 mil no primeiro turno para 353 mil no segundo. Já o nome do PL conseguiu aumentar sua votação em 68,8 mil votos (passou de 214 mil para 283 mil).

No recorte de votação por local no segundo turno, a disputa foi mais apertada em 17, onde a diferença entre cada candidato foi de 15 votos ou menos. Estão nesta lista sete locais em que Fred foi o mais votado. Nos outros 10, a vantagem, por margem pequena, foi de Mabel.

Os resultados mais próximos, com um voto a mais para Fred, foram registrados nas escolas municipais Professora Cleonice Monteiro Wolney e Evangelina Pereira da Costa, localizadas no Sítios de Recreio Mansões do Campus e Chácaras Recreio São Joaquim, respectivamente. Os eleitores que votaram na primeira instituição, registraram 97 votos para Fred. Na segunda, 311.

No Centro de Ensino em Período Integral (Cepi) Coração de Jesus, no Setor Aeroviário, Mabel teve vantagem de dois votos (554 ao todo). A diferença foi de apenas três votos no Colégio Executivo, no Garavelo B, e nas escolas municipais Padre Pelágio, no São José, e Solar Ville, localizada no bairro que leva o mesmo nome.

Em 22 locais, a diferença entre os candidatos foi de 500 votos ou mais. Em todos estes casos, Mabel teve a maior votação. A vantagem mais ampla do governista foi registrada no Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás Waldemar Mundim, na Vila Itatiaia, onde Mabel teve 2.248 votos contra 1.383 de Fred (865 a menos).

<h2>Comparação</h2>

No primeiro turno, o nome do PL havia derrotado seus adversários em 240 locais de votação, 67,7% do total. O governista teve mais votos em 64. Adriana foi a que teve maior apoio da população em 46. Houve empate em quatro casos, sendo três entre Mabel e Fred. O quarto empate foi registrado entre o bolsonarista Fred e a petista Adriana, na Escola Estadual José Honorato, no Centro, onde cada um deles teve 630 votos. Mabel registrou 524.

No detalhamento por seção eleitoral (cada sala dentro dos locais de votação), o governista teve mais votos em 86% no segundo turno, porcentual que representa 2.528 entre 2.929. Já o nome do PL saiu vitorioso em 363 (12%) e houve empate em 38. No primeiro turno, Fred saiu à frente em 1.743 seções (59%). Na ocasião, Mabel foi o mais votado em 698 e Adriana, em 419. Houve empate em 69.

<h3>Por setor</h3>

O Giro mostrou que, no segundo turno, Mabel foi o mais votado em 166 dos 176 bairros de Goiânia que abrigam as seções eleitorais. Fred ficou à frente em 10. A coluna aponta que Mabel foi o primeiro em vizinhanças de diferentes regiões da cidade.

Por outro lado, Fred recebeu mais votos em locais relativamente próximos: três setores na Região Oeste (Ipiranga, Celina Park e Vila Rizzo); três na Centro Oeste (São Francisco, Chácaras de Recreio São Joaquim e Vila Paraíso); dois na Sudoeste (Parque Oeste Industrial e Sol Nascente); e um na Noroeste (Jardim Petrópolis).

Uma exceção foi registrada no Sítios de Recreio Mansões do Campus, no Norte da cidade. Neste bairro fica um dos locais de votação em que Fred conseguiu ficar em primeiro lugar por apenas um voto.

Os dados do TSE mostram que, nos 10 bairros em que Fred foi o mais votado, existem 23 mil eleitores, sendo a maioria, 12,5 mil, mulheres. Os homens são 10,5 mil. A faixa etária com mais pessoas aptas a votar é de 30 a 39 anos, com 5,2 mil. Nestes setores, o grau de escolaridade mais representativo é o ensino médio completo, com 8 mil eleitores. A categoria “superior completo” aparece em seguida, com 3,7 mil.

A maior parte dos eleitores, 21,2 mil, não informou cor/raça à Justiça Eleitoral. Entre os que registraram o dado, 1 mil são pretos/pardos. Os números representam o perfil do eleitorado de forma geral e não apontam necessariamente as pessoas que foram às urnas, pois a abstenção na capital, no segundo turno, foi de 34,2%.

O POPULAR também mostrou que Mabel venceu em todas as zonas eleitorais (região geograficamente delimitada, gerenciada por um cartório eleitoral, que centraliza e coordena os eleitores que votam ali). A vantagem do prefeito eleito variou de 5,9 pontos porcentuais, na 136ª zona eleitoral, até 18,4 pontos de diferença na 1ª zona.

<div attr-cid="policy:1.3195416" attr-version="policy:1.3195416:1730768895" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3195416" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3195416', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3195416">Movimento (1.3195416)</a></div>

No 2º turno, Mabel venceu em 94% dos locais de votação

Eleições 2024

A primeira semana de balanço após o fim das eleições municipais marcou avanço de partidos nas estratégias e especulações para a corrida de 2026, como foco na sucessão do governador Ronaldo Caiado (UB), além das composições para chapas de deputado federal e ao Senado.

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Após momento de transição nos últimos seis anos, desde o fim da hegemonia liderada pelo PSDB, em 2018, grupos políticos passam a se dividir entre base e oposição ao Palácio das Esmeraldas e apontam diferentes caminhos para a disputa estadual daqui a dois anos.

Com resultado de ampla liderança no número de prefeitos e vereadores eleitos, a base caiadista aposta na antecipada pré-candidatura do vice-governador Daniel Vilela (MDB), e mantém clima de comemoração pelas vitórias sobre o bolsonarismo, principalmente em Goiânia e Aparecida de Goiânia.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/embate-entre-caiado-e-lula-sobre-pec-vai-alem-da-autonomia-1.3194621">Embate entre Caiado e Lula sobre PEC vai além da autonomia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/prefeitos-da-base-governista-v-o-governar-mais-de-80-da-populac-o-goiana-1.3194577">Prefeitos da base governista vão governar mais de 80% da população goiana</a> 
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Já o senador Wilder Morais (PL), presidente estadual do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, lidera o que passa a ser a principal sigla na oposição e garante que terá projeto próprio ao governo estadual.

Apesar da menor estrutura, Wilder apontou que o processo de disputa nas cidades fez o PL se tornar “o maior partido de Goiás”, com o argumento de que é “o que mais cresce de forma orgânica”. A avaliação toma como base o fato de que apenas sua própria sigla, UB e MDB tiveram aumento significativo nos resultados eleitorais neste ano. E ressalta que as duas legendas concorrentes contam com a estrutura da máquina do governo estadual.

O senador ainda valoriza a contabilização de votos a prefeito em cada partido e celebra o segundo lugar, com 1.280.270 votos, atrás do União Brasil, com 1.440.931 eleitores. O MDB recebeu 618.924 votos nas eleições para prefeituras neste ano.

“Mesmo nas cidades onde não fomos vencedores, pode ter certeza, foi plantada uma sementinha e o PL saiu fortalecido. É um dos maiores partidos de Goiás”, afirmou Wilder Morais, que confirmou processo inegociável para lançamento de projeto próprio ao governo.

Do outro lado, Caiado e Daniel apresentaram estratégia baseada na desqualificação do discurso bolsonarista, com o apontamento de que o debate ideológico levantado por lideranças de extrema-direita não seria suficiente para a construção de projetos políticos capazes de vencer eleições majoritárias. O vice tem repetido entendimento de que a avaliação da gestão estadual terá maior peso na disputa de 2026 e desconsidera a possibilidade de nacionalização de eventual debate contra Wilder.

“Acho que não. Sendo ele (Wilder) ou qualquer outro. Porque eu não sei quem será, mas a tônica vai ser o candidato de oposição a um governo extremamente bem avaliado. O mais bem avaliado do Brasil. Essa é a tônica”, respondeu Daniel quando questionado pelo POPULAR sobre possível avanço do debate ideológico na disputa estadual, tendo o crescimento do ex-deputado estadual Fred Rodrigues (PL) ao longo da campanha na capital.

Já o posicionamento do governador em Goiás passa também pela confirmação da pré-candidatura à Presidência da República daqui dois anos. Caiado reafirmou ao longo da última semana que tem a garantia da direção nacional do partido para a disputa e que, depois da vitória em Goiânia, se apresenta como referência histórica da direita, inclusive contra Jair Bolsonaro.

“Ele veio me matar politicamente em Goiás (...) Agora nós vamos nos encontrar nas urnas”, disse o governador em entrevista ao POPULAR na última semana. “Quem enche aeroporto, eu não sei, agora, quem ganha eleição e reeleição, eu sei: chama-se Ronaldo Caiado”, provocou.

Caminhos

Além da provável polarização estadual entre as estruturas em torno de Wilder e Daniel, a disputa de 2026 inclui os processos de retomada de PT e PSDB. Enquanto os petistas articulam posição nacional e estadual da esquerda para o centro, tucanos tentam estruturar discurso para se apresentar como alternativa ao bolsonarismo, com ênfase na oposição ao PT.

Presidente nacional do PSDB, o ex-governador Marconi Perillo, considera que decisões erradas nos últimos anos ajudaram a explicar a nova queda do partido nas eleições municipal. Em Goiás, a sigla caiu de 75 prefeitos, em 2016, ainda no governo, para sete a partir de 2025. Em todo o país, foram 532 cidades conquistadas em 2020 contra 272 neste ano.

Além de fatores internos e locais, como a derrota em Goiás, o tucano aponta que houve erro estratégico em meio à polarização entre lulopetismo e bolsonarismo. “A gente começou a bater só em Bolsonaro e deixamos de bater no PT, que é nosso adversário histórico. Isso incomodou muito nosso eleitor, que então migrou para o bolsonarismo de vez, achando que estávamos fazendo o jogo do PT”, disse Perillo ao O Estado de S. Paulo.

“Bater só em Bolsonaro foi um erro. Acabamos perdendo nosso eleitor mais conservador”, admitiu. Além da busca por posicionamento na polarização ideológica, o PSDB em Goiás ainda aposta na “renovação”, a partir, por exemplo, do lançamento do jornalista Matheus Ribeiro à Prefeitura de Goiânia e a vitória de Aava Santiago como a vereadora mais votada da história da capital.

Ainda assim, Marconi segue como principal nome internamente na legenda para disputa ao Palácio das Esmeraldas.

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<h2>Daniel cobra ‘viabilidade’ de candidatos para chapa</h2>

O presidente regional do MDB e vice-governador, Daniel Vilela, cobra “viabilidade” e “força política” daqueles aliados interessados em uma das vagas na chapa majoritária para a disputa estadual de 2026. Com a garantia dada pelo governador Ronaldo Caiado (UB) de que Daniel assumirá o comando do estado para ser candidato à reeleição, se intensificam os trabalhos de integrantes da base aliada para as duas vagas de disputa ao Senado, além da futura vice.

Daniel respondeu sobre o tema em entrevista à jornalista Fabiana Pulcineli, no Papo Político, da CBN Goiânia, especificamente sobre a possibilidade de que o atual senador e presidente do PSD, Vanderlan Cardoso, ocupe uma das vagas. “Isso tudo ainda é muito precoce para discutir agora. Não houve nenhum tipo de acerto ou de garantia de posições na chapa majoritária para 2026. Todo mundo tem que trabalhar para se viabilizar e tem que desempenhar um bom papel político”, afirma.

“No caso dele (Vanderlan), um bom papel como parlamentar, como senador, para poder pleitear essa candidatura. É óbvio que o apoio dele ao Sandro foi uma manifestação importante e que facilita para um projeto nesse sentido. Agora, as definições vão ocorrer de acordo com a viabilidade e força política de cada um. Inclusive a minha própria candidatura”, aponta.

Vanderlan afirmou ao Giro que o acerto para apoiar, no segundo turno, o então candidato governista à Prefeitura de Goiânia, Sandro Mabel (UB), também teria passado pela composição com vistas à próxima eleição estadual. O senador, derrotado no primeiro turno com apenas 6,5% dos votos na capital, fez balanço da disputa neste ano com críticas diretas ao bolsonarismo em Goiás, que contribuiu para sua desidratação.&nbsp;

Vanderlan apontou, inclusive, que o presidente do PL, Wilder Morais, teria mostrado nesta disputa municipal, que “não está preparado” para ser governador do estado.

Questionado, Daniel Vilela confirma a destinação antecipada de uma das vagas ao Senado para a primeira-dama do Estado, Gracinha Caiado (UB). “É, hoje é uma pessoa que demonstra muita força política e que, sendo o desejo dela, e ela tiver essa disposição, não há dúvida disso. Até porque ela, de fato, representa o governo mais bem avaliado do Brasil”, afirma.

“Ela tem um papel muito importante administrativo e também político. Ela está sempre no interior do estado, sempre recebendo os prefeitos e os políticos. Ela tem um papel ativo na vida política do estado. Então, naturalmente, ela reúne, na minha visão, as melhores condições para ser uma das senadoras mais votadas da história de Goiás”, diz o vice.

Sobre a segunda vaga na chapa, Daniel volta a apontar que qualquer definição é precoce. “Temos que chegar em 2026. A política tem sido muito dinâmica. Muita coisa está acontecendo em pouco tempo. Quem imaginava que o Sandro Mabel seria o nosso candidato e seria o prefeito eleito com o nosso time? Então, é preciso aguardar e ver os acontecimentos. Acho que a própria política nacional poderá ter muitas mudanças ao longo do tempo e, naturalmente, isso influencia também nas decisões e na montagem das chapas para 2026 aqui Goiás”, entende.

Já o PL, de Wilder Morais, tem ao menos um nome considerado favorito para a disputa ao Senado, do deputado federal Gustavo Gayer (PL). O vereador eleito em Goiânia, Major Vitor Hugo (PL), também é considerado, enquanto o ex-candidato em Goiânia Fred Rodrigues (PL) já é dado como certo na chapa de deputado federal.&nbsp;

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Partidos buscam estratégias para disputa em Goiás, de olho em 2026

O ex-presidente da República Jair Bolsonaro não economizou provocações contra o governador Ronaldo Caiado nesta campanha municipal. Em setembro, ele sugeriu que Caiado era um “governador covarde”. No final do primeiro turno, insinuou que o governador tinha se aproximado da esquerda. Para fechar o ciclo eleitoral, o ex-presidente passou o dia da eleição em Goiânia, depois de intensa participação na campanha de Fred Rodrigues (PL), e declarou que seria “mortal” às pretensões políticas de Caiado se ele perdesse na capital. O governador “não passou recibo” às provocações, para usar uma expressão de Iris Rezende. A vitória de Sandro Mabel (União) no domingo (27) possibilitou a Caiado rir por último, e rir melhor. Nas entrevistas que concedeu nesta semana à Rede CBN, à Folha de S.Paulo, ao jornal O POPULAR e à rádio CBN Goiânia, Caiado enfim desabafou. “Por que Bolsonaro veio aqui várias vezes, deselegante, agressivo comigo? (...) Foi uma atitude de querer me derrotar na minha capital. É um desrespeito à minha história.” E ainda: “Quem enche aeroporto eu não sei, agora quem ganha eleição e reeleição, eu sei: chama-se Ronaldo Caiado”, disse em resposta a Bolsonaro que perguntou, na terça-feira (29), quantas pessoas os demais direitistas juntam em um aeroporto para um bate-papo.Caiado repetiu várias vezes nesta semana que sua candidatura “é uma decisão tomada”. Para ele, a direita pode ter vários candidatos no primeiro turno e deixar para o segundo turno a aliança contra o candidato progressista. Os episódios da campanha eleitoral serviram, portanto, para ele se libertar e tocar seu projeto de ser presidenciável, sem medo de provocar Bolsonaro – que não suporta nem ouvir que ficará de fora da eleição de 2026, apesar de sua inelegibilidade. Se a derrota seria “mortal” às pretensões de Caiado, vencer o bolsonarismo em Goiânia e em Aparecida de Goiânia foi um energético, ainda mais depois de uma campanha acirrada, com virada bolsonarista no primeiro turno, e reviravolta caiadista no segundo turno. Foi esse político revigorado que participou da reunião entre os governadores e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quinta-feira (31), o primeiro palco político no qual o governador subiu no pós-eleição. O encontro foi para discutir a PEC da Segurança Pública, apresentada pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, para alterar os artigos 21, 22, 23 e 144 da Constituição Federal. Entre as ideias está a instituição de diretrizes da política nacional de segurança obrigatórias para os estados. Em discurso de mais de 15 minutos – eram 5 minutos por governador – Caiado atacou a PEC, alegando que ela tira prerrogativas dos estados e disse que “não tem a presença do crime em nenhum palmo de terra de Goiás”. O governador defendeu liberdade para cada estado aprovar suas leis penais e para o sistema prisional. Criminalistas reconhecidos como Pierpaolo Cruz Bottini, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, e Pedro Paulo Medeiros criticaram a esta colunista a proposta do governador. “Direito penal e processo penal são temas sensíveis, que tratam da liberdade do indivíduo. A maior ou menor intervenção do estado na liberdade deve ser analisada pelo Congresso Nacional, disse Pierpaolo, professor de Direito Penal da USP. “O governador fez uma participação de candidato, nós temos de respeitar. Ele é candidato e é melhor que seja ele do que Bolsonaro, mas juridicamente, em termos de legislação, essa prerrogativa dos Estados seria um desastre”, afirmou Kakay, advogado criminalista em Brasília. “Se der essa autonomia aos estados, com o tempo cada um seria uma federação pura com autonomia tamanha que logo começariam a pedir a independência”, argumentou Pedro Paulo Medeiros criminalista em Goiânia. “A possibilidade de cada estado legislar sobre a lei penal e lei de execução penal, causaria um caos no sistema judiciário. A meu ver, é um discurso eleitoreiro”, opina o criminalista Romero Ferraz Júnior.Independentemente do mérito, Caiado abraça um assunto para o enfrentamento do governo Lula, como fez com a PEC da reforma tributária. O pré-candidato voltou, agora com o troféu de vencedor do duelo eleitoral com Bolsonaro e com um projeto de segurança nas mãos. O governador percebeu que o ex-presidente não detém a hegemonia da direita e se antecipa na corrida por esse eleitorado.