Caio Henrique Salgado

Mesmo antes de os goianienses decidirem, nas urnas, quem serão os 37 vereadores a partir de 2025, atuais ocupantes de cadeiras na Câmara de Goiânia já debatem a próxima eleição da mesa diretora, que será realizada após a posse dos eleitos, em 1° de janeiro.

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O atual ocupante do posto, Romário Policarpo (PRD), está autorizado pela Justiça a disputar o quarto mandato consecutivo. Ele já se movimenta discretamente e tenta medir os tamanhos das próximas bancadas partidárias. Seu principal trunfo seria o fato de que “cumpriu todos os acordos”, mas outros vereadores tentam se viabilizar para a disputa.

São citados Sabrina Garcez (Republicanos), Lucas Kitão (UB), Henrique Alves e Igor Franco. O ex-deputado federal Lucas Vergílio, que não tem mandato mas disputa cadeira na Câmara, também está na lista. Os três últimos citados são do MDB, que projeta eleger a maior bancada. O presidente do partido na capital, Agenor Mariano, afirma que, se a meta for alcançada, vai trabalhar pela mesa. “O partido, sabendo que tem chance de fazer uma bancada expressiva, vai buscar como nunca a presidência da Câmara”, adianta.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/camara-de-goiania-tera-nova-suspens-o-das-sess-es-ordinarias-1.3173643" target="_blank">Câmara de Goiânia terá nova suspensão das sessões ordinárias</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/politica/tre-go-exclui-pp-de-coligac-o-e-vanderlan-devera-trocar-vice-1.3173652" target="_blank">TRE-GO exclui PP de coligação e Vanderlan deverá trocar vice</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/politica/fred-rodrigues-elege-mabel-como-alvo-e-ataca-e-centr-o-1.3173648" target="_blank">Fred Rodrigues elege Mabel como alvo e ataca: é 'centrão'</a></div>

<h2>Variável</h2>

É consenso na Câmara que a eleição da mesa também dependerá do próximo prefeito.

<h2>Termômetro</h2>

Começou a circular material de campanha conjunto de Romário Policarpo com Sandro Mabel. O presidente da Câmara também deve ser, em breve, anfitrião de evento ao lado do candidato do União Brasil.

<h2>Sei lá o que te dá</h2>

Ao proferir seu voto no julgamento que definiu que o PP não fica com Mabel nem com Vanderlan Cardoso (PSD), o presidente do TRE, Luiz Cláudio Veiga Braga, citou a canção “Se”, de Djavan, para definir o imbróglio. “Mais fácil aprender japonês em braile.”

<h2>Febre muito louca</h2>

O desembargador também fez referência a “Paixão”, da dupla gaúcha Kleiton &amp; Kledir, ao tratar dos desdobramentos da convenção pepista. “Depois do terceiro ou quarto copo, tudo que vier eu topo.”

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Flagra - Ultrapassagem proibida (e perigosa) na GO-020, entre Catalão e Santa Cruz de Goiás (Fábio Lima / O Popular)

<h2>Barrada no STF</h2>

O ministro Dias Toffoli anulou investigação contra o prefeito de Aparecida, Vilmar Mariano (UB), e seu antecessor, Gustavo Mendanha (MDB), por irregularidades na construção da sede da Câmara. O magistrado concluiu pela nulidade de provas e diligências obtidas sem autorização do TJGO. Por conta do foro privilegiado de Vilmar.

<h2>A vez de Aparecida</h2>

O jornal O POPULAR publica, no fim de semana, a segunda rodada da pesquisa DataUFG/O POPULAR sobre as eleições em Aparecida de Goiânia. O levantamento vai medir as intenções de voto dos candidatos a prefeito e a influência de figuras como Ronaldo Caiado e o ex-presidente Jair Bolsonaro na disputa.

<h2>Em primeira mão</h2>

A pesquisa DataUFG vai ser divulgada na superedição de fim de semana, mas estará disponível no site do POPULAR às 22 horas de sexta (13). Quem escanear o QR code abaixo e se cadastrar vai ter acesso aos números em primeira mão.

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QR Code Aparecida&nbsp;

<h2>Pergunta para:</h2>

Armando Vergílio 
Secretário de Relações Institucionais

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Armando Vergílio (Divulgação)

Como vê a PEC que libera a destinação de emendas pix para gastos com custeio?

O ministro Flávio Dino (do STF) deu decisão suspendendo as emendas pix. Um grupo de trabalho deve anunciar as novas regras e dá indicativo muito forte de que as emendas de transferência especial terão de servir a obras estruturantes. Essa regra que querem alterar é uma replicação da Constituição Federal. Acho que ela precisa ser avaliada do ponto de vista jurídico. Pode ser inconstitucional.

<h2>Arremate:</h2>

Literatura - Apresentação da Orquestra Sinfônica Jovem em homenagem ao escritor Miguel Jorge abre, na sexta (13), às 19 horas, no Teatro Sesc Centro, a programação do Circuito Literário Sesc. No domingo (15), às 16 horas, será realizado bate-papo literário com o escritor Itamar Vieira Júnior, autor de “Torto Arado” e vencedor do prêmio Jabuti. A programação segue até 21 de setembro.

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Vereadores já discutem eleição da mesa da Câmara e MDB reivindica presidência

Opinião

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Matéria - Coluna Giro

Giro

O governo estadual iniciou movimento na tentativa de ampliar parceria com a iniciativa privada para a execução de obras rodoviárias, com recursos do Fundo Estadual de Infraestrutura (Fundeinfra). 

O vice-governador Daniel Vilela (MDB) deve iniciar em breve série de visitas a tradings do agronegócio em busca de novos termos de regime especial, que possibilitam parcerias com entidades privadas para a realização de projetos e construção de rodovias com recursos da taxa do agro, sem licitação.&nbsp;O emedebista estará acompanhado do presidente Agência Goiana de Infraestrutura (Goinfra), Pedro Sales (UB).

A peregrinação virá na sequência de almoço que o governador Ronaldo Caiado (UB) realizou com grandes empresários do setor, na segunda-feira passada (24), para divulgar a modalidade já utilizada nas GOs 401 e 210. Existem tratativas para dois outros trechos, incluindo o anel viário de Rio Verde. Sales adianta à coluna que a meta é chegar a oito intervenções a partir desta modalidade até 2026.

Público-alvo

As entidades privadas que podem firmar termos de regime especial são aquelas que recolhem a taxa do agro. Entre elas, as que movimentam cifras suficientes para obras rodoviárias, comercializam grãos e estão, principalmente, localizadas no Sudoeste Goiano.

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Falando nela...

O deputado estadual Gustavo Sebba (PSDB) apresentou requerimento solicitando que Caiado revogue a taxa do agro, que forma a base de arrecadação do Fundeinfra.

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Carona

O tucano preparou o requerimento após o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), ensaiar implementação de taxa do agro e recuar diante das pressões de produtores.

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Fora

Os deputados estaduais Alessandro Moreira (PP), Clécio Alves (Republicanos), Major Araújo (PL) e Veter Martins (UB) comunicaram à Alego que viajarão ao exterior.

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Improviso - Frutas são expostas para venda em árvore que fica na Rua 1.122, no Setor Marista, em Goiânia. (Wildes Barbosa / O Popular)

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Destinos

Clécio, Araújo e Veter comunicaram que irão para Itália e Portugal entre os dias 27 de abril e 7 de maio. Participarão do evento Internacional Benchmarking Saneamento e Resíduos, que será realizado nos dois países. Alessandro, por sua vez, irá entre 9 e 24 de março, participar de “congresso e feira internacional”.

&nbsp;

Começou

O Supremo Tribunal Federal iniciou, na sexta (28), o julgamento virtual de ação direta de inconstitucionalidade (ADI) movida por Caiado contra lei estadual de 2006 que vincula o salário de funcionários da extinta Agetop (atual Goinfra), sem vínculos estatutários e pertencentes a um quadro transitório, aos de servidores efetivos.

&nbsp;

Direito adquirido

O ministro Cristiano Zanin votou pela procedência parcial da ADI, vedando reajustes automáticos futuros, mas preservando as remunerações atuais dos funcionários que foram beneficiados pela regra. Alexandre de Moraes acompanhou o relator.

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Pergunta para:

Gustavo Mendanha (MDB), ex-prefeito de Aparecida

<img attr-cid="policy:1.3236941" attr-version="policy:1.3236941:1740962773" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3236941/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Gustavo Mendanha, Prefeito de Aparecida de Goiânia. (Divulgação)

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Quais são seus planos para 2026?

Meu plano é ajudar o Leandro (Vilela, do MDB) e o Sandro (Mabel, do UB). Já tenho ajudado principalmente o Leandro por morar em Aparecida, mas vou passar a ajudar mais o Sandro em Goiânia. Tenho defendido a integração maior entre os municípios, seja por parcerias ou mutirões. Quero falar sobre isso com o governador e com Daniel. Sobre política vamos conversar em 2026.

Arremate:

Dia de Jackson - O convidado desta segunda-feira (3) do Jackson Abrão Entrevista é o deputado federal Rubens Otoni (PT). O programa tem transmissão ao vivo, a partir das 10 horas, pelo portal do POPULAR. O parlamentar falará, entre outros temas, de 2026, da queda de popularidade do presidente Lula (PT) e da pré-candidatura de Caiado a presidente da República.

Fraternidade -&nbsp;O deputado estadual Antônio Gomide (PT) realizará na próxima segunda (10), na Assembleia Legislativa a sessão solene da Campanha da Fraternidade. Estarão presentes o arcebispo de Goiânia, Dom João Justino, e bispos de todo o estado.

2025 - O tema da Campanha da Fraternidade neste ano é “Ecologia Integral”.

Fundeinfra: governo tenta ampliar parcerias com iniciativa privada

Desde o começo dos anos 2000, uma nova gestão no Paço Municipal se inicia com uma proposta para reformulação e <a href="https://opopular.com.br/economia/centro-de-goiania-ganha-atenc-o-com-novos-edificios-residenciais-1.3236411" target="_blank">revitalização da região Central de Goiânia</a> e nenhuma delas conseguiu reurbanizar a localidade e nem sequer finalizar o projeto definido. Neste tempo, foram seis gestões diferentes a frente da Prefeitura e a décima proposta deve ser feita neste ano, pela administração de Sandro Mabel (UB), que já retirou de tramitação o projeto Centraliza, que foi a proposta do antecessor, Rogério Cruz (SD), da Câmara Municipal, e prometeu reformular as ideias lá contidas. A gestão promete dar mais ênfase às novas propostas a partir deste mês de março, com estudos sobre como implantar as ideias do prefeito.

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Ainda na campanha eleitoral, Mabel informou sobre o interesse em modificar o Centraliza, o que fez até mesmo que a tramitação da proposta na Câmara Municipal ficasse parada. O projeto de lei foi restituído pelo Paço em fevereiro para ser reformulado. Na última semana, o secretário da Fazenda, Valdivino de Oliveira, afirmou em entrevista ao Programa Jackson Abrão, do POPULAR, que a principal obra que a nova gestão pretende fazer é “a remodelação de todo o Centro da cidade”. Oliveira informou ao POPULAR que a ideia é implantar uma parceria público-privada (PPP) para a “remodelação e renovação do centro”.

“O centro está um tanto quanto abandonado, sem atividade econômica, o que é preponderante, e nós queremos reviver o centro da cidade”, disse o secretário ao confirmar que o Centraliza será reformulado. A secretária de Governo, Sabrina Garcez, informou que o foco continua sendo os serviços mais urgentes para os 100 primeiros dias de mandato, mas que há grande preocupação com o Setor Central. “Ainda estamos começando as análises dos projetos, entre eles está o Centraliza. Os projetos que estão lá serão todos revisados”, diz. Um deles é a ocupação da sede do Jóquei Clube, que já vem sendo estudado desde a gestão anterior.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/economia/centro-de-goiania-ganha-atenc-o-com-novos-edificios-residenciais-1.3236411" target="_blank">Centro de Goiânia ganha atenção com novos edifícios residenciais</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/setor-central-foi-o-bairro-de-maior-valorizac-o-de-goiania-em-2024-1.3236425" target="_blank">Setor Central foi o bairro de maior valorização de Goiânia em 2024</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/prefeitura-quer-posse-de-imoveis-abandonados-1.3218960" target="_blank">Prefeitura quer posse de imóveis abandonados​</a></div>

A principal questão é como ter posse do edifício, que possui débitos fiscais com o município, a partir de uma negociação ou por penhora judicial. Na última semana, Mabel disse à TV Anhanguera que já determinou a adjudicação do imóvel, ou seja, a transferência do mesmo para o credor, no caso a Prefeitura. Porém, a proposta do atual prefeito para a ocupação é diferente do que se tem no Centraliza. No projeto da gestão passada, o imóvel seria ocupado pela secretaria municipal de esportes e por um projeto de parceria privada de gastronomia e comércios. Já Mabel pretende instalar um espaço para jogos on-line no local, além de lugares de cultura e lazer, também a partir de uma PPP.

A atual gestão tem o interesse de iniciar o processo da região Central pelo Jóquei e seguir pela Rua 3 e Avenida Goiás, em que se pretende revitalizar e incentivar a reforma das fachadas e do paisagismo da via. Em seguida, há a proposta de uma reforma no uso da Rua 8 (Rua do Lazer), com o incentivo para a instalação de restaurantes no local. Neste caso, a inspiração de Mabel é de vias da Europa, com a ideia de ter na via de pedestres do Centro uma série de cantinas italianas, com músicos tocando nas calçadas e um espaço aberto para exposições ao ar livre no período de seca. Há também um interesse de reformular a região da Rua 44 e Praça do Trabalhador, com a ideia de ocupar esta parte da região central de Goiânia também durante o período noturno.

O projeto da nova gestão passa por uma integração do Setor Central com o turismo da cidade, de modo a juntar o bairro com a região da 44 e até mesmo da Avenida Bernardo Sayão, em que poderia ser elaborado um city tour de compras nos locais em conjunto com os congressos realizados na cidade, fazendo com que os turistas de negócios conhecessem o Centro de Goiânia. Já o Centraliza, por exemplo, não incluía a região da Rua 44 nos seus projetos, mas sim a Estação Ferroviária, o Grande Hotel e o Bosque dos Buritis. No caso, foi feito um projeto de reformulação do Bosque pelo escritório de paisagismo carioca, Burle Marx.

A gestão de Rogério Cruz tinha o interesse de fazer do Bosque dos Buritis o grande ponto de encontro para o Setor Central da capital, com a inspiração no Central Park, de Nova Iorque (EUA). Havia uma proposta de fazer um espetáculo com água no lago principal da unidade de conservação, que seria um show para os visitantes e moradores locais. A gestão atual afirma que vai revisar todos os projetos contidos no Centraliza, mas não se fala mais sobre uma revitalização do Bosque dos Buritis. Também não é citado pela nova gestão a proposta de pedestrianização de parte da Avenida Anhanguera, que retiraria veículos particulares do trecho entre as avenidas Tocantins e Araguaia, ficando apenas para pedestres e transporte coletivo.

<h2>Incentivos</h2>

Outra mudança que deve ocorrer é com relação aos incentivos fiscais propostos no projeto que estava na Câmara. Há uma expectativa de que se tenha um incentivo para imóveis voltados a estudantes universitários, com a ideia de que eles possam povoar o Setor Central, pela facilidade de locomoção a partir do bairro e proximidade com a Praça Universitária, mas é algo ainda não definido. Para o presidente da Associação Comercial e Industrial do Centro de Goiânia (ACIC), Antônio Ferreira, o projeto Centraliza era uma boa proposta para o setor, de modo que se fossem colocados em prática os incentivos lá contidos, já seria bom para a classe empresarial do local. “Mas novos e mais incentivos sempre serão bem-vindos”, confirma o presidente.

O empresário ressalta acreditar que pelo prefeito ser empresário de profissão, além do cargo público, ele espera que se tenha maior entendimento sobre a situação dos lojistas no Setor Central. “Inúmeros restaurantes fecharam a porta aqui no Centro, o que mostra a situação do comércio na região. Se fecha restaurante é porque não tem público para vir mesmo”, conta Ferreira, que lembra que o trecho central da Anhanguera foi o que mais teve lojas fechadas em Goiânia em 2021, ao citar pesquisa feita pelo sindicato dos lojistas. “Aqui não tem lixeiras, não tem bancos, mas tem ambulantes e pessoas em situação de rua, que não tem lugar para fazer suas necessidades e fazem nas portas das lojas.”

<h3>“Falta olhar para o Centro como bairro”</h3>

A arquiteta e urbanista e professora da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), Maria Ester de Souza, explica que historicamente e sociologicamente, os centros das cidades são usados por governantes para deixar marcas, o que justifica a quantidade de projetos e propostas para reurbanização da região central de Goiânia nos últimos anos. “É um lugar do carimbo do prefeito e, ao mesmo tempo, o projeto do outro não me serve, mesmo que ele tenha sido feito por técnicos. Então, vai sempre remodelar, sempre querer colocar o seu jeito ou a sua cara”, diz. Porém, para ela, a justificativa para que nenhum projeto anterior se finalizasse é a falta de perceber que o Setor Central é um bairro, que deve ter sua característica preservada.

“Todas as propostas que fizeram e fazem é uma maquiagem, uma coisa surpreendente, mas não olha para as pessoas. É sempre um ‘cara limpa’, ‘fachada limpa’, ‘retrofit’, ‘revitalização’, mas nunca é sobre os moradores do Centro”, argumenta Maria Ester. O resultado são propostas que não caminham e um problema que se intensifica na região, cuja justificativa para uma nova proposta é sempre se tratar de um local que perde habitantes, comércios e se degrada ao longo do tempo. “Mas não se faz uma base em um indicador preciso, uma pesquisa de fato sobre quem mora lá. A gestão passada tentou com o fechamento das ruas para lazer, mas não tinha crianças lá para usar, não tinha público.”

Para a urbanista, projetos de revitalização de prédios específicos também não são suficientes para mudar a realidade do Setor Central, como são as propostas para a sede do Jóquei Clube ou Bosque dos Buritis. Casos como as reformas da Vila Cultural Cora Coralina, na Rua 3, e da própria Praça Cívica, não fizeram com que as movimentações aumentassem na região, por exemplo. “Temos uma cidade com vocação de serviços, mas os projetos não olham para isso. Só olham para as avenidas Goiás, Anhanguera e para a Rua 8. O que o Centro precisa é de estrutura para os que já estão lá, mas não tem suporte de nada.”

A falta de cumprimento dos projetos, além da vontade política das gestões, passa também pela falta de substância e engajamento da população local e dos comerciantes, em que muitas vezes as propostas surgem de fora da região e até mesmo da gestão. “Muitas vezes essas ideias de PPP, de Operação Consorciada, são de pessoas de fora, que pensam no investimento e o rendimento que vão ter, e aparecem dentro da gestão como uma solução, sem pensar na população mesmo”, explica Maria Ester. Ela lembra que as propostas para o Centro também costumam apresentar ideia sobre o que imaginam que o bairro deveria ser, sem pensar nas características locais.

“A gente escuta sobre levar pessoas para morar lá, que seria um segmento ou outro. Mas o que o Centro precisa, e deve ser, é um bairro, essa é a característica dele, de diversidade. Tem de ter idoso, criança, famílias, estudantes, tem de ter tudo lá, sempre foi assim”, conta. Esse é o problema, por exemplo, de incentivos fiscais para que as construtoras invistam na região, já que procuram a demolição de casas para a implantação de torres de alto padrão, o que dificulta a diversidade, muda a característica do bairro. “E as construtoras surgem como se fossem a solução, mas não é bem assim.”

<h3>Região possui interesses diversos a partir de cada localidade e uso</h3>

Um dos problemas citado pela arquiteta e urbanista Maria Ester de Sousa que dificultam a execução dos projetos para a região Central de Goiânia é a quantidade de interesses no bairro, que mesmo sem ser tão extenso, possui diversas “regiões” com características diferentes, como aqueles que ficam mais próximos do Setor Oeste e os outros mais perto da Praça Cívica e outros da Avenida Anhanguera ou mesmo da Avenida Independência. “Lá tem duas associações de moradores diferentes, em que uma tem como principal foco a retirada do Mercado da Avenida Paranaíba, pelos eventos que tem lá e barulho. Já a outra vê como principal problema a retirada dos moradores de rua. Então é sempre difícil o diálogo por lá também, definir quais as prioridades”, explica.

Além dos moradores, há ainda uma forte presença do comércio, sobretudo nas principais avenidas, que também buscam interesses próprios, como a retirada dos vendedores ambulantes das vias, maior incentivo fiscal ou a melhoria da política de estacionamento no local. O presidente da associação dos empresários locais, Antônio Ferreira, conta ainda que a nova gestão municipal não se reuniu com a categoria para discutir possíveis mudanças no projeto Centraliza ou mesmo a formulação de um novo projeto. “Ficou marcado para março agora uma conversa com a gestão. O Centraliza é bom, mas tem podemos acrescentar e ouvir o que a gestão pretende.”

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Revitalização do Centro de Goiânia tem 10 projetos em 25 anos

Cidades

Cidades - título

Matéria - Cidades

Urbanismo

O governador Ronaldo Caiado decidiu indicar Bruno Magalhães D’Abadia para a presidência do Serviço de Assistência Social à Saúde dos Servidores Públicos e Militares do Estado de Goiás (Ipasgo Saúde). Executivo de regulação e relações institucionais, Bruno foi secretário estadual de Administração no primeiro mandato do governador, participou da equipe de transição do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e hoje atua como consultor junto ao Banco Mundial.

A coluna apurou que ainda não há data certa para o retorno do ex-auxiliar de Caiado a Goiás. Até lá, o diretor de Gestão Corporativa do órgão, Paulo Rogério Bragatto Battiston, acumulará seu cargo com a presidência do órgão, na condição de interino. Conforme mostrado na versão digital desta coluna, o ex-prefeito de Jataí Vinícius Luz foi demitido nesta sexta (28), em contexto de crise no Ipasgo, que recentemente deixou de ser autarquia e passou a ser um serviço social autônomo (SSA).

Na semana passada, enquanto Caiado estava na Índia, profissionais filiados ao Sindicato dos Médicos do Estado de Goiás (Simego) anunciaram paralisação do atendimento pelo plano de saúde por 48 horas.

Chegada

A exoneração de Vinícius Luz era esperada ao menos desde a segunda-feira (24), quando Caiado realizou os primeiros despachos após a viagem à Índia.

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Turbulência

Alguns integrantes do governo ouvidos pela coluna apontam que o agora ex-auxiliar teve o azar de estar no cargo durante a transição entre sistemas no Ipasgo. É a mesma justificativa que o órgão dá para a crise.

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Movimento

Bruno D’Abadia esteve, na quinta-feira (27), na Assembleia dos Governadores do Consórcio Brasil Central, em Brasília. O evento marcou a posse de Caiado para novo mandato de um ano à frente do BrC.

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58 dias depois

O envio do primeiro projeto assinado pelo prefeito Sandro Mabel (UB) à Câmara de Goiânia foi visto pelos vereadores como um teste. O POPULAR mostrou ontem que a proposta visa prorrogar o prazo do Refis.

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Útil e agradável

O projeto tem é, claro, o objetivo de prorrogar para até 21 de março o prazo que se encerrou nesta sexta (28). No entanto, a leitura na Câmara é a de que, inclusive pela ausência de polêmica, a proposta servirá para o Paço Municipal sentir o comportamento da base, que está em formação, e medir as insatisfações com a postura de Mabel.

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Economia

A Goiás Turismo abriu edital de chamamento público, no valor de R$ 2 milhões, voltado para patrocínio de eventos privados ao longo de 2025. O apoio será destinado a eventos geradores de fluxo turístico. Serão contemplados projetos de áreas como Gastronomia, Turismo de Aventura e Natureza e Diversidade e Inclusão.

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Detalhes

O valor máximo do patrocínio oferecido pela Goiás Turismo, por evento, será de R$ 200 mil. As inscrições podem ser feitas até o dia 14 de março e a publicação do resultado final está prevista para 4 de abril.

Pergunta para:

Gustavo Sebba

Presidente do PSDB em Goiás

Como vê a queda de Marconi Perillo na pesquisa Quaest sobre a disputa pelo Palácio das Esmeraldas?

O Marconi em momento algum se definiu como pré-candidato ao governo, diferentemente do Daniel. Ele já é candidato, inclusive pressionando prefeitos a se filiarem a partidos da base do governo. O Marconi tem um nome muito forte e na hora que ele realmente tomar a decisão de ser candidato não tenho dúvidas de que ele vai sair na frente. 

Arremate:

A jato - O vereador Luan Alves (MDB) apresentou projeto de lei que determinará o prazo máximo de 12 horas para que a Prefeitura de Goiânia, por meio do órgão competente, receba e protocole requerimentos de abertura de processo de autorização ambiental para eventos com público inferior a 500 pessoas. Segundo ele, uma semana para a abertura de processo do tipo é “inadmissível”.

Exportações -&nbsp;A Apex-Brasil vai oferecer, em parceria com a Secretaria Estadual de Indústria e Comércio (SIC) e a Fapeg, o Programa de Qualificação para a Exportação (PEIEX). A meta é atender 150 empresas, com investimentos de aproximadamente R$ 2 milhões. O projeto é gratuito e, segundo a SIC, as inscrições serão abertas em breve.

Caiado escolhe ex-auxiliar para presidência do Ipasgo

Os vídeos do prefeito Sandro Mabel (UB), divulgados em suas redes sociais, em que ele bate-boca com lavadores de carros na Praça Tamandaré, com um comerciante e com um caminhoneiro vendedor de frutas por conta do descarte irregular de lixo, e o vazamento de outro vídeo em que ele discute com um servidor da saúde no Cais Novo Mundo, repercutiram negativamente nas próprias redes do prefeito e na Câmara de Goiânia. A percepção do estilo empresário de Mabel, acostumado a mandar em suas empresas, em vez do perfil de um líder político, que ouve e faz a mediação de conflitos, deu vazão aos incômodos que já rondavam o Legislativo.

Durante o mandato de Rogério Cruz houve uma exorbitância indevida da Câmara sobre as competências do Executivo. A casa perdeu poder político na atual gestão. E isso é positivo, afinal os “prefeitinhos” ajudaram a piorar a gestão de Rogério. Mabel não convocou o Legislativo no recesso parlamentar, como aventou antes da posse, regulamentou por decreto (publicado nesta quarta-feira, 26) a aquisição de vagas em escolas particulares para reduzir o déficit nos CMEIs; e criou um plano de reestruturação da Comurg, com previsão de repasse de R$ 190 milhões do Tesouro à empresa sem passar pela Câmara. Essa foi a ação que mais impactou os vereadores.

O incômodo era manifestado publicamente por poucos parlamentares, só por aqueles que mais concentraram poder na Comurg no passado e que agora ficaram no vácuo. Contudo, na sessão de quarta-feira, o grito de descontentamento ecoou nos discursos de vários deles, além da bolha inicial. Ironicamente, quem usurpou poder, sente, neste momento, apropriação indevida de suas funções, com a exclusão do Legislativo das principais decisões administrativas. No caso da Comurg, a prefeitura negocia diretamente com o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) a elaboração de um termo de ajustamento de gestão (TAG), que pretende apresentar também ao Ministério Público, para aplicação dos R$ 190 milhões na Comurg.

A mesa diretora da Câmara passou a semana quebrando cabeça sobre como entrar no processo da Comurg. Assessores legislativos admitem que o prefeito pode fazer o aporte financeiro à empresa sem passar pela Câmara. Só que dizem não haver rubrica na Lei Orçamentária Anual (LOA) para destinar recursos à empresa, além dos pagamentos previstos em contratos pela prestação de serviço da limpeza urbana. Sem rubricas orçamentárias, dizem que a prefeitura terá de recorrer à Câmara, seja para pedir a suplementação por meio de projeto de lei complementar, que exige quórum qualificado, ou para pedir crédito especial à Comurg, este por projeto de lei ordinária, com quórum simples.

As tratativas da prefeitura com o TCM avançaram pouco e nem começaram com o Ministério Público, onde o projeto tende a enfrentar mais resistência. Com isso os vereadores ganharam tempo. E, claro, vão querer bem mais do que ouvir a apresentação do prefeito do plano de recuperação, prevista para a próxima semana. Vão querer participar da definição deste plano. Isso exigirá de Mabel a habilidade de negociar e conciliar ao mesmo tempo em que impede que vereadores atravessem a fronteira que separa as competências de cada poder, preservando suas prerrogativas de prefeito.

Caiado 2026

A divulgação da pesquisa Quaest, quinta-feira (27), e o fogo amigo contra o lançamento da candidatura de Ronaldo Caiado à Presidência da República, em 4 de abril, em Salvador (BA), revelam dois desafios para a consolidação do projeto eleitoral do governador. De acordo com a Quaest, à exceção de Goiás, Caiado é desconhecido por mais de 60% dos eleitores dos oito estados pesquisados (SP, MG, RS, PR, BA, PE, RJ e GO). Além do desconhecimento, o governador enfrenta a oposição de bolsonaristas, que querem deter o monopólio da direita, e de companheiros do União Brasil. A largada de sua campanha, em abril, visa romper seu anonimato, mas ele terá de enfrentar a oposição no UB e os bolsonaristas. Em outras palavras, passar nas prévias da direita.