Jordana Araújo

Atualmente com tantas informações sobre saúde e divergências entre os próprios profissionais da área fica muito difícil para o público leigo saber qual caminho seguir e não ser enganado ou pôr em risco sua saúde. A coluna desta quarta-feira tem o intuito de te dar um norte e buscar informações confiáveis.

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Dica 1: Não acredite em pessoas e propagandas que dizem que um alimento ou chás ou “receitinhas” específicos podem “curar” uma doença crônica. Como o próprio nome já diz é uma doença crônica e não tem cura, mas sim controle, que pode ser realizado por meio da alimentação saudável como um todo (e não um alimento em específico) e, em vários casos, a medicação é essencial e indispensável. Em algumas indicações, a alimentação e um estilo de vida saudáveis podem ajudar a diminuir a dosagem ou a quantidade de medicação que se toma, mas isso deve ser orientado por um profissional capacitado.

Dica 2: Desconfie de pessoas ou profissionais que “demonizam” determinadas frutas ou outros alimentos que são a base de uma alimentação saudável. A não ser que você tenha alguma intolerância, alergia ou outro problema específico, proibir a ingestão desses alimentos é o caminho contrário para se obter saúde.

Dica 3: Cuidado, nem tudo que é natural faz bem. Os produtos naturais estão muito na moda. Alguns podem até funcionar, mas grande parte ou não cumprem o que prometem ou podem ser prejudiciais à saúde, principalmente aqueles vendidos em cápsulas, pois, no geral, contém substâncias naturais concentradas, que, em excesso, podem provocar efeitos colaterais leves a graves. Além disso, eles também podem interagir com medicações e reduzir os efeitos das mesmas. Não acredite somente na informação do vendedor, procure um profissional para te orientar.

Dica 4: Cuidado com produtos de saúde indicados nas redes sociais, pois na maioria das vezes, o intuito principal é o lucro, e muito que é exposto ali pode ser uma “realidade maquiada”.

Dica 5: Suplementos de vitaminas e minerais nunca substituem uma alimentação saudável, pois os alimentos possuem diversos outros benefícios que esses produtos não proporcionam. A utilização dos mesmos pode ser válida, mas somente em casos específicos, mas nunca no intuito de substituir uma alimentação saudável.

Dica 6: Fique atento com as propagandas nas redes sociais. Com o avanço da inteligência artificial, é possível criar propagandas enganosas, incluindo depoimentos falsos e produtos milagrosos com resultados forjados.

Dica 7: Quem muito promete, pouco cumpre. Cuidado com produtos que prometem resolver todos os seus problemas de saúde, no geral eles não cumprem nada que prometem ou não são eficientes para quase nada.

Dica 8: Número de seguidores nem sempre significa competência. Hoje tudo pode ser manipulado nas redes sociais. Além disso, ter muitos relatos de casos que deram certo como a única prova que algo funciona não deve ser o único parâmetro para indicar credibilidade por vários motivos e um deles é que os casos que deram errado não terão seus relatos expostos. Fora que hoje em dia pode-se comprar tudo, inclusive depoimentos. Portanto, a ciência deve ser sempre ser a base desse profissional.

Dica 9: Não é porque tem estudo científico sobre o assunto que aquilo é uma verdade, pois existem muitos estudos mal conduzidos que não devem ser base para orientações de saúde.

Dicas para não ser enganado em 2025

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Saúde à mesa

Quando falamos de criar hábitos saudáveis, muitas pessoas iniciam pelo caminho mais difícil ou querendo mudar radicalmente ou realizando exclusões desnecessárias. Além disso, muitas medidas tomadas podem inclusive levar a piora da saúde. Por isso, na coluna desta quarta-feira (15), vou falar de algumas mudanças que, normalmente, são feitas por muitos, mas que você não precisa fazer para ser mais saudável.

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1- Excluir glúten e lactose sem necessidade. Se você não tem nenhuma intolerância, alergia, sensibilidade alimentar ou outra doença relacionada que necessite a exclusão ou controle das quantidades desses nutrientes, eles não farão mal e nem causarão inflamação como muitos alegam. Além disso, você economiza, tendo em vista que as versões gluten free e zero lactose costumam ser mais caras.

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2- Retirar carboidratos da sua alimentação. Definitivamente os carboidratos não são vilões e, além disso, são as principais fontes de energia para o nosso corpo. Claro, evitar fontes ricas em açúcares de mesa e outras versões é importante, mas alimentos como arroz, batata, macarrão, pão podem perfeitamente fazer parte de uma alimentação saudável, desde que consumidos de maneira equilibrada e realizando combinações inteligentes.

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3- Consumir alimentos fits, diets, lights para emagrecer. É importante deixar claro que você pode consumir as versões tradicionais dos alimentos desde que estejam nas quantidades ideais para sua saúde e objetivos. Usar as versões light de forma estratégica pode ser interessante, mas não é fundamental. Cuidado com produtos fit, pois eles podem conter mais calorias que suas versões tradicionais.

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4- Fazer jejum. O jejum pode ter seus benefícios em relação à saúde e emagrecimento desde que feito com acompanhamento de um profissional, mas ele não é o único caminho para isso, existem diversas outras maneiras para atingir os mesmos benefícios. Além disso, o jejum não funciona para todo mundo, pois depende do estilo de vida de cada um. E, para alguns, pode não ser uma boa estratégia.

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5- Praticar a privação de alimentos sem um motivo clínico para isso. A privação é quando você exclui determinados alimentos por acreditar que fazem mal, engordam ou por outros motivos. Muitas vezes, essa ação pode aumentar o valor de recompensa daquele alimento no cérebro, fazendo com que a vontade de o consumir seja ainda maior, o que pode favorecer o descontrole ao ter acesso a ele. É importante deixar claro aqui que a privação é diferente da restrição. A restrição está relacionada a diminuir quantidade, acesso e estabelecer momentos ideais para o consumo, o que pode ser uma ótima estratégia para ter um consumo mais controlado.

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6 -Realizar exercícios em excesso. Praticar exercícios em excesso sem uma orientação profissional pode causar lesões. Além disso, muitas pessoas acabam exagerando nos exercícios para compensar hábitos de alimentação ruins e isso não vai funcionar. O corpo precisa de se exercitar e se alimentar de maneiras adequadas. Escolher apenas um deles não é o caminho para se ter saúde.

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7- Consumir um monte de cápsulas e suplementos sem necessidade. Claro que é muito mais fácil tomar cápsulas do que melhorar e organizar a alimentação, mas essa não é uma decisão inteligente. Muitos suplementos são desnecessários ou não funcionam como prometem. Além disso, você acaba jogando seu dinheiro fora. Invista em profissionais que usam a ciência como base da sua prática clínica.

O que você não precisa fazer para ser mais saudável em 2025

Magazine

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O ano-novo está chegando e não é incomum que as pessoas iniciem o ano com uma lista de metas para ter uma vida mais saudável, mas chegam ao final do ano sem cumprir metade delas. Você é uma dessas pessoas? Se sua resposta é sim, o tema da coluna de hoje é para você. Portanto, separe um papel e uma caneta e vamos juntos nessa. Todos sabemos que mudar hábitos não é algo fácil, mas é possível, e uma das técnicas que pode ajudá-lo(a) é a ferramenta Smart (do inglês “esperto”). Já ouviu falar? Trata-se de um acrônimo, no qual cada letra se refere a um pilar fundamental na hora de traçar e realizar seus objetivos. Pode ser utilizada em várias áreas da vida, inclusive para melhorar a saúde. A letra “S” corresponde a “específica”, ou seja, na hora de definir as metas você precisa ser menos generalista e mais exato e detalhista. Vou usar o exemplo de quem quer está em processo de emagrecimento. Exemplo: ao invés de você pensar apenas “quero perder peso”, defina motivos específicos como “quero perder peso para melhorar minha disposição”. A letra “M” corresponde a “mensurável”. Nesse tópico vai quantificar, definir valores. Exemplos: “Quero perder 5 kg de gordura, mantendo o máximo de massa muscular ”ou “quero parar de vestir calça 48 e passar a vestir 40” ou “ quero que meu LDL caia de 200mg/dL para 130mg/dL. Isso te ajudará a ter um foco maior. A letra “A” corresponde a “atingível”. Muitas pessoas querem perder muito peso e muito rápido. Por exemplo, “quero perder 10 kg em um mês” e se isso não acontecer (o que é bem provável) pode provocar frustrações e fazer com que se desista do processo. Por isso é importante que se busque metas realistas considerando o estilo de vida e as condições atuais. Exemplo: se você não faz nenhuma atividade física ou tem pouco tempo para realizá-las, como vai perder tanto peso em pouco tempo? Minha sugestão é: defina metas menores e mais fáceis de serem cumpridas, pois isso vai reforçar sua sensação de autocapacidade e eficácia, o que te impulsionará a continuar. A cada meta atingida, implemente novas metas. A letra “R” corresponde à palavra “relevante”. Nesse momento você vai colocar os porquês relevantes que te fizeram buscar essa meta. Exemplo: “Quero emagrecer porque eu vou me sentir melhor com meu corpo, vou conseguir acompanhar e cuidar melhor dos meus filhos, vou dormir melhor, vou reverter um quadro de pré-diabetes...” Seja o mais sincero e detalhista possível. Emagrecer apenas para atingir um número na balança pode não ser um motivo tão importante assim. Por fim, a letra “T” corresponde à palavra “temporal” . Nesse tópico você vai estabelecer metas de tempo realistas para realizar cada meta. Exemplo: “Quero perder 2 kg até o mês que vem”. Estabelecer prazos te ajuda a focar mais. Você pode inclusive incluir nesse tópico metas de organização que te ajudarão a passar pelo processo. Exemplo: “Vou me inscrever na academia até no máximo segunda-feira da semana que vem”. Lembre-se sempre de revisitar e atualizar cada tópico sempre que necessário.

Técnica Smart para realizar metas

O Natal está chegando, e para quem está em processo de mudança de estilo de vida pode ser um momento desafiador. As dicas de hoje são para aquelas pessoas que desejam ter um Natal equilibrado e estão buscando uma <a href="https://opopular.com.br/opiniao/confraternizac-es-com-equilibrio-1.3201212" target="_blank">reeducação alimentar</a> ou até mesmo desejam não ganhar peso, o que é comum ocorrer nessa fase do ano. É importante deixar claro que você não engorda do dia para noite. No máximo, retém líquidos, o que pode aumentar o peso na balança. O problema é que muitas pessoas acabam “enfiando o pé na jaca” durante vários dias seguidos até a <a href="https://opopular.com.br/opiniao/prepare-seu-corpo-para-o-ano-que-vem-1.3206288" target="_blank">virada do ano</a>, o que pode refletir em ganho de gordura. Portanto, seguem algumas dicas.

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Dica 1: alimente-se bem ao longo do dia todo. No geral, as ceias acontecem muito tarde e esperar para comer somente nesse horário pode provocar exageros, já que estará com muita fome. Sugiro não economizar calorias ao longo do dia, mas sim se alimentar de maneira saudável e que provoque saciedade, pois isso vai te ajudar a ter um controle maior. Outra dica é fazer um lanche ou um jantar leve algumas horas antes. Dessa forma, poderá aproveitar a ceia com prazer, sem desconfortos.

Dica 2: não fique petiscando com as mãos. Se tiver muitos petiscos à disposição, sirva em um prato o que for comer e se limite às quantidades que colocou ali.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/opiniao/dieta-da-longevidade-1.3208870" target="_blank">Dieta da longevidade</a> 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/prepare-seu-corpo-para-o-ano-que-vem-1.3206288" target="_blank">Prepare seu corpo para o ano que vem</a> 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/confraternizac-es-com-equilibrio-1.3201212" target="_blank">Confraternizações com equilíbrio</a></div>

Dica 3: se for beber, beba com moderação. Prefira a bebida que tende a consumir em menor quantidade.

Dica 4: hidrate-se tanto ao longo do dia e durante a ceia para prevenir ao máximo os sintomas de ressaca.

Dica 5: não ignore a salada e as frutas que normalmente ficam disponíveis. Monte um pratão com salada, só não exagere nos molhos e adicione frutas. Isso já vai te ajudar bastante na saciedade.

Dica 6: avalie antes o que tem disponível para comer e adicione no prato somente aquilo que realmente gosta e vale a pena na sua visão.

Dica 7: evite forçar comer algo que não gosta só porque alguém especial preparou. Normalmente ninguém vai reparar se você comeu ou não. Se a pessoa te questionar, você pode dizer que vai comer mais tarde e aguarde que ela nem vai se lembrar. Por fim, se ela insistir, você diz que já está satisfeito e leva um pouco para casa e doa pra alguém que possa gostar.

Dica 8: evite repetir a sobremesa. Coma, beba um copo de água e saia de perto para não ficar com mais vontade. Inclusive vale a pena avaliar se você realmente precisa comer a sobremesa, principalmente se for algo que você tem acesso o ano todo e não é uma novidade ou algo que só se come no Natal.

Dica 9: tire o foco da comida e vá interagir com as pessoas pra se distrair.

Dica 10: evite emendar as comilanças do Natal até o ano-novo. Muitas pessoas acabam chutando o balde a semana toda até a virada do ano. Se você é uma delas, está na hora de começar a refletir sobre isso. Como seu corpo fica esses dias? Você fica disposto? Tem sintomas de azia, refluxo, dor de cabeça, inchaço? Será que vale a pena exagerar por tantos dias seguidos? Será que sua visão de aproveitar e ter prazer não está distorcida? Lembre-se que você pode comer de tudo, mas nem tudo convém, e principalmente, não há necessidade de exageros.

Dicas para ter um Natal equilibrado

Será que existe uma dieta que te faz viver mais? A resposta é que há pesquisas que estudam populações que têm uma expectativa de vida alta e que visam analisar a alimentação e o que há em comum entre essas populações que podem resultar em uma vida mais longa. Há também alguns estudos que foram realizados em camundongos, mas podem sugerir um possível efeito semelhante em humanos.

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Antes de começar a me aprofundar nesse assunto é importante deixar claro que o termo “dieta” se refere a um modo de vida, basicamente um padrão alimentar. O que foi observado até agora é que uma dieta rica em calorias, alto teor de açúcar, amido, gordura saturada, proteínas em excesso e também a presença da obesidade são o caminho contrário para uma vida mais longa, pois tudo isso vai ativar vias metabólicas no corpo que favorecem o processo de envelhecimento. Quando se trata de longevidade, foi observado que a limitação da ingestão de calorias, ou seja, manter um leve déficit calórico e ingestão, principalmente, de grãos integrais, leguminosas, frutas, verduras, legumes e oleaginosas, além da redução do consumo de proteína animal, parecem favorecer uma maior expectativa de vida.

Uma metanálise (conjunto de diversos estudos) demonstrou que o baixo consumo de carboidratos e uma alta quantidade de proteína animal e gorduras saturadas em uma dieta estavam associados a um aumento da mortalidade. Portanto, nesses casos, não adianta apenas reduzir o consumo de carboidratos, é necessário também observar a qualidade e a proporção dos outros nutrientes que estão presentes na alimentação. Em contrapartida, uma dieta muito rica em carboidrato pode aumentar esse risco, mas isso se deve principalmente a um maior consumo de carboidratos refinados, como farinhas brancas.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/opiniao/prepare-seu-corpo-para-o-ano-que-vem-1.3206288" target="_blank">Prepare seu corpo para o ano que vem</a> 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/confraternizac-es-com-equilibrio-1.3201212" target="_blank">Confraternizações com equilíbrio</a> 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/mude-habitos-ate-o-final-do-ano-1.3198518" target="_blank">Mude hábitos até o final do ano</a></div>

O aumento do consumo proteico é muito presente nas orientações nutricionais dos profissionais devido a alguns benefícios que ele pode trazer, como maior saciedade e o fato de ser importante na construção muscular, pois músculos são também um preditor de saúde. Então, como conciliar o ganho de massa muscular e longevidade já que o excesso proteico é um problema? Deve-se buscar uma alternativa para amenizar os possíveis efeitos deletérios do consumo alto desse nutriente e ainda assim manter seus benefícios.

Uma sugestão é reduzir o consumo de carne vermelha e carnes processadas, dando espaço para peixes e lácteos, como os iogurtes naturais. Outra indicação é garantir que parte desse consumo venha de fontes de proteínas vegetais que são alimentos ricos em fitoquímicos e fibras e criam benefícios à saúde. Exemplos de proteínas vegetais são os variados tipos de feijões, grão-de-bico, soja, lentilha. E, por fim, não fique um tempo muito longo em uma dieta para o ganho muscular (bulking). Alterne com fases de manutenção na qual a proteína pode estar mais baixa. Você não precisa exagerar demais no consumo para ter bons resultados.

Vale ressaltar que um estudo demonstrou que a ingestão um pouco mais alta de proteína em idosos acima de 65 anos foi associada a benefícios, pois o consumo proteico previne e perda de peso e desnutrição que é muito comum nessa população. Portanto, as orientações devem ser ajustadas a cada fase da vida. Para isso, procure um nutricionista. Lembrando que essas orientações nutricionais são uma indicação, mas não são suficientes para definir se você vai viver mais ou menos. O ambiente e o estilo de vida também vão influenciar como sono, nível de estresse, nível de atividade física, consumo de bebidas alcoólicas, tabagismo, além de outros fatores individuais.