Já chamada de “a nova corrida do ouro”, a mineração de terras raras deixa Goiás em posição estrategicamente relevante no cenário nacional e mundial. Elementos essenciais para a fabricação de magnetos usados em veículos elétricos e turbinas eólicas, as reservas de terras raras são vistas como tesouro para a transição energética limpa e redução do uso de combustíveis fósseis. Em um contexto de mudanças climáticas e eventos extremos que afetam drasticamente todo o mundo, tais minérios ganham ainda maior importância. Reportagem veiculada na edição desta quarta-feira (16) revela que o Japão quer investir em Goiás, um dos estados brasileiros mais avançados na exploração de terras raras, junto com Minas Gerais. A intenção do governo japonês é reduzir a dependência da China. Abre-se, portanto, uma janela de oportunidade promissora, do ponto de vista econômico, tecnológico e ambiental. Investir em energia limpa tornou-se um requisito para a sobrevivência, e o subsolo goiano pode ser protagonista nesse processo de redução das emissões de gases. Estimular parcerias, atrair acordos que sejam favoráveis ao estado e criar formas de cooperação são cruciais neste momento.