No início dos anos 2000, o então prefeito de Goiânia, Pedro Wilson (PT), deslocou vendedores ambulantes que trabalhavam no Centro da capital para o Mercado Aberto, na Avenida Paranaíba. O êxito foi provisório. Dezenas de barracas foram retiradas das avenidas Goiás e Anhanguera. Mais de 20 anos depois, o número de camelôs, como são conhecidos, se multiplicou e eles voltaram a ocupar as avenidas centrais. Muitos foram atraídos pelo intenso movimento na Região da 44, polo de moda da capital. Porém, a convivência dos informais com galerias, shoppings e lojas não é harmoniosa. Comerciantes estabelecidos reclamam da concorrência desleal, pois têm o custo de operação mais alto. Representantes dos lojistas cobraram do prefeito Sandro Mabel (UB) soluções para a situação. Foi apresentado um leque de opções, como desconto no aluguel dentro de galerias ou acolhimento dos ambulantes nas feiras Hippie e da Madrugada, que funcionam na região. A Prefeitura terá de ter habilidade para lidar com a questão. A reivindicação dos empresários é legítima, mas existe um grave problema social que empurra milhares à informalidade, e isso tem de ser levado em conta.