Não foi preciso um período extenso para que ficasse claro, mais uma vez, a fragilidade da infraestrutura de Goiânia para suportar as chuvas torrenciais comuns deste período do ano. Com os costumeiros alagamentos, a Marginal Botafogo teve de ser interditada no início da semana. Em vários bairros foram relatadas inundações, com casas invadidas pela lama. As cenas de enxurrada arrastando motocicletas e pedestres voltaram a se repetir. Os estragos comprovaram que as intervenções realizadas pela Prefeitura ao longo do ano não foram suficientes para, ao menos, amenizar o problema — mesmo dando um desconto para o volume de chuva, que foi muito alto. Fica evidente, ainda, que obras pontuais são importantes, mas insuficientes. Nesta terça-feira (29), a Prefeitura deu um passo adiante. Com participação da Defesa Civil e em parceria com o Ministério das Cidades, foi dado início aos estudos do Plano Municipal de Redução de Riscos, que deve estar pronto em 2026. Ele se soma ao Plano de Diretor de Drenagem, em fase de conclusão pela Universidade Federal de Goiás (UFG). É o tipo de iniciativa que deveria ter sido tomada há anos, mas antes tarde do que nunca.