Reconhecida pela sua arborização, Goiânia vive um dilema entre a preservação de suas árvores e o risco que elas podem representar. Neste ano, mais de 1 mil exemplares e 500 galhos caíram durante as chuvas típicas do período. Alguns fatores contribuem para que o volume de quedas se agrave. Há muitos espécimes antigos, no final da vida útil, e outros inadequados tanto para o bioma quanto para plantio nas cidades. A Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) calcula que há cerca de 950 mil árvores na capital. As mais comuns são a monguba, a sibipiruna, a guariroba e a ficus-benjamina. Tal variedade contribui para o sombreamento, atua como barreira para a poluição sonora e ajuda a melhorar a qualidade do ar. Por outro lado, os transtornos são recorrentes. Além das quedas, em muitos casos há danos às calçadas e rede elétrica. Para diminuir as chances de problemas mais graves, a Prefeitura iniciou o mapeamento e a retirada de exemplares com iminente risco de queda. A iniciativa é positiva, mas é preciso que seja perene e criteriosa, de forma que a extirpação não comprometa a proporção da arborização hoje existente, mais que nunca indispensável para a qualidade de vida.