Reportagem nesta edição traduz em números o que os goianos vêm sofrendo na pele há anos. A deficiência no sistema de energia elétrica no estado pode ser claramente identificado no mapeamento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que apontou quedas de energia com duração acima do limite em 91% das áreas em Goiás. Do mesmo modo, o indicador que registra frequência de interrupções do serviço foi também preocupante: 80% dos conjuntos elétricos desrespeitaram o máximo tolerado pela Aneel. Tais números representam na prática graves impactos para consumidores, prejuízos domésticos, e um entrave para o desenvolvimento econômico, na medida que a rede acaba se tornando insegura para indústrias e empresas em geral, que ficam impedidas de expandir a produção por causa da fragilidade do serviço. É fato que o sistema está degradado, com redes antigas e defasadas. Nesse contexto, investimentos intensos e contínuos são necessários. Há muito trabalho a fazer para Goiás atingir patamares aceitáveis de qualidade, e por isso é preciso agilidade e muito planejamento. A economia do estado e seus cidadãos não podem continuar sendo punidos por erros cometidos ao longo da história. Já são décadas de deficiência, com consequências lamentáveis, que não podem mais perdurar.