A Prefeitura de Goiânia e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) entraram em uma queda de braço em torno do aterro sanitário da capital — e não há como afirmar que haverá um vencedor.O Paço Municipal e o órgão estadual travam uma disputa pública pela competência de licenciar o local. A Semad reivindica essa atribuição para si, enquanto o prefeito Sandro Mabel defende que a responsabilidade é da Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma).A Semad rebaixou o aterro à condição de lixão e afirma que ele atingiu um ponto de não retorno. Já o Executivo municipal sustenta que o local ainda atende aos requisitos legais para permanecer licenciado e em operação. Diante do nível de divergência, é possível que a questão acabe sendo decidida na Justiça.Mas a situação do aterro vai além das formalidades legais. É notório o esgotamento da área, que apresenta diversas irregularidades no armazenamento e no manejo dos resíduos.Enquanto o debate sobre a competência legal se arrasta, falta o essencial: um plano de gestão — de curto, médio e longo prazo — para as toneladas de lixo geradas diariamente pelos 1,4 milhão de moradores da capital.