A corrida pela transição energética e o desenvolvimento acelerado da inteligência artificial fizeram crescer exponencialmente o interesse pelos minerais críticos, como as terras raras. Esses elementos são estratégicos para a produção de baterias mais eficientes, o desenvolvimento de processadores ultrapotentes e da infraestrutura de data centers. Por isso, tornaram-se recursos-chave para as principais economias do planeta. A China é o maior produtor mundial. Mas o Brasil tem potencial para ser protagonista nesse setor, já que possui a terceira maior reserva global de terras raras. Goiás pode se beneficiar diretamente dessa demanda. Em Minaçu, por exemplo, está localizada aquela que é considerada a única mineradora fora da Ásia a produzir, em escala comercial, quatro dos elementos minerais mais cobiçados. Países como o Japão já demonstraram interesse em explorar esses recursos no estado. Nesse contexto, é bem-vinda a iniciativa do governo estadual de criar a Autoridade Estadual de Minerais Críticos e um fundo específico para o setor. Trata-se de uma oportunidade não apenas para extrair as riquezas do subsolo, mas também para fomentar pesquisa, inovação e tecnologia, reduzindo a dependência de agentes externos.