A Síntese de Indicadores Sociais, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), traz informações positivas para Goiás. No fim de 2024, a taxa de desemprego (5,4%) era a menor em 12 anos, e houve redução na taxa de informalidade (40,4%), que, pela primeira vez, ficou abaixo da média nacional.São dados para comemorar, mas ainda há muito a avançar. A diferença de ganhos entre gêneros, por exemplo, segue alta: homens ganham, em média, 42% mais que as mulheres. A discrepância se agrava nos recortes por cor ou raça. Trabalhadores que se identificam como brancos ganham 45% mais que os considerados pretos e pardos.O IBGE revela, ainda, a alta concentração de renda em Goiás. Um quinto da população detém mais da metade de toda a renda per capita do estado. Os 10% mais ricos acumulam 36% da renda, enquanto os 10% mais pobres têm apenas 1,7%. Políticas públicas como o Bolsa Família e as cotas nas universidades ajudam, mas não são suficientes. É preciso combinar essa estratégia com investimentos estruturados em educação e qualificação, políticas de redistribuição de renda, combate à discriminação de raça e gênero, para que os avanços não se limitem a indicadores pontuais.