O uso de câmeras corporais pelas polícias avança no Brasil, apesar de lentamente e de alguns revezes. Quinze estados manifestaram interesse no programa do governo federal para aquisição de equipamentos — Goiás não está entre eles. Roraima e Paraíba requisitaram recursos. Assim, terão de seguir diretrizes do Ministério da Justiça e da Segurança Pública (MJSP), como manter as câmeras ligadas durante todas as ocorrências. Os demais sinalizaram a intenção de aderir à ata de registro de preços a ser tocada pela União, mas, sem recorrer às verbas federais, têm autonomia para definirem o uso. São Paulo e Rio de Janeiro têm políticas próprias. Em Santa Catarina, o governo cancelou o programa. Desde que o tema ganhou proporção nacional, o governo de Goiás decidiu por não utilizar as bodycams. Respaldado pelos bons índices na segurança pública, o estado abdica de dar um passo adiante, dando mais transparência às operações policiais. Ao contrário do que parte dos agentes políticos e de segurança querem fazer crer, as câmeras não são instrumento de vigilância. Elas protegem os bons policiais, ajudam a coibir ilegalidades e possibilitam uma aproximação ainda maior entre a população e os profissionais de segurança.