Mais de 150 mil dependentes, hoje isentos, terão de pagar mensalidades para usar a rede de médicos, hospitais e laboratórios credenciados no Ipasgo Saúde, plano de saúde dos servidores públicos estaduais.A cobrança foi aprovada pela Assembleia Legislativa, a partir de um projeto enviado pelo governador Ronaldo Caiado (UB). De acordo com a tabela vigente, a mensalidade vai variar de R$ 50 a R$ 332, conforme idade e tipo de plano contratado.A inclusão dos dependentes no rol de pagadores faz parte de uma ampla reestruturação da instituição, que mudou sua natureza jurídica e passou a ser registrada na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).Entre as novidades está o lançamento de novos planos, mais caros que os anteriores, mas, segundo a direção, mais completos. Os valores para quem aderir a eles são até 48% superiores.Atualmente, o Ipasgo acumula um déficit anual de R$ 255 milhões, resultado de gestões temerárias e influência política que sobrecarregaram o antigo instituto. A conta para salvá-lo vai pesar para os quase 600 mil usuários, que esperam que o custo mais alto ao menos garanta um atendimento de qualidade.