Em meio à onda de calor extremo vivenciada nos últimos dias, uma informação divulgada na superedição de fim de semana é um atestado parcial de culpa: nada menos do que 5.268 árvores foram extirpadas em Goiânia de janeiro a outubro deste ano. Não é só porque esses exemplares foram derrubados que o calorão está insuportável, mas se todos eles estivessem de pé a sensação térmica seria outra. Isso porque a redução na arborização das cidades afeta o microclima, segundo especialistas, pois diminui o sombreamento e dificulta abastecimento do lençol freático. Sem falar no visual árido que toma conta e deixa o ambiente mais triste. A Agência Municipal de Meio Ambiente anuncia que chegará ao fim de 2023 com 382.792 mudas plantadas nos últimos três anos. É um trabalho importante, mas há críticas por essa forma de compensação ser implantada principalmente em áreas degradadas, na maioria das vezes em unidades de conservação, enquanto que regiões como Centro e Campinas, as mais quentes da capital, perdem área verde para as grandes construções.