A Pesquisa de Informações Básicas Municipais, divulgada pelo IBGE, é um retrato da falta de prioridade à gestão do lixo nos municípios goianos. Da educação ambiental ao descarte correto dos resíduos, há um vácuo de políticas públicas neste sentido.Chama atenção que um terço dos municípios não tem manejo correto dos resíduos sólidos. Em julho, O POPULAR mostrava que 170 cidades goianas ainda utilizam lixões. Situação que se agrava diante da leniência dos legisladores. Em setembro, a Assembleia Legislativa derrubou veto governamental a lei que prorrogou o prazo para o fim dos lixões no estado, uma clara afronta ao Plano Nacional de Resíduos Sólidos. Mais uma vez, os deputados goianos priorizaram os interesses políticos em detrimento do bem-estar dos cidadãos e da preservação ambiental. Voltando à pesquisa do IBGE, apenas 106 das 246 cidades têm políticas de educação ambiental. São 25 anos de atraso, desde o advento da Política Nacional de Educação Ambiental. Em 2025, o Brasil sedia a COP 30, o maior painel de lideranças globais com foco nas mudanças climáticas. É lamentável que, em Goiás, nem mesmo uma questão tão básica quanto a gestão correta do lixo tenha sido superada.