Faz bem o governo de Goiás, por meio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em utilizar os meios de comunicação para esclarecer a população de que não há risco iminente de desabastecimento de alimentos no estado, em consequência do desastre natural no Rio Grande do Sul. A desinformação corre pelas redes sociais e aplicativos de mensagens. Produzida por gente mal-intencionada e multiplicada por pessoas incautas, ela tem provocado insegurança, o que pode induzir à desnecessária corrida aos supermercados — essa, sim, uma situação que pode ter desfechos indesejáveis, como escassez e aumento de preços. O Rio Grande do Sul é um grande produtor de itens básicos, como arroz, feijão, soja e carnes. Contudo, parte da safra já foi colhida, e o governo federal tomou medidas para facilitar a importação do arroz. Como a recuperação do estado gaúcho deve levar tempo, é previsível que haja algum impacto no preço dos produtos, mas não há motivos para pânico. Os disseminadores de fake news se alimentam desse sentimento, que contrasta com os exemplos de solidariedade que se multiplicam desde o início da tragédia no Sul do País.