Governo do Estado — por meio da Secretaria-Geral do Governo (SGG) — e Prefeitura de Goiânia travam, há mais de uma semana, um embate público sobre a gestão do transporte coletivo na região metropolitana da capital.O pano de fundo é a lei aprovada pela Assembleia Legislativa que ampliou o poder de decisão do Palácio das Esmeraldas e reduziu a influência do Paço Municipal na Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), responsável pela gestão e fiscalização do sistema. A mesma legislação altera o rateio do subsídio ao serviço, aumentando a participação do governo (de 41,6% para 47,6%) e diminuindo a da Prefeitura (de 41,6% para 36,7%). Este é o argumento utilizado pela SGG para a mudança, mas ela é muito mais política do que técnica. Inclusive, segundo especialista ouvido pela CBN Goiânia, o transporte coletivo é responsabilidade dos municípios, independentemente da fonte de financiamento.É preciso reconhecer que houve avanços nos últimos anos, como novos terminais e ônibus e o BRT Norte e Sul, mas eles não foram suficientes para convencer mais pessoas a trocarem os veículos individuais pelo ônibus. A queda de braço em curso não contribui para mudar essa realidade.