A aproximação do período mais seco do ano, que em Goiás começa normalmente a partir da segunda quinzena de abril, intensificando-se nos meses seguintes, coincide com o aumento das doenças respiratórias. Ainda que não esteja no período de pico, a incidência já preocupa as autoridades de saúde, principalmente em suas manifestações mais graves. Desde janeiro, foram registrados 1.518 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), que costuma levar as pessoas à internação. Neste período, 101 pessoas morreram. A SRAG pode ter origem em vários agentes patológicos, com graus diferentes de letalidade. O Sars-CoV-2, causador da Covid-19, por exemplo, é responsável por apenas 10% dos registros atuais, mas causa um terço das mortes. Há, ainda, diferenças entre as faixas etárias. A maior parte dos óbitos em idosos é causada pela Covid-19; já para os bebês de até dois anos de idade o vírus sincicial respiratório ganha protagonismo. Felizmente, existem vacinas disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) para muitos dos micro-organismos que podem levar à SRAG. Cabe às autoridades motivar a população a aderir, pois a cobertura tem ficado aquém nos últimos anos.