As cenas assustadoras que puderam ser vistas na tarde de sexta-feira (29), em Goiânia, são mais um alerta dramático de que é preciso agir com rapidez. A chuva intensa, concentrada em algumas regiões da capital, produziu fortes enxurradas que invadiram casas, arrastaram carros e quase provocaram um afogamento. Um empresário foi levado pelas águas para baixo de seu próprio veículo, ficou submerso e chegou a perder os sentidos. Por pouco ele deixou de integrar a lista de vítimas das chuvas em Goiás. A combinação de eventos extremos, que serão cada vez mais frequentes, com as falhas históricas da drenagem urbana produz situações desesperadoras, que culminam em perda de vidas e prejuízos materiais. O Plano de Drenagem Urbana de Goiânia está prestes a ser apresentado, com previsão de conclusão ainda neste mês de dezembro. Cabe agora ao novo prefeito, que assume em janeiro, colocar em prática as medidas apontadas, com rigor técnico e planejamento responsável, para que a capital não tenha de assistir à repetição de tragédias. Incluem-se nessas providências desde ações simples, como a construção de jardins de chuva, à continuidade de obras de drenagem paralisadas.