Reportagem nesta edição mostra impactos que serão provocados pelo adensamento da Avenida Fued Sebba, autorizado pelos vereadores de Goiânia, por meio de emenda “jabuti”. Urbanistas e engenheiros destacam algumas dessas consequências, em uma área já problemática: trânsito mais saturado e maior volume de enxurradas desaguando no Córrego Botafogo. O manancial recebe todo a água das chuvas que caem na região sul da capital, o que eleva o nível de seu leito, algumas vezes invadindo a Marginal Botafogo. A liberação do adensamento, que significa a construção de grandes edifícios no lugar de lotes baldios, de imóveis horizontais ou pequenos prédios, tem como consequência óbvia maior impermeabilização e aumento das inundações na via que margeia o córrego. Ao mesmo tempo, o maior fluxo de moradores e comerciantes resultaria em efeito imediato na mobilidade, com congestionamentos e lentidão. Para evitar tais problemas, que afetam diretamente a qualidade de vida da população e impactam toda a cidade, existe o Plano Diretor, que tem a função de disciplinar o crescimento da capital. Ignorá-lo, por meio de manobras que desprezam estudos técnicos, é um atentado aos goianienses.