A temperatura da campanha subiu sobremaneira nesta reta final rumo ao segundo turno das eleições municipais, principalmente em Goiânia e Aparecida de Goiânia, justamente os dois maiores colégios eleitorais do estado. Ataques pessoais e denúncias que foram parar na Justiça Eleitoral foram a tônica, em um movimento que não é inédito, mas que carregaram o ar com uma tensão não vista nos últimos pleitos. Em Goiânia, o clima tem a ver com o cenário apertado como não se via há pelo menos duas décadas. Mas tem relação também com a estratégia dos candidatos Sandro Mabel (UB) e Fred Rodrigues (PL), que optaram conscientemente por apostar na ofensiva contra o adversário em detrimento da discussão sobre os problemas da capital. Em Aparecida de Goiânia, o baixo nível começou logo no primeiro turno, mas chegou a níveis inadmissíveis no segundo, inclusive nos debates. Mas é na zona cinzenta das redes sociais e aplicativos de mensagens que o poço ficou ainda mais fundo. O que se espera é que o clima dos comitês não contamine o ânimo das ruas. E que, em caso de excessos, as forças de segurança façam seu trabalho, para que os eleitores possam exercer sua cidadania com tranquilidade.