A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) deu um exemplo de inabilidade na forma como lidou com famílias atendidas pelo Colégio Estadual Florescer — unidade voltada à educação especializada de pessoas com deficiências severas. Cerca de 60 alunos concluintes da terminalidade — o equivalente ao ensino médio — foram surpreendidos com a informação de que seriam formados e encaminhados para a modalidade Educação ao Longo da Vida. A mudança está prevista na legislação, o problema foi a maneira como pais e responsáveis foram comunicados. O processo foi marcado por falta de clareza e desencontros. Dessa forma, trouxe angústia e incerteza às famílias que, de uma hora para outra, se viram sob ameaça de desamparo, dada a vulnerabilidade de muitas delas. A ausência de tato chegou ao absurdo de gestores aconselharem as famílias a “rezarem” para que o acompanhamento tivesse continuidade.