A reportagem principal da edição do POPULAR desta terça-feira (3) amplia a coletânea de evidências sobre a urgência de uma reformulação profunda no serviço de saúde prestado pela Prefeitura de Goiânia. Em visita a sete unidades de urgência e emergência da rede municipal, o Ministério Público detectou a falta de itens básicos para o trabalho dos profissionais, como luvas, gaze e soro. Os promotores notaram ausências de medicamentos utilizados rotineiramente, como antibióticos, corticoides e até mesmo dipirona. Em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), uma droga para tratamento de feridas está em falta há mais de um ano. Sem condições mínimas de trabalho, os profissionais têm pouco a fazer pelos pacientes, o que pode levar ao agravamento do estado de saúde. Esse paciente acaba demandando vagas em hospitais que atendem casos de mais complexidades, inclusive nas unidades de terapia intensiva. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) diz que iniciou compras emergenciais de suprimentos. A próxima gestão, que começa em janeiro, terá de dar prioridade para a solução desses gargalos, para que deixem de se repetir. A saúde é um direito do cidadão.